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Mostrando postagens com o rótulo Pier Paolo Pasolini

Filme do Dia: Amor e Raiva (1969), Carlo Lizzani, Bernardo Bertolucci, Pier Paolo Pasolini, Jean-Luc Godard, Marco Bellocchio & Elda Tattoli

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    A mor e Raiva ( Amore e Rabbia , Itália/França, 1969). Direção: Carlo Lizzani ( L´indifferenza ). Bernardo Bertolucci ( Agonia ), Pier Paolo Pasolini ( La Sequenza del Fiori di Carta ), Jean-Luc Godard ( L´Amore ), Marco Bellocchio & Elda Tattoli ( Discutiamo, Discutiamo ). Rot. Adaptado: Carlo Lizzani, Bernardo Bertolucci, Pier Paolo Pasolini, baseado nos contos de Puccio Pucci & Piero Badalassi. Rot. Original: Jean-Luc Godard,  Marco Bellocchio, a partir de seus próprios argumentos. Fotografia: Alain Levant ( L´Amore ), Sandro Mancori ( L´Indifferenza ), Aiace Parolin ( Discutiamo, Discutiamo ), Ugo Piccone ( Agonia ), Giuseppe Ruzzolini ( La Sequenza del Fiori di Carta ). Música: Giovanni Fusco. Montagem: Nino Baragli ( La Sequenza del Fiori di Carta ), Franco Franticelli ( L´indifferenza ), Agnés Guillemot ( L´Amore ), Roberto Perpignani ( Agonia , Discutiamo, Discutiamo ). Dir. de arte: Mimmo Scavia. Com: Tom Baker ( L´indifferenza ), Julian Beck, Judith Malina, Adr

Filme do Dia: Un Mondo d'Amore (2002), Aurelio Grimaldi

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U n Mondo d’Amore (Itália, 2002). Direção: Aurelio Grimaldi. Rot. Original: Ana Maria Coglitore & Aurelio Grimaldi. Fotografia: Massimo Intoppa. Música: Mario Soldatini. Montagem: Giuseppe Pagano. Dir. de arte: Ivana Gargiulo. Com: Arturo Paglia, Guia Jelo, Fernando Panullo, Teresa Pascarelli, Massimo Ferroni, Diego Pagotto, Massimo Ferroni, Gaetano Amato, Loredana Cannata. O jovem professor de literatura Pier Paolo Pasolini (Paglia) abandona o pequeno povoado com a mãe, Susana (Jelo), após o escândalo relacionado ao fato de ter feito sexo com um dos alunos da escola diante de dois outros. Partindo para Roma, observa e fantasia sobre as histórias que ouve no trem e, na cidade, passa a procurar emprego, inclusive como figurante na Cinecittá, sendo mantido pelo rico tio, enquanto a mãe trabalha como doméstica para uma família igualmente burguesa. Compondo juntamente com dois outros filmes de Grimaldi um tríptico sobre o realizador, esse filme chama a atenção por seu tocante

Filme do Dia: Pier Paolo Pasolini (1971), Carlo Hayman-Chaffey

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P ier Paolo Pasolini ( Pier Paolo Pasolini – A Filmmaker´s Life , Itália, 1971). Direção: Carlo Hayman-Chaffey. Música: Andro Cecovini. Montagem: Anthony Ciccolini. Com depoimentos de Pasolini e de alguns de amigos e colaboradores (Nineto Davoli, os irmãos Citti, Alberto Moravia, Cesare Zavatini), esse documentário parece mais uma colcha de retalhos do que foi possível fazer em termos de improviso. Une aos depoimentos nada expressivos, com exceção de alguns momentos do próprio Pasolini , flashes rápidos de alguns de seus filmes. Pasolini , como habitualmente, surge entre tímido e professoral, discutindo desde tópicos teóricos até seu auto-confesso complexo de Édipo que foi a motivação maior para a filmagem do drama de Sófocles. Ainda a destacar, o único depoimento não abertamente laudatório de Pasolini , de Zavatini, veterano roteirista do Neorrealismo, que afirma que o cineasta ainda não havia conseguido unir o Pasolini realizador de cinema e o escritor em seus filmes. A certo m

Filme do Dia: As Mil e Uma Noites (1974), Pier Paolo Pasolini

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A s Mil e Uma Noites ( Il Fiore Delle Mille e una Notte , Itália/França, 1974). Direção: Pier Paolo Pasolini. Rot. Original: Pier Paolo Pasolini & Dacia Maraini. Fotografia: Guiseppe Ruzzolini. Música: Ennio Morricone. Montagem: Nino Baragli & Tonino Casini Morigi. Dir. de arte: Dante Feretti. Figurinos: Danilo Donati. Com: Ninetto Davoli, Franco Citti, Tessa Bouché, Margaret Clementi, Ines Pellegrini, Franco Merli, Christian Aligni, Francesco Paolo Governale, Salvatore Sapienza, Abadit Ghidei, Alberto Argentino. Fecho da “trilogia da vida” que segue Decameron (1970) e Os Contos de Canterbury (1972). Assim como os antecessores faz uso de narrativas clássicas e de domínio popular. Mais ainda que nos anteriores, faz-se presente a utilização de narrativas dentro de narrativas e contribui para um resultado interessante menos por alguns de seus momentos isolados que o todo, graças a reunião de elementos como humor, erotismo, interpretações semi-amadoras e soberbas locaçõe

Filme do Dia: Accattone - Desajuste Social (1961), Pier Paolo Pasolini

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Accattone - Desajuste Social ( Accatone , Itália, 1961). Direção e Rot. Original: Pier Paolo Pasolini. Fotografia: Tonino Delli Colli. Montagem: Nino Baragli. Dir. de arte: Flavio Mogherini. Cenografia: Gino Lazzari. Com: Franco Citti, Franca Pasut, Silvana Corsini, Paola Guidi, Adriana Asti, Luciano Conti, Luciano Gonini, Renato Capogna, Mario Cipriani, Silvio Citi. Jovem desocupado Vittorio, mais conhecido como Accattone (Citti) vive como cafetão da própria mulher, Maddalena (Corsini) e seu círculo social são os amigos igualmente desocupados e as prostitutas. Maddalena é presa e Accatone tenta  explorar a bela e ingênua Stella (Pasut), que mesmo se dando conta do que ocorre tenta se prostituir sem sucesso. Pela primeira vez na vida Accattone passa a levar uma vida de trabalhador e sustentar Stella, porém ao fugir de uma batida policial morre tragicamente. Esse memorável retrato poético do lumpem-proletariado e primeiro filme do cineasta talvez também seja seu melhor, dotad

Filme do Dia: Os Contos de Canterbury (1972), Pier Paolo Pasolini

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Os Contos de Canterbury ( I Racconti di Canterbury , Itália/França, 1972). Direção: Pier Paolo Pasolini. Rot. Adaptado: Pier Paolo Pasolini, baseado no romance de Geoffrey Chaucer. Fotografia: Tonino Delli Colli. Música: Ennio Morriconi. Montagem: Nino Baragli. Dir. de arte: Dante Feretti. Figurinos: Danilo Donati. Com: Hugh Griffith, Laura Betti, Ninetto Davoli, Franco Citti, Josephine Chaplin, Alan Webb, Pier Paolo Pasolini, J.P. Van Dyne, Dan Thomas, Michael Balfour, Jenny Runacre, Peter Caim, Judy Stewart-Murray, Tom Baker, Oscar Fochetti, Patrick Dufette, Eamann Howell, Albert King, Eileen King.        Vivendo em meio ao ambiente que descreve, Chaucer (Pasolini) escreve contos que envolvem os hábitos do populacho medieval: do cobrador que encontra o próprio Diabo (Citti)  em sua travessia ao velho (Webb) que decide possuir uma mulher jovem e acaba encontrando May (Chaplin), que o trai na frente dele próprio, quando este fica cego; do estudante que narra para um crédulo ma

Filme do Dia: Mamma Roma (1962), Pier Paolo Pasolini

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Mamma Roma ( Mamma Roma , Itália,1962). Direção:  Pier Paolo Pasolini. Rot. Original: Pier Paolo Pasolini. Fotografia: Tonino Delli Colli. Música: Luigi Cherubini. Montagem: Nino Baragli. Dir. de arte: Flavio Mogherini. Com:Anna Magnani,  Ettore Garofalo,  Franco Citti, Silvana Corsini, Luisa Loiano,   Paolo Volponi, Luciano Gonini,  Vittorio La Paglia,   Piero Morgia,   Franco Ceccarelli,   Marcello Sorrentino,  Leandro Santarelli,  Emanuele Di Bari,  Maria Bernardini.           Em uma festa de casamento, Mamma Roma (Magnani), ex-empregada e prostituta, comemora sua liberdade, já que agora poderá viver livre da presença de seu ex-companheiro, o noivo Carmine (Citti). Vai ao encontro de seu filho adolescente, Ettore (Garofalo), que pretende livrar da marginalidade e levar para Roma, para que possa seguir alguma profissão. Em Roma as coisas não saem bem como ela previa, e ela mora em um cortiço de uma região decadente, e mesmo após mudar-se para uma apartamento melhor, Ettore o
Os homens, ao redor, no sol escaldante, triunfal, dão início diante de meus olhos, ao espetáculo do rebuliço infinito, que irá me acompanhar de agora em diante, por toda a costa da Apúlia. Qualquer outro rebuliço, que eu conheça, é nada perto desse. São ágeis, de ancas pequenas, olhos grandes, nariz comprido: uma hélice gira dentro deles, a hélice do sexo, da curiosidade, da vontade de existir. Pier Paolo Pasolini,  La longue route de sable, p. 119.

40 Anni Senza Pasolini

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Pasolini ao centro com Alberto Moravia e Laura Betti

Filme do Dia: Comícios de Amor (1965), Pier Paolo Pasolini

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Comícios de Amor ( Comizi d´Amore , Itália, 1965). Direção e Rot. Original: Pier Paolo Pasolini. Fotografia: Mario Bernardo & Tonino Delli Colli. Montagem: Nino Baragli. Documentário que resultou das filmagens empreendidas em uma viagem efetuada por toda Itália pelo realizador dois anos antes. Ninguém escapa à câmera inquisidora no estilo cinema-verdade de Pasolini . De crianças a velhos, camponeses a operários, intelectuais a adolescentes, homens e mulheres, todos são instados a falar algo sobre temas relacionados a questão do sexo, ao papel da mulher na sociedade, divórcio e homossexualidade, concepção ou da proibição dos bordéis e a nova forma de prostituição através da deambulação pelas ruas. Aparentemente inspirado pelo modelo de Crônica de um Verão (1960), de Rouch, Pasolini parte de perguntas quase tão evasivas quanto as do prólogo daquele para empreender sua jornada um tanto repetitiva mas, ao contrário de Rouch ou do contemporâneo filme de Jabor sobre a classe méd

The Film Handbook #5: Pier Paolo Pasolini

Nascimento : 05/03/1922, Bolonha, Itália Morte: 02/11/1975, Óstia, Itália Carreira como diretor : 1961-75. Os filmes de Pier Paolo Pasolini - realizador, poeta, romancista, teórico, pintor e comunista - revelam um artista trespassado por muitas contradições. Ao mesmo tempo preocupado com o real e o poético, e influenciado por ideologias aparentemente tão polarizadas quanto o Marxismo e o Cristianismo, permaneceu   um implacável talento iconoclasta ao longo de sua eclética, problemática e controversa carreira. No momento em que  passou a dirigir filmes, Pasolini já havia feito seu nome como poeta, romancista e roteirista de vários, incluindo Noites de Cabíria  de Fellini . Sua simpatia natural pelo lumpemproletariado e campesinato (reforçado por sua atração intelectual pelas ideias políticas de Gramsci) se tornam evidentes tanto em La Commare Secca (que Bertolucci dirigiu a partir de um roteiro de Pasolini) quanto em Accattone - Desajuste Social ( Accattone )> 1 , uma desleixa
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O Corpo Massacrado, Luiz Nazário

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No dia dos mortos de 1975, o corpo de Pier Paolo Pasolini foi encontrado pela polícia na praia de Ostia. O jovem delinqüente Giuseppe Pelosi assumiu a responsabilidade pelo crime. Vinte anos depots ainda persistem as dúvidas quanto à verdadeira natureza do assassinato. Teria este sido um crime político, uma cilada? Teria Pasolini agredido Pelosi antes de ser massacrado? O que levou Pelosi a assumir a exclusiva responsabilidade pela morte de Pasolini, quando todos os indícios parecem demonstrar que houve participação de terceiros? Por que a justiça italiana não levou a investigação até o fim, contentando-se com a versão de Pelosi? Por que as forças progressistas nãofizeram nenhuma pressão para a reabertura do processo? Não seria a hora de romper, de uma vez por todas, esta conspiração do silêncio? Na noite do dia 1° de novembro de 1975, por volta das 22 horas, o poeta, escritor e cineasta Pier Paolo Pasolini, o intelectual italiano mais conhecido no mundo e mais odiado na

Filme do Dia: As Bruxas (1967), Luchino Visconti, Mauro Bolognini, Pier Paolo Pasolini, Franco Rossi & Vittorio De Sica

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As Bruxas (Le Streghe, Itália/França, 1967). Direção: Luchino Visconti, Mauro Bolognini, Pier Paolo Pasolini, Franco Rossi & Vittorio De Sica. Rot. Original: Cesare Zavattini & Guiseppe Patroni Griffi (La Strega Bruciata Viva), Mauro Bolognini, Agenore Incrocci, Furio Scarpelli & Bernardino Zapponi (Senso Civico), Roberto Gianviti, Pier Paolo Pasolini (La Terra Vista dalla Luna), Luigi Magni & Franco Rossi (La Siciliana), Fabio Carpi, Enzo Musi & Cesare Zavattini (Una Sera Como la Altre). Fotografia: Guiseppe Rotunno. Música: Ennio Morricone & Piero Piccioni. Montagem: Nino Baragli (Senso Civico, La Terra Vista dalla Luna), Adriana Novelli (Una Sera Come le Altre), Mario Serandrei (La Strega Bruciata Viva), Giorgio Serrallonga (La Siciliana). Dir. De arte: Mario Garbuglia & Piero Poletto. Figurinos: Piero Tosi. Com: Silvana Mangano, Annie Girardot, Francisco Rabal, Massimo Girotti, Clara Calamai, Nora Ricci, Helmut Berger, Bruno Filippini, Leslie French,
It is therefore necessary to die, because so long as we live, we have no meaning , and the language of our lives (with which we express ourselves, and to which we therefore attribute the greatest importance) is untranslatable, a chaos of possibilities and meanings without resolution...It is only thanks to death that our life serves us to express ourselves. Pier Paolo Pasolini

Filme do Dia: Gaviões e Passarinhos (1966), Pier Paolo Pasolini

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Gaviões e Passarinhos ( Uccellacci e Uccellini , Itália, 1966). Direção e Rot. Original: Pier Paolo Pasolini. Fotografia: Mario Bernardo & Tonino Delli Colli. Música: Ennio Morricone. Montagem: Nino Baragli. Dir. de arte: Luigi Scaccianoce. Figurinos: Danilo Donati. Com: Totó, Ninetto Davoli, Ferni Benussi, Rossana Di Rocco, Renato Capogna, Pietro Davoli, Lena Lin Solaro, Gabriele Baldini. O velho Totó (Totó) e seu filho Ninetto (Davoli) cruzam a Itália caminhando. No meio do caminho acabam encontrando um corvo, que lhes conta uma parábola sobre dois franciscanos (Totó e Davoli) que,  nos anos de 1200, são instigados por São Francisco a converter falcões e passarinhos. Após uma longa e paciente temporada de mais de um ano, Totó consegue converter os falcões. Com os passarinhos, a chave para a conversão se encontra não no assovio, mas no modo de se mover pulando, algo que Totó descobre acidentalmente quando observa Ninetto. Porém, após a sofrida conversão de ambos, os frades
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Filme do Dia: La Rabbia (1963), Pier Paolo Pasolini & Giovanni Guareschi

La Rabbia (Itália, 1963). Direção: Pier Paolo Pasolini (segmento I) & Giovanni Guareschi (segmento II). Rot. Original: Pier Pasolini (segmento I) & Giovanni Guareschi (segmento II). Montagem: Pier Paolo Pasolini & Nino Baragli. Nesse curioso documentário ou filme-ensaio, a partir da seguinte premissa propõe-se duas visões sobre o mundo, uma mais progressista, representada pelo primeiro segmento, dirigido e escrito por Pasolini , outra mais conservadora, dirigida e escrita por Guareschi. No primeiro segmento, parte-se de imagens de arquivo do que representava boa parte dos eventos políticos e sociais de então, com destaque especial para a independência dos países africanos e Cuba, mas também do uso de Albinoni na trilha musical, stills e até mesmo pinturas clássicas na construção de uma visão eminentemente pessimista em que – a certo momento e na melhor tradução de sua concepção do mundo moderno – Pasolini exclama que o fim das culturas tradicionais e a vitória completa