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Mostrando postagens com o rótulo Jean Renoir

Filme do Dia: A Pequena Vendedora de Fósforos (1928), Jean Renoir & Jean Tédesco

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  A  Pequena Vendedora de Fosfóros ( La Petite Marchand d´Allumettes , França, 1928). Direção: Jean Renoir & Jean Tédesco.  Rot. Adaptado: Jean Renoir, baseado  no conto de Hans Christian Andersen. Fotografia: Jean Bachelet. Dir. de arte: Erik Aaes. Com: Catherine Hessling, Manuel Raaby, Jean Storm, Amy Wells. Jovem e pobre vendedora de cigarros (Hessling) sai numa noite de nevasca forte e não consegue vender uma unidade sequer. Atormentada por crianças, acaba buscando refúgio na ilusão de uma vitrine de loja. Sonha com um mundo fantástico de manequins de loja que se movimentam e cavalos que voam e vem a morrer no sono, sendo encontrada na manhã seguinte. Renoir realizou uma poética e inusitada incursão ao universo de Andersen. Um dos detalhes mais interessantes do filme é o fato do mundo “real” do qual surge a jovem costureirinha ser uma evidente maquete em estúdio, sugerindo a fantasia que se esconde por trás do que é descrito como “realidade” no  filme – e, indo um pouco mai

Filme do Dia: O Segredo do Pântano (1941), Jean Renoir

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    O   Segredo do Pântano ( Swamp Water , EUA, 1941). Direção: Jean Renoir. Rot. Adaptado: Dudley Nichols, baseado no romance Vereen Bell. Fotografia: J. Peverell Marley. Música: David Buttolph. Montagem: Walter Thompson. Dir. de arte: Richard Day & Joseph C. Wright. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Gwen Wakeling. Com: Dana Andrews, Anne Baxter, Walter Huston, Walter Brennan, Virginia Gilmore, John Carradine, Mary Howard, Ward Bond , Guinn “Big Boy” Williams, Mae Marsh. Ben (Andrews) se enfronha em um perigoso pântano da Geórgia atrás de seu cão perdido, indo contra os conselhos do pai, Thursday (Huston) e acaba se encontrando com Tom Keefer (Brennan), que vive como ermitão, desde que foi acusado injustamente de ter cometido um homícidio. Ben, depois da discussão acirrada com o pai, ao retornar, decide morar só e viver da caça que empreende no pântano com auxílio de Tom Keefer. Seu afastamento por longas temporadas provoca a ira de sua namorada, Mabel (Gilmore), que suspe

Filme do Dia: Estranhas Coisas de Paris (1956), Jean Renoir

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  E stranhas Coisas de Paris ( Elena et les Hommes , França/Itália, 1956). Direção: Jean Renoir. Rot. Adaptado: Jean Renoir & Jean Serge. Fotografia: Claude Renoir. Música: Joseph Kosma. Montagem: Borys Lewin. Dir. de arte: Jean André. Figurinos: Rosine Delamare. Com: Ingrid Bergman, Jean Marais, Mel Ferrer, Jean Richard, Juliette Gréco, Pierre Bertin, Dora Doll, Albert Rémy. Paris, anos anteriores a I Guerra Mundial. A polonesa Elena (Bergman) desperta a paixão de Rollan, um popular general com aspirações a ditador, ao mesmo tempo que também mexe com o coração do aristocrata que a apresentou a Rollan, o Conde Henri de Chevincourt (Ferrer). O tempo e o reconhecimento relativamente precoce de suas obras mestras não parece ter sido muito saudável para Renoir . Ao contrário do rigor de um Rossellini , quase empertigado em um projeto de cinema (e de tv) muito cioso e pouco aderente à publicidade ou fama, ele enveredou por aventuas nas quais se saúda a vitalidade das cores, quase co

The Film Handbook#178: Jean Renoir

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Jean Renoir Nascimento: 15/09/1894, Paris, França Morte : 12/02/1979, Beverly Hills, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1925-1970 Ainda que somente pela rica variedade de sua obra, Jean Renoir permaneceria um dos maiores realizadores de todos os tempos. Sua grandeza, no entanto, reside em sua vontade de experimentar, em sua incansável mescla entre realismo e artifício, e em sua profunda visão não sentimental que todos, bons ou maus, possuem suas razões. Nos filmes de Renoir, forma e conteúdo se combinam para criar um retrato coerente, mas multifacetado, do caos, absurdo e transitoriedade da vida humana. Filho do pintor impressionista Auguste Renoir, Jean abandonou a cerâmica pelo cinema em 1924, quando produziu um filme a ser estrelado por sua esposa Catherine Hessling, uma ex-modelo de seu pai e atriz de diversos de seus próprios filmes mudos. No mesmo ano que realizou sua estreia na direção com A Filha da Água / Le Fille de l'Eau ,  sua fotografia lírica das marge

Filme do Dia: Boudu Salvo das Águas (1932), Jean Renoir

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B oudu Salvo das Águas ( Boudu sauvé des eaux , França, 1932). Direção: Jean Renoir. Roteiro Adaptado: Jean Renoir& Albert Valentin, baseado na peça de   René Fauchois. Fotografia: Marcel Lucien. Música: Léo Daniderff&Raphael. Montagem: Marguerite Renoir & Suzanne de Troeye. Com:   Michel Simon, Charles Granval,   Marcelle Hainia,   Severine Lerczinska,   Jean Gehret,   Max Dalban,   Jean Dasté,   Jacques Becker.          Monsieur Lestingois (Granval) é o típico bom burguês. Dono de uma loja de livros usados, seu espiríto cristão se contrapõe à mentalidade racional-capitalista da mulher. E quando ela se afasta, deixando estarrecido o estudante que pretende comprar um livro de Balzac, ele lhe dá este e outro livro às escondidas, tendo como argumento, que ama a juventude. O que Madame Lestingois (Hainia) não sabe, é que além de pio, seu marido a trai quase que diariamente com a   jovem empregada Anne-Marie (Lerczinska), que se orgulha de não ser como suas amigas, que

Filme do Dia: A Besta Humana (1938), Jean Renoir

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A Besta Humana ( La Bête humaine , França, 1938) Direção: Jean Renoir. Rot. Adaptado: Jean Renoir, baseado no romance de Émile Zola. Fotografia: Curt Courant. Música: Joseph Kosma. Montagem: Marguerite Renoir & Suzanne de Troeye. Dir. de arte: Eugène Lourié. Com: Jean Gabin, Simone Simon, Fernand Ledoux, Blanchette Brunoy, Gérard Landry, Jenny Hélia, Colette Régis, Germaine Clasis, Jacques Berlioz, Jean Renoir. Jacques Lantier (Gabin) é maquinista e trabalha com o amigo Pecqueux (Carette). Como o motor de sua querida locomotiva pifou, ele aproveita a ocasião para visitar sua madrinha (Clasis), que mora à margem da estação. Essa lhe pergunta sobre as crises repentinas que sempre costumara ter na infância e Lantier se diz curado. Logo, no entanto, encontra a filha de sua madrinha, Flore (Brunoy), que conhecera criança, e dominando-a, tenta estrangulá-la, sua atenção se desviando com a passagem do trem. Envergonhado, afirma para Flore que tudo seu comportamento

Filme do Dia: Toni (1935), Jean Renoir

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T oni ( Toni , França, 1935). Direção: Jean Renoir. Rot. Original: Carl Einstein,  J. Lebert &  Jean Renoir. Fotografia: Claude Renoir. Música: Paul Bozzi. Montagem: Marguerite Renoir&Suzanne de Troeye. Com: Charles Blavette, Celia Montalván, Jenny Hélia, Max Dalban, André Kovachevitch, Edouard Delmont, Andrex, Paul Bozzi.             O errante imigrante italiano Toni (Blavette) chega a um pequeno povoado francês que parece ser a esperança de um futuro melhor, onde passa a trabalhar numa pedreira. Torna-se amante da possessiva Marie (Hélia), porém sente-se grandemente atraído é pela espanhola Josefa (Montalván) que, no entanto, casa-se com o capataz Albert (Dalban), que aos poucos se apossa de todos os negócios do tio de Josefa. Os dois casais casam-se no mesmo dia. Marie, cansada com o interesse renitente de Toni por Josefa, tenta o suicídio e posteriormente rompe o relacionamento. Toni passa a morar numa colina. Gaby (Andrex), primo de Josefa, confidencia que irá fug

Filme do Dia: A Cadela (1931), Jean Renoir

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A Cadela ( La Chienne , França, 1931). Direção: Jean Renoir. Rot.Adaptado: Jean Renoir & André Girard, baseado no romance de Georges de La Fouchardière. Fotografia: Theodor Sparkuhl. Montagem: Marguerite Renoir. Dir. de arte: Gabriel Scognamillo. Com: Michel Simon, Janie Marese, Georges Flamant, Gaillard, Romain Bouquet, Pierre Desty, Mancini, Mlle. Doryans, Magdeleine Bérubet. Maurice Legrand (Simon) é um pintor frustrado que trabalha em um escritório e possui uma esposa, Adéle (Bérubet), que apenas acentua suas fraquezas. Uma noite flagra uma jovem prostituta, Lucienne Pelletier (Marese) apanhando de seu cafetão, Déde (Flamant). Indignado, aproxima-se da jovem que, juntamente com Déde, passam a viver da venda dos quadros de Legrand, inventando um pseudônimo feminino para uma suposta artista americana que os criaria. Depois de reecontrar Alexis Godard (Gaillard), primeiro marido de sua esposa, tido como morto na I Guerra, Legrand bola uma estratégia que culmina com o seu