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Filme do Dia: Ars (1959), Jacques Demy

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  A rs (França, 1959). Direção e Rot. Original: Jacques Demy. Fotografia: Lucien Joulin. Música: Elsa Barraine. Ainda que o título possa sugerir que se trata de um filme sobre a pequena cidade homônima, é mais especificamente sobre um cidadão ilustre dela, Jean-Marie Vianney, o cura que viveu no século XVIII e logo seria reconhecido como santo, tendo seu corpo sido encontrado em perfeitas condições quando de sua exumação, em 1904. Dois elementos chamam a atenção nesse curta em p&b (o último antes de seu primeiro longa) de Demy : 1) a utilização da Ars contemporânea, não apenas em suas edificações, boa parte delas ainda herdeira dos tempos do cura, mas a própria população, como ilustração para a trajetória do polêmico cura que, dada a sua crescente severidade, torna-se inimigo da população local; 2) o fato de tudo ser narrado por uma voz over (do próprio Demy?) que aparentemente respalda não apenas as informações históricas referidas, mas o próprio comportamento rigoroso do cura.

Filme do Dia: A Baía dos Anjos (1963), Jacques Demy

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  A   Baía dos Anjos ( La Baie des Anges , França, 1963). Direção e Rot. Original: Jacques Demy. Fotografia: Jean Rabier. Música: Michel Legrand. Montagem: Anne-Marie Cotret. Dir. de arte: Bernard Evein. Figurinos: Bernard Evein & Pierre Cardin. Com: Jeanne Moreau, Claude Mann, Paul Guers, Henri Nassiet, André Certes, Nicole Chollet. Georges Alban, Conchita Parodi. Jean Fournier (Mann) é um jovem que procura se afastar do modelo representado pelo pai (Nassiet) e seu estilo de vida honesto, porém a seu ver   medíocre que, influenciado pelo amigo Caron (Guers), decide abandonar tudo e viajar para jogar em cassinos da costa francesa, sendo expulso de casa pelo pai. Ele acaba conhecendo Jack Demaistre (Moreau), por quem se torna fascinado e tão obcecado por ela quanto ela é pelo jogo. Após uma noitada de sorte na Baía dos Anjos, Jack convida Jean para ir a Monte Carlo. A dupla obsessão do casal fará com que ganhem e percam fortunas em questão de horas. Demy , em seu segundo longa-m

Filme do Dia: Pele de Asno (1970), Jacques Demy

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P ele de Asno ( Peau d’Âne , França, 1970). Direção: Jacques Demy. Rot. Adaptado: Jacques Demy, baseado no conto de Paul Perrault. Fotografia: Ghislain Cloquet. Música: Michel Legrand. Montagem: Anne-Marie Cotret. Dir. de arte: Jacques Dugied. Com: Catherine Deneauve , Jean Marais, Jacques Perrin, Micheline Presle, Delphine Seyrig , Fernand Ledeux, Henri Cremiéux, Sacha Pitoeff. Num reino encantado, o Rei (Marais) vive em paz idílica com sua amada esposa (Deneuve), sendo sua paz abençoada por um asno que defeca jóias. Porém, um belo dia toda essa harmonia é comprometida pela doença e falecimento da rainha, que promete que o Rei somente deverá se casar com outra mulher ainda mais bela que ela. A única mulher à altura da Rainha, é a própria filha de ambos, a Princesa (Deneauve). Mesmo apaixonada pelo pai, a Princesa não cede a seus pedidos por conselho de uma Fada (Presle). Após inúmeros vestidos luxuosos como garantia de que casará com o Rei, a Princesa pede a pele do asno mág

Filme do Dia: Lola (1961), Jacques Demy

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L ola (França/Itália, 1961). Direção e Rot. Original: Jacques Demy. Fotografia: Raoul Coutard. Música: Michel Legran. Montagem: Anne-Marie Cotret & Monique Teisseire. Dir. de arte e Figurinos: Bernard Evein. Com: Anouk Aimée, Mark Michel, Jacques Harden, Alan Scott, Elina Labourdette, Annie Duperoux, Catherine Lutz, Corinne Marchand.           Em Nantes, Roland Cassard (Michel) é um jovem sem ilusões que tem sua vida transformada ao reconhecer um velho amor de infância, Lola (Aimée), dançarina que vive um caso de amor com o marinheiro americano Frankie (Scott), apenas por que ele lhe lembra o grande amor de sua vida, Michel (Harden), que partiu há sete anos. Roland desperta a paixão na dona de casa solitária, Madame Desnoyers (Labourdette), que tem uma filha adolescente, Cécile, que se apaixona pela primeira vez na vida pelo marinheiro Frankie. Lola afirma para Cassard que não o ama e esse, que já se encontrava quase disposto a desistir de viajar para a África do Sul em uma pe

Filme do Dia: Jacquot de Nantes (1991), Agnès Varda

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J acquot de Nantes (França, 1991). Direção: Agnès Varda. Rot. Original: Agnés Varda, a partir das memórias de Jacques Demy. Fotografia: Patrick Blossier, Agnés Godard & Georges Strouvé. Música: Joanna Bruzdowicz. Montagem: Marie-Josée Audiard. Cenografia: Robert Nardone & Olivier Radot. Figurinos:   Françoise Disle. Com: Philippe Maron, Edouard Joubeaud, Laurent Monnier, Brigitte De Villepoix, Daniel Dublex, Clément Delaroche, Rody Averty, Hélène Pors. A vida de Jacques Demy dos seus primeiros anos até a partida para Paris, quando vai estudar em uma escola de cinema, são marcados pela infância feliz (Maron), pela experiência traumática da guerra (Joubeaud) e pelos obstáculos para superar a escola industrial que o pai (Dublet) vislumbra como futuro. O apoio incondicional vem da mãe, Marilou (Villepoix). Varda, em seu tributo ao marido então recentemente falecido, traça uma cinebiografia bastante original, autoral e intimista, mesclando documentário e ficção. Alterna

The Film Handbook#16: Jacques Demy

Jacques Demy Nascimento: 05/06/1931, Pontchâteau, França Morte: 27/10/1990, Paris, França Carreira (como diretor): 1955-1988 No seu melhor, Jacques Demy é verdadeiramente original, criador de um encantador e pungente universo de fantasia governado pelo destino, amor e memória. Acusações que as sensuais e suntuosas superfícies de seus filmes são meramente decorativas são inapropriadas, já que seus modernos contos de fadas são frequentemente enraizados nas emoções sombrias da realidade. Após estudar cinema, Demy entrou na indústria como assistente do animador Paul Grimault, seguido pela direção de vários curtas. Não antes de 1960, no entanto, com seu primeiro longa Lola> 1 , uma história de amor ambientado na província costeira de Nantes, seu surpreendente estilo pessoal amadureceu. Sua ousadia formal é evidente já no plano de abertura de uma americana, vestida de branco, dirigindo sua grande limusine branca através da tela grande e ao som de jazz e da Sétima de Beethoven. O en