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Mostrando postagens com o rótulo Curta Metragem

Filme do Dia: Little Blabbermouse (1940), Friz Freleng

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  L ittle Blabbermouse (EUA, 1940). Direção: Friz Freleng. Rot.Original: Ben Hardaway. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Um rato serve de guia a um grupo de semelhantes em uma visita a uma drugstore. A um determinado momento, todos os produtos da mesma começam a cantar e dançar. Produto típico da série Merrie Melodies , concorrência direta  e menos bem sucedida às Silly Simphonies da Disney. A mesma situação, incluindo o ratinho pequeno que não para de falar que dá nome ao título, foi adaptada sem qualquer dose de criatividade em Shop Look & Listen , produzido no mesmo ano. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 8 minutos e 11 segundos.

Filme do Dia: Sobre Nós (2016), Miguel Moura

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  S obre Nós (Brasil, 2016). Direção, Dir.de Fotografia e Montagem: Miguel Moura. Rot. Original: Chandelly Braz, Samuel Toledo & Miguel Moura. Dir. de arte: Juliana Esquenazi. Figurinos: Julia Souza. Com: Chandelly Braz, Samuel Toledo. Dois amigos de longa data (Braz e Toledo) se reencontram após certo tempo. Dentre eles, à espera do horário para saírem para algum evento, ao fumarem um cigarro, o tempo, algumas memórias compartilhadas de alguém morto, silêncios constrangidos. Sensível e tocante em sua simplicidade, filmado em p&b e a partir de um recorte temporal praticamente o mesmo do tempo em curso durante a ação, trabalha de forma interessante essa dupla interatividade com o tempo – ao mesmo tempo que se move em tempo praticamente real, incluindo silêncios e pausas na fala, há o peso resistente de um tempo ausente-presente, do passado.  Rebuliço e Mãe Joana Filmes. 14 minutos e 49 segundos.

Filme do Dia: The Tail of the Monkey (1926), Walter Lantz & David Hand

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  T he Tail of the Monkey (EUA, 1926). Direção: Walter Lantz & David Hand. Nesse filme em particular, a mescla entre animação e ação ao vivo, uma constante na produção inicial de Lantz, dá-se de forma diferenciada de sua série Dinky Doodle, sendo que a separação respeita o que se convencionalizaria durante o cinema clássico como o universo da fantasia mais associado com a animação e o da realidade com ação ao vivo, mesmo que algumas inserções de animação se fazam nas cenas de ação ao vivo. Um tocador de realejo para tentar consolar uma garota que teve seu pirulito surrupiado pelo rabo do macaco, conta uma fábula em que o rabo do macaco é fundamental para que ele efetive todas as suas ações. Mesmo que a fábula não responda convincentemente a perda sofrida pela garota, o curta é construído de forma interessante. Foi co-dirigido por Hand, uma das futuras estrelas dos estúdios Disney (responsável pela direção de clássicos como Branca de Neve e os Sete Anões e Bambi ).  J. R. Bray St

Filme do Dia: Ester (2005), Pernilla Johansson

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  E ster (Suécia, 2005). Direção: Pernilla Johansson. Rot. Original: Petra Elmquist & Pernilla Johansson. Fotografia: Michael Palmgren. Música: Harry Warren & Al Dubin “Dames”. Com: Monica Petersen, Katarina Larke-Skedung. Tentativa de comicidade em curta-metragem a partir de uma mulher balofa que se realiza tal e qual Esther Williams numa piscina. Tinroof Produktion. 3 minutos.

Filme do Dia: Uma Estrela para Iôiô (2004), Bruno Safadi

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  U ma Estrela para Ioiô (Brasil, 2004). Direção e Rot. Original: Bruno Safadi. Fotografia: Lula Carvalho. Música: Alexandre Pereira. Montagem: Karen Black & Moa Batsow.  Dir. de arte: Moa Batsow. Com: Mariana Ximenes, Gustavo Falcão, Ivan Cardoso, Ana Abbott, Fábio Lago, Nina Morena, Alice Gomez. Ao comprar, depois de muito trabalho e doar tudo que de algum valor possuía, Antônio Cleide (Falcão), compra uma estrela para sua namorada, a prostituta Ioiô (Ximenes). Sua alegria, no entanto, durará pouco, quando descobrir que os seus amigos também compraram a mesma estrela para as suas. A discórdia se instaura entre o grupo, enquanto o vendedor conta animado o seu dinheiro. Ainda que a presença de Ivan Cardoso no elenco e a carreira posterior de Safadi sugira uma aproximação com o marginal-udigrude do passado, assim como ambientar uma história do passado em um Rio evidentemente contemporâneo, algo que Cardoso já havia feito antes (e melhor) em seu Nosferato no Brasil , esse curta p

Filme do Dia: Moonbird (1959), John Hubley

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  M oonbird (EUA, 1959). Direção: John Hubley. Rot.Original Faith Hubley & John Hubley. Dois garotos decidem sair em meio a escuridão da noite para caçar um pássaro e trazê-lo para casa. Bastante ousado, em termos de experimentação, caso tenhamos como medida a animação comercial norte-americana de sua época (que apenas flertará com algumas das opções aqui escolhidas por volta de uma década após, quando da explosão da contracultura) e não o cinema experimental contemporâneo. Utiliza o universo infantil como régua para suas liberdades, e particularmente dentro desse, de vozes infantis (de seus filhos) que possuem extremo protagonismo, pelo próprio Hubley ( Windy Day , Cockaboody ). Ao final, eles chegam em casa com um pássaro bem diverso (e maior) do que havia sido sugerido em sua busca inicial (gaiola). Venceu o Oscar da categoria, sendo a primeira produção independente a fazê-lo e demonstrando uma mudança de paradigma por volta desses anos que também afeta a animação. Storyboar

Filme do Dia: Faces de Novembro (1964), Robert Drew

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  F aces de Novembro ( Faces of November , EUA, 1964). Direção: Robert Drew. Esse sensível curta-metragem de Drew procura menos ser fiel ao estilo de um tema, sobre o qual se tem acesso privilegiado aos bastidores do evento, como Primárias e Crise: Por Trásde um Compromisso Presidencial que observar, com um toque de poesia a reação aos funerais de Kennedy. A inclusão de certos planos como os de gotas de chuva no asfalto remetem ao precursor desse estilo, Joris Ivens com seu A Chuva , ainda que no caso em questão tal descrição de elementos poéticos do cotidiano se dá em conjunção com um dos momentos mais tensos da história americana, provocando um efeito intrigante. Em sua maior parte, está mais interessado em colher as impressões nos rostos anônimos que acompanham a cerimônia do que se deter sobre o staff presidencial, sendo tal efeito bastante evocativo dos curtas sobre partidas de futebol produzidos pelo Canal 100 no Brasil, no seu interesse tão ou maior (principalmente aqui) em

Filme do Dia: The Candlemaker (1957), Joy Batchelor & John Halas

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  T he Candlemaker (EUA, 1957). Direção: Joy Batchelor & John Halas. Rot. Original: Joy Batchelor & Philip Stapp. Música: Mathyas Seiber. Montagem: Jack King. Numa época em que não havia nem automóveis, nem   eletricidade e nem mesmo iluminação a gás, pai designa o filho, ajudante na feitura de velas, a entregar as velas para a missa. Distraído ao brincar com seu ratinho de estimação, a criança somente lembra de fazer as velas muito próximo do horário da entrega e uma delas não acende. Toda a família, cujo pai havia sido elogiado na missa anterior, sente-se envergonhada pelo fato. O filho, então, capricha na feitura das velas que iluminarão a missa de natal. Fábula  de matriz protestante de atmosfera algo melancólica (auxiliado por sua bela trilha) que não se escusa, ao contrário da maior parte das animações referentes ao natal, de apresentar em mais de um momento a imagem de Cristo. Seu maior encanto também pode ser sua desgraça, a depender os olhos de quem vê:  a singelez

Filme do Dia: Aventuras e Travessuras (1942), Joseph Barbera & William Hanna

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  A venturas e Travessuras ( The Bowling Alley Cat , EUA, 1942). Direção: Joseph Barbera & William Hanna. Música: Scott Bradley. No auge de sua técnica gráfica – destaque para a imbatível riqueza da “direção de arte” e do habitualmente lustroso cenário – essa animação de Tom & Jerry, observa o último maquinando suas habituais doses de sadismo contra Tom em um clube de boliche; a determinado momento, um de seus mais inspirados, Jerry transforma o pino do boliche em um taco de beisebol e rebate a bola como se também fosse uma bola de beisebol, com o previsível estrago sobre se sabe bem quem. Trechos de A Bela Adormecida de Tchaikovski na trilha sonora.  Sétimo episódio da primeira série. MGM. 7 minutos e 40 segundos.

Filme do Dia: An American March (1941), Oskar Fischinger

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  A n American March (EUA, 1941). Direção Oskar Fischinger. As formas abstratas de Fischinger aqui se rendem ao patriotismo ufanista dos tempos de guerra, não apenas em termos de motivos visuais, como a presença da bandeira americana, seja de forma unificada ou fragmentada, mas também na escolha da banda sonora do tema Stars and Stripes Forever , de 1896, da autoria de John Philip Sousa. |3 minutos.

Filme do Dia: Operação: Coelho (1952), Chuck Jones

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  O peração: Coelho ( Operation: Rabbit , EUA, 1952). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Curta de estréia com o personagem do Coiote, que ainda não havia ganho o seu parceiro, com o qual virá a ser sempre identificado, o Papaléguas. Aqui ele divide o protagonismo com Pernalonga, porém em tudo a animação é mais interessante do que as habitualmente identificadas com o personagem: estilo do desenho, com traços mais sofisticados, e gags. De fato, existe bastante diálogos na animação, algo que será praticamente abolido na continuidade da “carreira” de Coiote, sobretudo no hilário primeiro contato inicial entre os dois personagens, em que Coiote arma uma porta para poder ter um primeiro contato formal, afirmando ser um ser mais veloz e dinâmico que o colheo e, enfim, ser um gênio. Warner Bros. Pictures. 7 minutos e 18 segundos.

Filme do Dia: A Defeated People (1946), Humphrey Jennings

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  A   Defeated People (Reino Unido, 1946). Direção: Humphrey Jennings. Música: Guy Warrack. Mais convencional e menos inspirado que alguns títulos mais célebres de seu realizador ( Listen to Britain , Spare Time , A Diary for Timothy ), esse curta documental apresenta a complexa realidade do território alemão sob o domínio britânico pouco tempo após a maciça ofensiva aliada, cenário algo desolador, com ruínas por todos os lados e uma ração controlada de mil e poucas calorias por dia, assim como o fantasma do Nazismo a exorcizar (sobretudo dos mais velhos e daqueles que viveram em áreas não atingidas pelo conflito), assim como poucos professores e escolas completamente danificadas enquanto obstáculo para a educação das crianças. Em poucos momentos, Jennings parece se aproximar de um tom menos didático, ainda assim sem abdicar da locução over (a cargo de William Hartnell), como quando os destroços são observados enquanto verdadeiro parque de diversões para os pequenos ou ainda quando u

Filme do Dia: O Invasor Marciano (1988), Wolney Oliveira

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  O   Invasor Marciano ( El Invasor Marciano , Cuba, 1988). Direção e Rot. Original: Wolney Oliveira. Fotografia: Gustavo Velázquez. Montagem Juan Carlos Cremata Malberti. Mesclando ficção e documentário, o filme realiza um comovente tributo aos realizadores de películas amadoras em Cuba nos anos 1950 que, a certo momento, se emocionam revendo a si próprios quando jovens. Esse curta-metragem é marcado por um insistente desejo de traçar uma ancestralidade e continuidade no projeto posterior desenvolvido pela escola de cinema em Santo Antonio de Los Banhos,   não faltando tampouco o olhar paternalista e sentimental dirigido a um cinema que se equipararia a arte “primitivista” na pintura. Assim como uma relação ambígua com o referencial maior hollywoodiano (presente em trechos de clássicos como Cantando na Chuva , Casablanca e King Kong e no tema de As Time Goes By nos créditos finais). EICTV. 24 minutos.  

Filme do Dia: The Sultan's Wife (1917), Clarence G. Badger

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  T he Sultan’s Wife (EUA, 1917). Direção: Clarence G. Badger. Com: Bobby Vernon, Gloria Swanson, Joseph Callahan, Frank Bond, Blanche Payson, Teddy, o cachorro. Numa viagem para a Índia, Gloria (Swanson), amor de Bobby (Vernon) é sequestrada pelos homens de um Rajá (Callahan), que a quer como uma de suas centenas de mulheres em um harém. Descontado o caráter etnocêntrico com que a Índia é retratada desde o início, já surgindo uma cartela que faz referência às poucas roupas que os indianos utilizam – característica relativamente pouco explorada ou dubiamente explorada com um Raja, de pernas completamente desnudas, mas cobertas por uma meia que pretende mimetizar a pele de fato – trata-se de uma produção acima da média das estreladas pela dupla Vernon-Swanson e também pelo estúdio que a produziu. É evidente que sua marca etnocêntrica, que estará presente no cinema quase indelével até os dias de hoje, transforma os indianos em algo como crianças crescidas, a quem é demasiado fácil en

Filme do Dia: Madeline (1952), Robert Cannon

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  M adeline (EUA, 1952). Direção: Robert Cannon. Rot. Original: Ludwig Bemelmans. Música: David Raksin. Primeira incursão ao personagem, que renderia uma série de TV franco-canadense três décadas após. Com traços básicos, um relativo descaso com a perspectiva, uma presença forte de certa poética associada a se tratar explicitamente de uma narrativa – inclusive com bem orquestradas rimas como a que faz casar os intuitos de sua pequena protagonista em fazer travessuras para incomodar sua preceptora – assim como o tom levemente irônico que impregna as ações sociais do grupo, sendo a mesa do refeitório logo substituída por um conjunto de pias e a seguir camas. E tudo se casa à perfeição do ritmo com o qual é narrado. O fato de sua história ser ambientada em Paris, evocado já ao início da narrativa, surge talvez de forma menos incisiva e caricata que boa parte da produção de longa-metragem e ação ao vivo contemporânea, como é o caso de Sacre-Couer observada, a determinado momento, ao fund

Filme do Dia: Treze Minutos ou Perto Disso (2008), William Branden Blinn

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  T reze Minutos ou Perto Disso ( Thirteen or So Minutes , EUA, 2008). Direção e Rot. Original: William Branden Blinn. Fotografia: Jonathan Benjamin. Música: Nicola Quilter. Montagem: Austin Anderson. Com: Nick Soper e Carlos Salas. Dois homens, Lawrence (Soper) e Hugh (Salas) após o bar vão até a casa do primeiro e lá fazem sexo. Após o sexo, Lawrence se pergunta incrédulo sobre o que houve e Hugh afirma ter gostado. Ambos nunca tinham tido relação com o mesmo sexo. Nesse curta a precariedade técnica e de atuação chega a ser um mal menor quando se tem em conta que o que resulta do mesmo é um típico produto de uma ideia. A excessiva subjetivação dessa ideia no plano cênico-dramático inexiste. Ao final de contas, nem se acredita nos personagens ou na situação em si nem muito menos na sua conformação final, com a tensão sendo resolvida com um abraço. Para um projeto que se predispunha   a  focar no momento logo após o ocorrido – e o título acaba fazendo menção à própria duração do me

Filme do Dia: Guerra$ (2005), Luiz Rosemberg Filho

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  G uerra$ (Brasil, 2005). Direção: Luiz Rosemberg Filho. Rot. Original: Luiz Rosemberg Filho & Sindoval Aguiar. Fotografia: Renaud Leenhardt. Montagem: Sidney Olivetti. Com: Olívia Zisman Bolliger As obsessões desse momento final da carreira do realizador se encontram muito presentes nesse curta (a guerra, o poder, a dificuldade da humanidade de lidar com o gozo) e também se refletem em uma postura estética também com muitas similaridades. Aqui não se faz uso da colagens tão frequentes em sua produção (em Auschwitz e Desobediência , por exemplo), mas se encontra presente uma ruptura ao longo da duração do vídeo, que aqui substitui as imagens de guerras (e da guerra particular brasileira, com tanques do exército nas favelas) americanas no Iraque e Afeganistão, fazendo uso de imagens de arquivo, e ao som da célebre Tocata e Fuga em Ré Menor BWV 565 de Bach a fala de alguém que apresenta um texto. Novamente uma mulher, novamente um texto de colarações nietzscheanas, ainda que sem

Filme do Dia: Com o Oceano Inteiro Para Nadar (1997), Karen Harley

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  C om o Oceano Inteiro Para Nadar (Brasil, 1997). Direção: Karen Harley. Curta que se apoia sobretudo nos “diários gravados” pelo artista plástico Leonilson entre 1990 e 1993, antes de sucumbir ao vírus HIV. Oscilando entre momentos de alegria e melancolia, sua fala percorre desde descrições de situações que ele vivenciara a pouco em suas viagens até observações sobre trabalhos de outros artistas e sua incompetência em fazer marketing de si próprio e seu desgosto com o mercado de arte e “os filhos da puta” que fazem parte dele. Ao contrário do longa que volta a esses mesmos depoimentos tempos depois ( A Paixão de JL , de 2015) parece haver menor aderência ou tentativa de ilustração das palavras de Leonilson com imagens sobre o que ele faz referência. Não existe aqui a grande quantidade de menções televisivas e/ou cinematográficas presentes no longa, até mesmo por provavelmente se contar com recursos bem mais modestos que não dariam conta do uso autorizado dessas imagens. Por outro l

Filme do Dia: A Midsummer Day's Work (1939), Alberto Cavalcanti

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  A   Midsummer Day's Work (Reino Unido, 1939). Direção: Alberto Cavalcanti. Fotografia: Jonah Jones. Montagem: R.Q McNaughton. Simpático curta de Cavalcanti que acompanha não apenas Oxford, centro de reconhecida universidade, mas sobretudo os trabalhadores que se encontram a serviço das comunicações. A música e o tom ensolarado e límpido que acompanha os planos iniciais logo irão ceder a uma certa apreensão prosaica  da realidade, porém sem invalidar uma certa propensão épica em pleno prosaico. Sua referência jocosa a Shakespeare já no título, em aberto contraste com a inclusão de um aspecto do cotidiano – e ainda por cima operário -  é acompanhada por outras das residências de Francis Drake e de William Blake.13 minutos.

Filme do Dia: Zézero (1974), Ozualdo Candeias

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  Z éZero (Brasil, 1974). Direção e Fotografia: Ozualdo Candeias. Música: Vidal França. Montagem: Luiz Elias. Com: Isabel Artinópolis, Carlos Biondi, Palmira Balbina de Almeida, Maria das Dores de Oliveira, Maria Nina Ferraz, Arnaldo Galvão, Maria Gizélia, Milton Pereira. Camponês parte para a cidade onde, após experiências sofridas de trabalho e buscando sexo de modo selvagem, acaba ganhando na loteria e retornando apenas para descobrir que sua família já se encontra morta. A própria construção desse curta-metragem repercute a situação de aridez econômica e afetiva de seu protagonista. Não existem planos aproximados, caracterização dos personagens ou mesmo diálogos. A intermediação com o mundo se dá através do rádio, e são transmissões desse que se ouve em boa parte da banda sonora.  O corte é abrupto e a marca do precário se faz valer nas cenas em que Zézero rola com as prostitutas que encontra. Candeias parece aqui construir sua própria versão de um tema recorrente no cinema brasi