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Mostrando postagens com o rótulo Hans-Jürgen Syberberg

Filme do Dia: Romy - Portrait eines Gesichts (1967), Hans-Jürgen Syberberg

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  R omy – Portrait eines Gesichts (Al. Ocidental, 1967). Direção e Rot. Original: Hans-Jürgen Syberberg. Nesse documentário realizado para a tv, tendo como mote a atriz austríaca Romy Schneider (1938-1983), Syberberg  pode se encontrar longe dos arroubos característicos de suas obras autorais mais marcantes posteriores, mas longe tampouco do convencionalismo. Algo que pode ser rapidamente constatado, quando na subida de um teleférico de uma estação de esqui se observa sobreposições das ruas de Paris, cidade sobre a qual Romy discorre sobre seu cotidiano quando lá se encontra em apartamento alugado, lembrando-se sobretudo da parca vida social vivida lá. Ou ainda quando passa algo como 3 minutos sem qualquer diálogo ou comentário do narrador – no caso, o próprio Syberberg, também observado na banda visual, chegando na casa de Schneider e partindo com ela de carro para a estação de esqui ou conversando com ela à beira da lareira. Essa relação entre sons e comentários que levam a tempora

Filme do Dia: Hitler - Um Filme da Alemanha (1977), Hans-Jürgen Syberberg

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H itler -- Um Filme da Alemanha ( Hitler – Ein Film das Deutschland , Al. Ocidental/França/Reino Unido, 1977). Direção e Rot. Original: Hans-Jürgen Syberberg. Fotografia: Dietrich Lohmann. Montagem: Jutta Brandtsaedter. Dir. de arte: Hans Gailling. Figurinos: Barbara Gailling. Com: Harry Bauer, Heinz Schubert, Peter Kern, Hellmut Lange, Rainer von Artefals, Martin Sperr, Peter Moland, Johannes Bozalski. Esse monumental ensaio sobre Hitler e sua influência sobre a cultura, inclusive cinematográfica, mundial e, particularmente alemã, mesmo numa versão menor que a original, torna-se um divisor de águas na carreira do realizador, em termos de sua monumentalidade, tornando-se seu filme mais artisticamente reconhecido e o final do tríptico sobre a Alemanha, juntamente com Ludwig, Réquiem para um Rei Virgem (1972) e Karl May (1974). Como desde o primeiro filme da trilogia, Syberberg prima por um estilo bastante iconoclástico com relação ao sistema de representação tradicional do cinem

The Film Handbook#167: Hans-Jürgen Syberberg

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Hans-Jürgen Syberberg Nascimento : 08/12/1935, Nossendorf, Pomerânia, Alemanha Carreira  (como diretor): 1965-1997 Grandemente destacado e original dentre os realizadores alemães que conquistaram proeminência  durante os anos 70, Hans-Jürgen Syberberg é um espalhafatosamente excêntrico de escassa consideração para a maior parte de seus contemporâneos. Seu tema - a continuada esquizofrenia da cultura alemã ao longo do último século - corresponde a escala épica e complexidade de seu estilo visual e narrativo idiossincráticos. Enquanto Syberberg ainda vivia na Alemanha Oriental, um encontro na juventude com Brecht permitiu que ele filmasse o Berliner Ensemble em 8 mm: encontro que provou ser uma influência decisiva na obra  madura do realizador. Por volta dos idos dos anos 60, ele trabalhava na televisão bávara, e entre 1965 e 1969, realizaria diversos documentários de longa-metragem sobre atores como Fritz Kortner e Romy Schneider. Em 1968 realizaria seu primeiro longo ficcional

Filme do Dia: Parsifal (1982), Hans-Jürgen Syberberg

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Parsifal (Alemanha Ocidental, 1982). Direção: Hans-Jürgen Syberberg. Rot. Adaptado: baseado na ópera de Richard Wagner. Fotografia: Igor Luther. Montagem: Jutta Brandtstaedter & Marianne Fehrenberg. Cenografia: Werner Achmann. Figurinos: Veronicka Dorn & Hella Wolter.  Com: Armin Jordan, Robert Lloyd, Martin Sperr, Michael Kutter, Edith Clever, Karin Krick, David Luther, Rudolph Gabler. Por mais abusiva que possa ser essa adaptação da última ópera escrita por Wagner (tendo como matriz o mito do Cálice Sagrado na corte do Rei Arthur), em termos de metragem, principalmente para o espectador não familiarizado com o gênero – e talvez até mesmo para os conhecedores – o filme de Syberberg ganha uma dimensão quase hipnótica por seus suntuosos cenários e por sua impecável mise-en-scene . Quanto à última há um esmero raro com as cores e a iluminação na composição da imagem, assim como um magnífico trabalho de câmera. Suas cenas, por vezes monumentais, são evocativas dos antigos f