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Filme do Dia: Katchem Kate (1912), Mack Sennett

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K atchem Kate (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Rot. Original: Dell Henderson. Fotografia: Percy Higginson. Com: Mabel Normand, Fred Mace, Jack Pickford, Vivian Prescott, Anthony O’Sullivan, Sylvia Ashton, Charles Avery, Frank Opperman. Katchem Kate (Normand), entediada da vida, decide se tornar uma detetive e vai até uma agência. Travestida de homem ela consegue se infiltrar em um grupo anarquista que pretende lançar uma bomba contra um rico empresário. Fazendo uso de valores de produção equivalentes aos utilizados por Griffith , que trabalhava no mesmo estúdio e com alguns de seus colaboradores, como é o caso do roteirista Henderson, Sennett não consegue se sair tão bem no território da comédia nesse filme de único rolo, cuja trama torna-se confusa, demasiado rocambolesca para tão pouco tempo de metragem (algo que tampouco Griffith esteve completamente isento). De toda forma, cumpre acentuar a ousadia, inclusive no uso de apenas 5 cartelas, algo habitual nas produções de

Filme do Dia: Tartufo (1925), F.W. Murnau

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T artufo ( Herr Tartüff,  Alemanha, 1925). Direção: F.W. Murnau. Rot. Adaptado: Carl Mayer, baseado em peça de Molière. Música: Guiseppe Becce. Fotografia: Karl Freund. Dir. de arte e Figurinos: Karl Herlth & Walter Röhrig. Com: Werner Krauss, Emil Jannings, Lil Dagover, André Mattoni, Rosa Valenti, Hermann Picha, Lucie Höflich, Camilla Horn. Criada (Valenti) envenena aos poucos seu velho patrão (Picha) solitário, fingindo ser sua melhor amiga para se apossar de seus bens. Quando o neto (Mattoni) do patrão vai visitá-lo é expulso de casa. Ele logo percebe a influência da criada e retorna, disfarçado de projecionista ambulante, convencendo a criada a exibir um filme na residência de seu avô. O filme narra a história de um rico homem, Orgon (Krauss), que é vítima da hipocrisia travestida de moralidade por Tartufo (Jennings), seu novo guru, para desespero de sua mulher, Elmire (Dagover), que procura afastar a influência de Tartufo sobre o marido a todo custo. Após simular uma

Filme do Dia: Despedida de Ontem (1966), Alexander Klüge

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D espedida de Ontem – Anita G. ( Abschied von Gestern – Anita G. , Al. Ocidental, 1966). Direção e Rot. Original: Alexander Klüge, sobre seu próprio argumento. Fotografia: Thomas Mauch & Edgar Reitz. Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus. Com: Alexandra Klüge, Günther Macke, Hanns Brammer, Hans Korte, Palma Falck, Ado Riegler, Peter Staimmer, Ursula Dirichs, Eva Maria Meineke. Anita G. (Klüge) é uma jovem sem apoio familiar que, desempregada, procura se manter na sua situação dificil. Presa por tentar roubar um casaco de peles, ao sair ela tenta diversas formas de emprego, estudar em uma universidade, mas se torna amante de um importante funcionário do governo alemão, Pichota (Macke), que a abandona quando não percebe nenhum avanço em seus estudos, orientados agora por ele próprio, além da pressão social pelo fato de ser casado. Anita continua sua jornada sem rumo e se entrega ela própria à polícia por novas infrações. Em seu primeiro longa-metragem, Klüge descreve de modo g

Filme do Dia: Os Amantes de Montparnasse (1958), Jacques Becker

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O s Amantes de Montparnasse ( Montparnasse 19 , França/Itália, 1958). Direção: Jacques Becker. Rot. Original: Jacques Becker, Henri Jeanson & Max Ophüls sobre o argumento de Michel-Georges Michel. Fotografia: Christian Matras. Música: Paul Misraki & George van Parys. Montagem: Marguerite Renoir. Dir. de arte: Jean d´Eaubonne. Figurinos: Georges Annenkov & Jacques Heim. Com: Gérard Philipe , Lili Palmer, Anouk Aimée, Gérard Sety, Lila Kedrova, Lino Ventura, Arlette Poirier, Pâquerette.            O incorrigível pintor alcóolatra Modigliani (Philipe), cansado de sua vida errante e das brigas com a liberal e superficial Béatrice (Palmer) acaba se envolvendo com uma moça que conhece na Academia, Jeanne (Aimée). Jeanne abandona a família para procurar por Modigliani na província, onde foi para se recuperar. Um dos poucos fiéis amigos do casal é o marchand Sborowski (Sety), que procura ser o mais pragmático possível, sem grande sucesso. Vivendo sempre em dificuldades, Mo

Stéphane Audran

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Stéphane Audran 1932-2018

Filme do Dia: Pele de Asno (1970), Jacques Demy

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P ele de Asno ( Peau d’Âne , França, 1970). Direção: Jacques Demy. Rot. Adaptado: Jacques Demy, baseado no conto de Paul Perrault. Fotografia: Ghislain Cloquet. Música: Michel Legrand. Montagem: Anne-Marie Cotret. Dir. de arte: Jacques Dugied. Com: Catherine Deneauve , Jean Marais, Jacques Perrin, Micheline Presle, Delphine Seyrig , Fernand Ledeux, Henri Cremiéux, Sacha Pitoeff. Num reino encantado, o Rei (Marais) vive em paz idílica com sua amada esposa (Deneuve), sendo sua paz abençoada por um asno que defeca jóias. Porém, um belo dia toda essa harmonia é comprometida pela doença e falecimento da rainha, que promete que o Rei somente deverá se casar com outra mulher ainda mais bela que ela. A única mulher à altura da Rainha, é a própria filha de ambos, a Princesa (Deneauve). Mesmo apaixonada pelo pai, a Princesa não cede a seus pedidos por conselho de uma Fada (Presle). Após inúmeros vestidos luxuosos como garantia de que casará com o Rei, a Princesa pede a pele do asno mág

Filme do Dia: La malle au mariage (1912), Max Linder

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L a Malle au Marriage (França, 1912). Direção e Rot. Original: Max Linder . Com: Max Linder, Charles Mosnier, Suzy Depsy. Max (Linder), apaixonado pela jovem Miquette (Depsy), tem de enfrentar a resistência de seu rigoroso tutor (Mosnier).   Certo dia que a visita na surdina, é surpreendido com a chegada do tutor e se traveste de mulher, despertando a atração do tutor. Tomando partido da situação, leva o tutor para seu apartamento e consegue prendê-lo dentro de um baú, simulando a chegada de um marido irado. Chama então Miquette e ameaça somente libertar o tutor, se ele concordar com a união do casal. Com uma montagem mais acelerada do que o usual (os planos duram cerca da metade de outro filme de Linder do mesmo ano, Une Idylle à La Ferme ), mesmo que ainda distante mesmo dos filmes de Griffith mais lentos do período, aproxima-se de algumas produções norte-americanas da época tais como as de George Nichols e Da Manjedoura à Cruz , de Olcott. O momento efetivamente cômico é

Filme do Dia: Peg o' My Heart (1922), King Vidor

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P eg o´My Heart (EUA, 1922). Direção: King Vidor. Rot. Adaptado: Mary O´Hara, baseado no romance de J. Hartley Manners. Fotografia: George Barnes. Com: Laurette Taylor, Mahlon Hamilton, Russell Simpson, Ethel Grey Terry, Nigel Berrie, Lionel Belmore, Vera Lewis, Beth Ivins, Eileen O´Malley. Na Irlanda, Margaret, mais conhecida como Peg (Taylor) cresce sob os cuidados do pai, Jim (Simpson) um artista que viu a mulher (Ivins) morrer, por conta de seu irmão, aristocrata inglês, não concordar com o casamento e não a auxiliar durante sua enfermidade. Com sua morte, o tio de Peg lhe proporciona uma renda fixa, desde que ela abandone a casa do pai e vá morar com os Chichester. Peggy estranha grandemente o novo ambiente aristocrático e entra em atrito com sua tia (Lewis) e sua prima, Ethel (Terry). Ela chega em um momento delicado, no qual a família acaba de receber a notícia de sua ruína financeira, provocada pela quebra do banco do qual eram proprietários. Sir Gerald “Jerry” Adair ap

The Film Handbook#162: John Carpenter

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John Carpenter Nascimento: 16/01/1948, Carthage, Nova York, EUA Carreira  (como diretor): 1962- Apesar da literatura sobre filmes aparentemente designá-lo como um dos "fedelhos do cinema", ao contrário da maior parte de seus pares, ele parece mais feliz quando trabalha com material de baixo orçamento tipo filme-B e material de gênero. Mesmo quando criança, Carpenter desejava realizar filmes; por volta dos oito anos de idade filmava curtas de ficção-científica em 8 mm. Quando estudante de cinema, escreveu e dirigiu diversos curtas, um dos quais ( The Ressurection of Bronco Billy , do qual foi roteirista), ganhou um Oscar. Porém foi com sua estreia em longa-metragem Dark Star > 1 , que conquistaria pela primeira vez o epíteto de cult . Uma resposta barata e animada aos efeitos especiais extravagantes e ao intelectualismo pomposo de 2001: Uma Odisseia no Espaço , revelava um humor excêntrico: uma vigorosa e bípede bola de praia serve como alienígena problemático, enq

Filme do Dia: Perdidos na Noite (1969), John Schlesinger

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P erdidos na Noite ( Midnight Cowboy , EUA, 1969). Direção: John Schlesinger. Rot. Adaptado: Waldo Salta, baseado no romance de James Leo Herlihy. Fotografia: Adam Holender. Música: John Barry. Montagem: Hugh A. Robertson. Dir. de arte: John Robert Lloyd. Cenografia: Philip Smith. Figurinos: Ann Roth. Com: Jon Voight, Dustin Hoffman, Sylvia Miles, John McGiver, Brenda Vaccaro, Bernard Hughes, Jennifer Salt, Viva, Bob Balaban.         Joe Buck (Voight) é um texano caipira recém-chegado que tenta vencer a vida em Nova York como prostituto. Porém, devido a sua ingenuidade, chega a ser explorado por uma de suas próprias clientes e pelo aleijado “Ratso” Rizzo (Hoffman), um marginal que vive quase como indigente. Rizzo propõe a se tornar o empresário de Buck. Com dificuldade para encontrar clientes em meio às mulheres, Buck se torna frequentador assíduo dos locais para contato homossexual na rua 42. Enquanto é objeto do desejo sexual dos mais diferentes tipos, como de um jovem estuda

Filme do Dia: Fale com Ela (2002), Pedro Almodóvar

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F ale com Ela ( Hable con Ella , Espanha, 2002). Direção e Rot. Original: Pedro Almodóvar. Fotografia: Javier Aguirresarobe. Música: Alberto Iglesias. Montagem: José Salcedo. Dir. de arte: Antxón Gómez. Cenografia: Federico G. Cambero. Figurinos: Sonia Grande. Com: Javier Cámara, Darío Grandinetti, Leonor Watling, Rosario Flores, Mariola Fuentes, Geraldine Chaplin , Pina Bausch, Adolfo Fernandez, Chus Lampreave.         No balé de Pina Bausch, o enfermeiro Benigno (Cámara) observa a emoção do homem sentado ao seu lado, Marco Zuloaga (Grandinetti). Posteriormente, o destino dos dois voltará a se cruzar, quando Marco tem a sua namorada, a famosa toureira Lydia (Flores), internada em coma no mesmo hospital onde Benigno cuida da jovem aprendiz de balé, Alicia (Watling). Desesperado, Marco é aconselhado por Benigno a falar com Lydia, para que ela fique com a mesma boa aparência de Alicia. Após saber que Lydia havia reatado pouco antes com Niño de Valencia (Fernandez), toureiro igual

Filme do Dia: A Desperate Poaching Affray (1903)

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A  Desperate Poaching Affray (Reino Unido, 1903). Direção: William Haggar. Com: Sid Griffiths, Will Haggar Jr., Walter Haggar. Dois larápios são surpreendidos por três caçadores. Uma perseguição se segue. Ambos os grupos se encontram armados e vítimas são feitas na perseguição, contando agora também com a ajuda de policiais. A ação é tão frenética, até para ser comprimida em tão pequeno espaço de tempo, nesse verdadeiro thriller da época, que por vezes fica-se ocasionalmente se perguntando o que de fato está ocorrendo ou mesmo se indagando de questões mais triviais, como a da súbita aparição de policiais, quando o grupo de larápios havia sido recém-descoberto. Enfim, nada que seja tão excêntrico assim para os padrões “narrativos” de então. As várias mortes ou ferimentos graves que se sucedem, por exemplo, não ganham   nenhuma relevância dramática, surgindo apenas como um obstáculo a mais antes da captura final. A ação frenética ocorre mais pelo que ocorre dentro do quadro, ev

Filme do Dia: Opfergang (1944), Veit Harlan

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O pfergang (Al.Ocidental, 1944). Direção: Veit Harlan. Rot. Adaptado: Alfred Braun, Veit Harlan, a partir do romance de Rudolf G. Biding. Fotografia: Bruno Mondi. Música: Hans-Otto Borgmann.  Montagem: Friderich Karl von Puttkamer. Dir. de arte: Karl Machus & Erich Zander. Com: Carl Raddatz, Kristina Söderbaum, Irene von Meyendorff, Franz Schafheitlin, Ernst Stahl-Nachbaur, Otto Tressler, Annemarie Steinsieck, Edgar Pauly. Albrecth Froden (Raddatz), casado com Octavia (Meyendorff), acha que a família de sua esposa é demasiado intelectualizada e soturna, enquanto ele possui um ímpeto viril que se identifica muito mais com a vizinha, a sueca Äls (Söderbaum). Albrecht se aproxima cada vez mais de Äls. Octavia se torna consciente da paixão do marido e sofre com certa resignação. Toda a vitalidade de Äls esconde o fato que ela é paciente terminal e, em suas habituais galopadas com Albrecht, passam por uma área da cidade onde foi encontrado um surto de tifo. Ambos caem de cama e,

Filme do Dia: A Vida é Bela (1997), Roberto Benigni

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A  Vida é Bela ( La Vita è bella , Itália, 1997). Direção: Roberto Benigni, Rot. Original:  Vincenzo Cerami &  Roberto Benigni. Fotografia: Tonino Delli Colli. Música: Nicola Piovani. Montagem: Simona Paggi, Dir. de Arte, cenografia e figurinos: Danilo Donati. Com: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giustino Durano,   Sergio Bini Bustric,  Marisa Paredes,  Horst Buchholz, Lidia Alfonsi, Giorgio Cantarini,  Amerigo Fontani,  Pietro De Silva, Francesco Guzzo.           Guido Orefice (Benigni) é um homem atrapalhado que tenta a sorte na Itália as vésperas de ser completamente dominada pelo anti-semitismo. Jovial e despreocupado, ele encontra casualmente a jovem por quem se apaixona, Dora (Braschi), que pula de uma janela   para escapar de um ataque de   abelhas. Vai trabalhar como garçom no restaurante de um tio (Durano) economicamente bem situado. Lá faz amizade com um hóspede, Dr. Lessing (Bucholz), que é obcecado por charadas, que ele ajuda a decifrar. Porém, entre Guido e

Filme do Dia: Melô (1986), Alain Resnais

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M elô (Idem, França, 1986). Direção: Alain Resnais. Rot. Adaptado: Alan Resnais, baseado na peça de  Henri Bernstein. Fotografia: Charles Van Damme. Música: M. Philippe-Gérard. Montagem: Albert Jurgenson. Com: Sabine Azéma , Pierre Arditi, André Dussollier,   Fanny Ardant, Jacques Dacqmine, Catherine Arditi.                  Pierre (Arditi) e sua esposa Romaine (Azéma) - carinhosamente apelidada pelo marido de Dimanche recebem o amigo de longa data de Pierre, Marcel (Dussollier). Embora Marcel enfatize que eles parecem possuir uma felicidade que não lhe acompanha, apesar da fama - é um violonista de renome internacional - Romaine sente-se grandemente entusiasmada por ele, marcando um encontro no seu apartamento, fazendo questão que seu marido não seja convidado. No dia seguinte, os dois ensaiam no apartamento de Marcel, que após repudiá-la como vulgar num primeiro momento, pede que vá com ele para uma boate. Quando se encontram em clima romântico na boate, surge Pierre. Mesmo a

Filme do Dia: Der Gang in die Nacht (1921), F.W. Murnau

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D er Gang in die Nacht (Alemanha, 1921). Direção: F. W. Murnau.  Rot. Adaptado: Carl Mayer, a partir do roteiro de Harriet Bloch. Fotografia: Max Lutze. Dir. de arte: Heinrich Richter. Com: Olaf F Æ nns, Erna Morena, Conrad Veidt, Gudrun Bruun-Stefenssen, Clementine Plessner. O médico Eigil Borne (F Æ nns) abandona sua noiva Lili (Bruun-Stefenssen) por uma corista que finge um acidente para se aproximar dele, Helene (Morena). Junto com Helene, Borne monta uma clínica em uma ilha distante. Lá vive seu idílio amoroso até a chegada de um misterioso pintor cego (Veidt), que pretende que ele o cure. O cirurgião consegue curá-lo, porém descobre que Helene agora se encontra nos braços do pintor, ficando em completo estado de perturbação.   O pintor volta a ficar cego e Helene lhe implora que seu ex-marido os auxilie, mas ele se recusa. Arrependido, ele vai atrás dela e a encontra morta. Esse drama, caracteristicamente pessimista e sombrio como as obras associadas tanto a Murnau qua

The Film Handbook#161: Carlos Saura

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Carlos Saura Nascimento: 04/01/1932, Huesca, Aragão, Espanha Carreira  (como diretor): 1956- É talvez irônico que Carlos Saura, o mais famoso diretor espanhol dos anos recentes, tenha se movido dos retratos alegóricos pós-Guerra Civil Espanhola, realizados durante o regime censório de Franco, para filmes menos políticos, desde o advento da democracia. A despeito de sua relativa ausência de comprometimento social, no entanto, sua obra posterior continua ainda imbuída com um distinto senso de tradição hispânica. Após estudar cinema, seguindo a realização do documentário Cuenca , Saura realiza sua estreia em longa-metragem com o rigoroso estudo realista da delinquência forjada pela pobreza, Los Golfos , utilizando atores não profissionais e culpando, por implicação, a natureza acanhada e repressora da Espanha contemporânea. Em A Caça / La Caza > 1 , examina as divisões morais de um país ainda assombrado pela experiência da Guerra Civil, através das personagens de três ex-soldad

Filme do Dia: Nós Somos as Melhores! (2013), Lukas Moodyson

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N ós Somos as Melhores! ( Vi Är Bäst! , Suécia/Dinamarca, 2013). Direção: Lukas Moodyson. Rot. Adaptado: Lukas Moodyson, a partir da história em quadrinhos de Coco Moodyson. Fotografia: Ulf Brantas. Montagem: Michal Leszczylowski. Dir. de arte: Paola Hölmer & Linda Janson. Figurinos: Moa Li Lemhagen Schalin. Com: Mira Barkhammar, Mira Grosin, Liv LeMoyne, Johann Liljemark, Mattias Wiberg, Jonathan Salomonsson, Alvin Strollo, Peter Eriksson, Charlie Falk. Suécia, início dos anos 80. As amigas Bobo (Barkhammar) e Klara (Grosin) tem a ideia de criar uma banda punk, após serem humilhadas por rapazes mais velhos que ensaiam na sala ao lado. Elas conseguem, aos poucos, uma terceira aliada e de formação musical, coisa que nem de longe possuem, Hedvig (LeMoyne), que também se distingue das outras por ser cristã. Embora percam o prazo para a inscrição no Festival de Outono, o grupo é convidado a integrar uma apresentação nos arredores da cidade. Trata-se da primeira apresentação púb

Filme do Dia: Sirene (1968), Raoul Servais

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S irene (Bélgica, 1968). Direção e Rot. Original: Raoul Servais. Música: Lucien Goethals. Montagem: Jef Bruyninckx. Talvez em seu curta mais inspirado, Servais, notável pela variedade de temas e de técnicas de animação que faz uso – aqui se trata de animação convencional – aborda a história fantástica de atração entre uma sereia e um velho pescador, testemunhada por um jovem flautista, num ambiente decrépito de um porto, repleto de guindastes literalmente monstruosos e aves pré-históricas. A habilidade com que Servais consecutivamente organiza sua sucessão de efeitos surrealistas chega a ser quase de tirar o fôlego, algo que aliado a criatividade dos desenhos e, mais que tudo, a mudança de “iluminação”, através de efeitos de mutação de cores arrebatadores, transforma esse desenho em algo à parte na carreira do realizador. Pode-se até afirmar que existe excesso de possibilidades na história, indo do amor fantástico impossível a uma percepção irônica de como a morte vem a ser “adm

Filme do Dia: As Aventuras de Juan Quin Quin (1967), Julio García Espinosa

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A s Aventuras de Juan Quin Quin ( Las Aventuras de Juan Quin Quin , Cuba, 1967). Direção: Julio García Espinosa. Rot. Adaptado: Julio García Espinosa, a partir do romance de Samuel Feijóo. Fotografia: Jorge Haydu. Música: Léo Brouwer, Manuel del Castillo & Luis Gomez. Montagem: Carlos Menéndez. Com: Julío Martínez, Edwin Fernandez, Adelaida Raymat, Enrique Santiestaban, Agustín Campos, Blanca Contreras. Juan Quin Quin (Martínez) vive se envolvendo em confusões. Quando sacristão, por conta das mulheres que o assediam. Quando trabalhador, porque se defronta diretamente com a exploração, salvando-se da morte iminente. Com o ajudante Jachero (Fernández), envolve-se em atividades circenses com um leão e, posteriormente, tenta trazer as touradas espanholas para Cuba. Envolve-se por fim numa ação que articula a tomada de um quartel, sendo que os rivais sequestraram sua amada Teresa (Raymat) como refém. Desde os primeiros fotogramas o que chama de imediato a atenção é a qualidade