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Filme do Dia: Course en Sacs (1896), Louis Lumière

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  C ourse en Sacs (França, 1896) Direção: Louis Lumière. Uma corrida de sacos, evento comum nos festejos da época. Os competidores (e muito provavelmente a própria assistência que os ladeia) são operários das fábricas dos Lumière. É interessante a idéia progressiva da multidão que se fecha e goza do desastrado último competidor, que tem seu avanço indiscriminado que ameaça a própria câmera que os registra;   alertado pelo realizador, dos quais se observa as mãos gesticulando para que algumas pessoas se desviem da câmera, numa primeira aparição do realizador em seu próprio filme, intervenção que se tornará comum no cinema autoral dos anos 60. Lumière. 35 segundos.

Filme do Dia: Marseille, la Canebière (1896), Louis Lumière

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  M arseille, la Canebière (França, 1896). Fotografia Louis Lumière. É incrível a vivacidade e nitidez das imagens de uma rua movimentada da cidade francesa, repleta de postes, anúncios, pessoas e veículos em movimento. Nitidez que pode provocar reações paradoxais no espectador, ao mesmo tempo trazendo um senso táctil e promovendo uma aproximação com um estilo de desenho/animação que se deleita em descrever espaços urbanos. A câmera como quase sempre – a exceção são os “panoramas”, e os travellings a partir de veículos em movimento – se encontra fixa a registrar os elementos imóveis e os móveis, estes últimos cruzando sua objetiva.  |Lumière. 50 segundos.

Filme do Dia: O Regador Regado (1895), Louis Lumière

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O   Regador Regado ( L´Arroseur Arrosé , França, 1895). Direção: Louis Lumière. Tida como a primeira comédia da história do cinema, apresenta um jardineiro que rega as plantas e se vê surpreendido pela falta de água que somente nós, espectadores, sabemos se tratar de um jovem que prende o fluxo da água com seu pé. Ao investigar o que acontece com a mangueira, o jovem retira o pé dela e o regador se torna regado como faz menção o título original. Detalhe para o fato de ao buscar o garoto para lhe dar um castigo pela brincadeira ( e traze-lo igualmente para mais próximo da câmera) já existe uma exploração básica da profundidade de campo. Assim como para o fato de que, apesar de Lumière ter sido identificado, sobretudo, como um elemento fundamental para se pensar no registro de imagens mais vinculado ao espírito documental do cinema do que propriamente à ficção (identificada com a obra de Méliès), o filme apresenta aqui uma visível encenação que em muito transcende o desejo de mero

Filme do Dia: Barque sortant du port (1895), Louis Lumière

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B arque Sortant du Port (França, 1895). Direção: Louis Lumière . Provavelmente um dos mais belos filmes dos Lumière. A partida de um barco em um mar caudaloso é observado por algumas mulheres e crianças que se encontram ao fundo da imagem, ainda que perfeitamente visíveis.   Sua composição sofisticada e elegante demonstra o quão Lumière era conhecedor das artes da fotografia. Inicia com a canoa ainda não totalmente visível na moldura e a força das ondas provoca uma sensação de desequilíbrio que parece ecoar para a ponta do passeio em que mulheres e crianças observam tudo. A idéia de um senso de partida, motivo primevo do filme, acaba sendo prejudicado pelo inesperado: uma onda, que faz com que a canoa mude seu curso ao final. Lumière. 49 segundos.

Filme do Dia: Inauguration de l´Exposition Universelle (1900), Louis Lumière

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I nauguration de l´Exposition Universelle (França, 1900). Direção: Louis Lumière. Produzindo já com bem menos fôlego que nos primeiros anos, Lumière traz essa desconcertante imagem de duas “calçadas rolantes” às margens do Sena provocando uma ilusão de ótica de que é a câmera que se encontra em movimento que somente se desfaz numa observação mais acurada. Lumière. 43 segundos.

Filme do Dia: Londres, Entrée du Cinématographe (1896), Louis Lumière & Charles Moisson

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L ondres, Entrée du Cinématographe (França, 1896). Um dos poucos filmes dos Lumière a aparentemente fazerem alguma auto-referência – no caso a entrada do aparentemente majestoso Teatro Empire, de Londres, cuja atração, como discretamente pode ser percebido em sua marquise, onde um relativamente discreto anúncio na mesma dá notícia do cinematógrafo dos Lumiére “toda noite”. Ao discriminar a exibição de seu tão recente instrumento em tão pujante rua moderna como a aqui flagrada, repleta do movimento de carruagens e transeuntes, é como se ao mesmo tempo os irmãos de Lyon estivessem igualmente se inscrevendo no coração dessa modernidade. Destaques para os dois cavalheiros que fazem uma rápida mesura com suas cartolas para a câmera. É curioso como o cinema entra pela porta da frente da burguesia, como aqui observado, para logo depois se tornar o espetáculo predileto do populacho, somente sendo reabilitado novamente nos idos do cinema narrativo com Griffith . Lumière. 40 segundos.