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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Novo

Filme do Dia: São Paulo S/A (1965), Luiz Sérgio Person

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S ão Paulo S/A (Brasil, 1965). Direção e Rot. Original: Luís Sérgio Person. Fotografia: Ricardo Aranovich. Montagem: Glauco Mirko Laurelli. Música: Cláudio Petraglia. Com: Walmor Chagas, Eva Wilma, Otelo Zeloni, Ana Esmeralda, Darlene Glória. Carlos (Chagas) leva uma vida afetiva conturbada, dividindo-se entre a tresloucada Ana (Glória), a emancipada Hilda (Esmeralda) e tentando conquistar o coração da moça de família Luciana (Wilma). Consegue empregar-se na Volkswagen, e ganha dinheiro por fora, ao fazer contatos com a empresa de auto-peças de um conhecido, Arthur (Zeloni). Porém, sua situação se complica, sendo despedido da empresa, quando esta toma notícia da sua ligação com   Arthur, e, ao mesmo tempo, vê-se rejeitado por Luciana. Pressionado por Carlos,   Arthur o admite em sua empresa de auto-peças, que continua fornecendo peças para a Volks, onde logo torna-se seu funcionário mais destacado. Aproveitando sua situação econômica privilegiada pede Luciana em casamento. Porém logo

Filme do Dia: Fala Brasília (1966), Nélson Pereira dos Santos

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  F ala Brasília (Brasil, 1966). Direção Nélson Pereira dos Santos . Montagem Nélson Pereira dos Santos & Alberto Salvá. O que se poderia esperar, a partir da cartela inicial, que fosse um exercício grandemente formal e acadêmico-douto sobre os sotaques de diferentes regiões do Brasil cede lugar a fala informal de diversas pessoas, provenientes de todos os quadrantes do país, sobre o que acham da cidade, seus trabalhos, suas expectativas. Embora existam belas composições visuais, como a do primeiro falante, do Pará (os entrevistados são identificados unicamente pelo seu local de origem) com um manauara vindo por trás, no geral são bastante simples e voltam a se tornar interessantes, quando o filme demonstra os próprios passos nos quais chegou a seleção dos entrevistados observados, através de suas  falas. Somente ao final se rende propriamente a questão da pesquisa e dos sotaques, ainda que superficialmente, fazendo com que cada um dos cinco que se encontram com a produção ness

Filme do Dia: Porto das Caixas (1962), Paulo César Saraceni

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  P orto das Caixas (Brasil, 1962). Direção: Paulo César Saraceni. Rot. Adaptado: Paulo César Saraceni, baseado em conto de Lúcio Cardoso. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Antônio Carlos Jobim. Montagem: Nello Melli. Cenografia: José Henrique Bello. Com: Irma Alvarez, Reginaldo Farias, Paulo Padilha, Joseph Guerreiro,  Margarida Rey, Sérgio Sanz, Henrique Bello. Mulher (Alvarez) vive uma relação precária com um marido (Padilha), empregado na ferrovia, que nunca traz dinheiro para casa e a destrata. Eles vivem numa cidade igualmente estagnada e sem maiores opções. Ela consegue alimentos através de sexo com o dono da mercearia (Farias). Um ensaio de recomeço do amor entre ambos chega a ser esboçado, mas após se ferir com um martelo que pedira para a mulher comprar, ele passa novamente a tratá-la com arrogância e ficar recluso em casa. Ela, por sua vez, testa o comerciante, um barbeiro e um militar, para ver se seriam capazes de assassinar o marido, e consegue motivar o comerciante q

Filme do Dia: Cinema Novo (2016), Eryk Rocha

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  C inema Novo (Brasil, 2016). Direção: Eryk Rocha. Rot. Original: Juan Posada & Eryk Rocha. Fotografia: Eryk Rocha & Renato Valone. Música: Ava Rocha. Montagem: Renato Valone. Pode-se falar algumas coisas não muito abonadoras sobre esse documentário, que vão desde uma certa preguiça em se deter em alguns pontos nodais do Cinema, inclusive a questão Embrafilme até coisas menores (mas não menos importantes!) como a ausência de crédito aos filmes que tem seus trechos exibidos, acantonando-os coletivamente em meio ao rápido subir dos créditos; um pecadilho para quem investiu, com todo direito, aparentemente, em uma apresentação mais didática do movimento e espécie de convite às novas gerações para conhecerem os filmes e quando toda imagem ou áudio dos realizadores, por mais vezes que apareçam, são sempre creditados. Porém, duas opções ao menos são elogiáveis, senão três. A primeira, é a presença um tanto democrática de vários realizadores, muitas vezes em imagens de arquivo pouc

Filme do Dia: A Entrevista (1966), Helena Solberg

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  A  Entrevista (Brasil, 1966). Direção: Helena Solberg. Rot. Original: Mário Carneiro, a partir do argumento de Solberg. Fotografia:  Mário Carneiro. Montagem: Rogério Sganzerla. Documentário de uma figura ímpar no cenário e época em que foi produzido. Primeiro, por ser mulher em um grupo praticamente de exclusividade masculina, do Cinema Novo. Depois, por apresentar uma temática sensível às questões de gênero, que só entrariam de fato na pauta internacional no pós-68. E não apenas de gênero, mas do gênereo feminino. Por fim, ao se defrontar com um similar de classe social da realizadora e não com o outro popular que, via de regra, era o comum de seus colegas homens (uma exceção até enão sendo O Desafio ), em ambiente comum e partilhado pela própria realizadora. Por conta desse seu pioneirismo teve que se adequar esteticamente ao que era possível no momento. Assim, a voz over dominante é a das mulheres que concordaram em ser entrevistas, mas não a expor sua imagem e identificação,

Filme do Dia: A Casa Assassinada (1971), Paulo César Saraceni

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  A   Casa Assassinada (Brasil, 1971). Direção: Paulo César Saraceni. Rot. Adaptado: Paulo César Saraceni, baseado em romance de Lúcio Cardoso. Fotografia e Montagem: Mário Carneiro. Música: Antônio Carlos Jobim.  Dir. de arte e Figurinos: Fredy Carneiro. Com: Rubens Araújo, Norma Bengell, Nélson Dantas, Joseph Guerreiro, Leina Krespi, Carlos Kroeber, Tetê Medina, Nuno Veloso. Após casar com Valdo, Nina (Bengell), mulher atraente e de modos liberais, passa a morar na provinciana mansão dos Menezes, no interior de Minas, decadente família que já não possui sequer rendas para mantê-la. Enreda-se na complexa teia familiar que envolve a hostilidade do irmão mais velho Demétrio (Dantas), sua reprimida mulher Ana (Medina), o delírio do irmão rejeitado homossexual Timóteo (Kroeber) e o desejo de Nina pelo jardineiro da casa (Veloso). Os boatos de seu envolvimento com o jardineiro provocam uma tentativa frustrada de suicídio do marido. O jardineiro, no entanto, é quem se suicida.  Nina parte

Filme do Dia: Os Inconfidentes (1972), Joaquim Pedro de Andrade

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    O s Inconfidentes (Brasil/Itália, 1972). Direção: Joaquim Pedro de Andrade . Rot. Adaptado: Joaquim Pedro de Andrade e Eduardo Escorel, a partir dos autos da devassa e de O Romanceiro da Incofidência de Cecília Meireles. Fotografia: Pedro de Moraes. Montagem: Eduardo Escorel.  Cenografia: Anísio Medeiros. Figurinos: Teresa Nicolao. Com: José Wilker, Luiz Linhares, Paulo César Pereio, Fernando Torres, Carlos Kroeber, Nélson Dantas, Carlos Gregório, Margarida Rey, Suzana Gonçalves. O traidor Silvério dos Reis delata    a conspiração republicana que pretendia não só assassina-lo como realizar o mesmo com boa parte da corte. Presos e torturados, aos poucos os elementos de conspiração vão surgindo da boca não só de Tiradentes (Wilker), como também do Visconde de Barbacena (Dantas), de Alvarenga Peixoto (Kroeber), de Cláudio Manuel da Costa (Torres) e do poeta Tomás Antônio Gonzaga (Linhares). O veredito da Rainha, Dona Maria (Gonçalves), pune todos com o degredo e apenas Tiradentes co

Filme do Dia: Os Herdeiros (1970), Cacá Diegues

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O s Herdeiros (Brasil, 1970). Direção e Rot. Original: Cacá Diegues. Fotografia: Dib Lutfi. Montagem: Eduardo Escorel. Cenografia: Luís Carlos Ripper. Figurinos: Fernando Bede. Com: Sérgio Cardoso, Odete Lara, Mário Lago, Isabel Ribeiro, Ferreira Gullar, Grande Otelo , Paulo Porto, Jean-Pierre Léaud , Hugo Carvana, Anecy Rocha, Daniel Filho, Cláudio Wanderley, André Gouvêia, Laura Galano. A epopeia do jornalista foragido Jorge Ramos (Cardoso), que trai seu passado comunista e delata seu melhor amigo, Sérgio Martins (Gullar) que finda torturado e morto na prisão. Foragido, aproxima-se de um barão do café, Almeida (Lago),   para futuramente o traí-lo, sendo expulso com sua mulher, Rachel (Ribeiro), filha de Almeida, ao abraçar o governo Vargas. Assumindo cargo no jornal do governo, trai igualmente seu amigo Medeiros (Porto), que o quer na Rádio Nacional. Torna-se amante de uma famosa cantora do rádio, Eugênia (Lara), traindo sua esposa, que enlouquece. Um dos filhos, David (Wanderl

Filme do Dia: Menino de Engenho (1965), Walter Lima Jr.

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M enino de Engenho (Brasil, 1965). Direção: Walter Lima Jr. Rot. Adaptado: Walter Lima Jr., baseado no romance de José Lins do Rego. Fotografia: Reynaldo Paes de Barros. Música: Walter Lima Jr. & Pedro Santos. Montagem: João Ramiro Mello. Cenografia e figurinos: Álvaro Guimarães. Com: Geraldo Del Rey, Sávio Rolim, Rodolfo Arena, Anecy Rocha, Margarida Cardoso, Maria Lúcia Dahl, Antônio Pitanga, Maria de Fátima. Em 1910, o garoto Carlinhos (Rolim) muda-se para o Engenho Santa Rosa, de propriedade de seu avô materno, o Coronel José Paulino (Arena), após o assassinato da mãe pelo próprio pai. Aos poucos ele passa a familiarizar-se com o engenho e suas figuras. É adotado por Tia Maria (Rocha), figura querida de todos no engenho e antípoda da velha tia solteirona Sinhazinha (Cardoso), ranzinha com tudo e todos. É testemunha de uma enchente, assim como da visita do cangaceiro Antônio Silvino. Assiste triste a morte de uma prima de sua idade. Presencia a tortura ao negro Zé Guedes

Filme do Dia: A Culpa (1971), Domingos de Oliveira

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A  Culpa (Brasil, 1971). Direção: Domingos de Oliveira. Com: Paulo José, Dinah Sfat, Nélsom Xavier, Sérgio Britto. Dupla de irmãos (José e Xavier) assassina o pai, empreiteiro milionário (Britto), com ajuda da noiva de um dos irmãos, Matilde (Sfat). O sentimento de culpa posterior ao crime acabará por dilacerar suas vidas. Um dos irmãos suicida-se, enquanto Heitor (José) é assassinado pela noiva, que enlouquece. Nesse belo e atmosférico filme de Oliveira o que menos interessa é o enredo em si – já inicia com o crime cometido e a ocultação do cadáver pelo trio. Utilizando-se de uma estética comum as produções do Cinema Novo, o filme traça um sombrio retrato do estado psicológico dos assassinos após o crime. Ao contrário de Pocilga , de Pasolini , os personagens não conseguem se eximir da profunda culpa cristã pelo parricídio. Embora recebam dois milhões de dólares de herança, a vida já não possui sentido e a paranoia torna-se crescente. Recursos como a câmara na mão em planos l

Filme do Dia: Garrincha, Alegria do Povo (1962), Joaquim Pedro de Andrade

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G arrincha, Alegria do Povo (Brasil, 1962). Direção: Joaquim Pedro de Andrade . Rot. Original: Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Carlos Barreto, Mário Carneiro, David Neves & Armando Nogueira. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Carlos Lyra & Severino Silva. Montagem: Joaquim Pedro de Andrade & Nello Melli. Esse longa-metragem de estréia de Andrade , produzido no auge do encantamento com o povo brasileiro, mesmo observando o futebol como válvula de escape para o trabalhador agüentar o rojão da semana, algo enfatizado em suas imagens finais que apresentam o fim do encantamento e a volta a dura realidade já a partir dos serviços de transporte urbanos lotados, não apela, no entanto, para o julgamento moral depreciativo e simplista de defini-lo como mera alienação das massas. Aliás, mesmo que suas imagens sejam predominantemente dessas, a determinada ocasião não deixa de enfatizar uma elite, em seu nicho específico, observando e aplaudindo de modo mais contido o espetáculo

Filme do Dia: Arraial do Cabo (1959), Paulo César Saraceni & Mário Carneiro

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A rraial do Cabo (Brasil, 1959). Direção: Paulo César Saraceni & Mário Carneiro. Rot. Original: Cláudio Mello e Souza. Fotografia: Mário Carneiro. A vila de pescadores de Arraial do Cabo é o tema desse curta que, como outros de sua época (como é o caso de   Aruanda , de Linduarte Noronha, assim como o longa Barravento , de Gláuber Rocha ) e se detém no universo dos pescadores. A voz over que empresta a dimensão sociológica que era característica em tal produção aqui não se faz tão persistente quanto no curta de Noronha e talvez o que resista de mais interessante seja o flagrante de diversas cenas do cotidiano da comunidade, observadas por uma veia poética, possibilitada apenas pela relação entre imagem, música de acordes básicos ao violão e montagem, aproximando-se por esse viés, do mais interessante curta contemporâneo Um Dia na Rampa (1960), de Luiz Paulino dos Santos, a respeito do mercado soteropolitano. Assim, observa-se crianças em seus jumentos e suas sombras escorre

Filme do Dia: Esse Mundo é Meu (1964), Sérgio Ricardo

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E sse Mundo é Meu (Brasil, 1964). Direção: Sério Ricardo. Rot. Adaptado: Sérgio Ricardo, a partir da peça de Chico de Assis. Fotografia: Dib Lutfi. Música: Lindolfo Gaya & Sérgio Ricardo. Montagem: Ruy Guerra. Dir. de arte: José Scandal. Com: Sérgio Ricardo, Luiza Aparecida,, Antônio Pitanga, Léa Bulcão, José Sebastião, Amaro Scandal, Ziraldo. Pedro (Ricardo) une-se a namorada Luiza (Aparecida) e quando essa se encontra grávida, decide ela própria pelo aborto, enquanto Pedro teme pela morte dela como a de tantas que lhe antecederam nas mãos da mesma mulher. Toninho (Pitanga), engraxate e malandro, sonha com uma bicicleta com a qual poderá passear com a garota de seus sonhos, Zuleika (Bulcão). É a convivência entre uma nova bossa estilística, presente desde os devaneios da câmera de Lutfi em seu belo prólogo musicado e o paternalismo retrospectivamente algo constrangedor em relação aos seus personagens despossuídos que o filme sinaliza desde o seu início. Em termos de cr

Filme do Dia: Maioria Absoluta (1964), Leon Hirszman

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M aioria Absoluta (Brasil, 1964). Direção e Rot. Original: Leon Hirszman. Fotografia: Luís Carlos Saldanha. Música: Radamés Gnatalli.  Montagem: Nélson Pereira dos Santos. Esse primoroso curta-metragem de Hirszman discute o problema do analfabetismo e, no sentido mais amplo, da falta de valorização social dos trabalhadores menos qualificados. Iniciando com uma narração off (de Ferreira Gullar) que por vezes soa quase tão redutora quanto seu avesso ideológico, produzido contemporaneamente, os filmes de Jean Manzon, o filme faz uso desse habitual recurso até certo momento, quando decide, numa surpreendente reviravolta, dar voz aos próprios analfabetos. A partir desse momento, muitos despossuídos, em sua maioria agricultores, queixam-se das difíceis condições de sobrevivência, seja fazendo referência somente a sua própria experiência de vida seja argumentando em termos mais amplos e propondo soluções. O filme, portanto, é renovador tanto em termos tecnológicos, sendo um dos pri

Filme do Dia: Iracema - Uma Transa Amazônica (1975), Jorge Bodanzky & Orlando Senna

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I racema - Uma Transa Amazônica (Brasil, 1975). Direção: Jorge Bodanzky & Orlando Senna . Rot. Original: Orlando Senna, Jorge Bodanzky & Hermano Penna. Fotografia: Jorge Bodanzky. Música: Jorge Bodanzky & Achim Tappen. Montagem: Eva Grundman e Jorge Bodanzky. Cenografia: Orlando Senna. Com: Paulo César Pereio, Edna de Cássia, Conceição Senna, Rose Rodrigues, Sidney Piñon, Elma Martins, Wilmar Nunes, Lúcio dos Santos.              Em 1970, auge do otimismo com o “milagre econômico” brasileiro, Tião Brasil Grande (Pereio), um sulista que resolveu trabalhar como transportador de madeiras na região da Transamazônica, encarna como ninguém os ideais de progresso. Em uma de suas andanças ele dá carona a uma prostituta de 15 anos, Iracema (Cássia). Quando Iracema começa a se afeiçoar ao caminhoneiro, esse a abandona em um lugarejo perdido do mapa. Iracema passa então a ter que enfrentar uma situação ainda mais instável que a vivenciada até então. Tempos depois, Tião a reen

Filme do Dia: São Bernardo (1971), Leon Hirszman

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S ão Bernardo (Brasil, 1971). Direção: Leon Hirszman. Rot. Adaptado: Leon Hirzsman, baseado no romance de Graciliano Ramos. Fotografia: Lauro Escorel. Música: Caetano Veloso. Montagem: Eduardo Escorel. Dir. de arte: Luiz Carlos Ripper. Cenografia: Túlio Costa. Figurinos: Luiz Carlos Ripper. Com: Othon Bastos, Isabel Ribeiro, Nildo Parente, Joseph Guerreiro, Vanda Lacerda, Mário Lago, Jofre Soares, Rodolfo Arena. Após conquistar a fazenda de São Bernardo as custas da pressão sobre o endividado e fraco Padilha (Parente), que passa a se tornar seu empregado, e do assassinato do fazendeiro rival vizinho, Paulo Honório (Bastos) passa a ter como objetivo o casamento, para possuir um herdeiro para suas terras. O casamento ocorre com a sensível e culta professora local, Madalena (Ribeiro). Devotada ao marido e aos empregados, logo a mulher se transforma em vítima dos achaques constantes do marido que desconfia progressivamente de que ela é comunista e o trai com vários homens. Inconfo

Filme do Dia: Como Era Gostoso o Meu Francês (1971), Nelson Pereira dos Santos

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Como Era Gostoso o Meu Francês (Brasil, 1971). Direção e Rot. Original: Nélson Pereira dos Santos . Fotografia: Dib Lutfi. Música: Guilherme Magalhães Vaz & José Rodrix. Montagem: Carlos Alberto Camuyrano. Cenografia: Régis Monteiro. Figurinos: Mara e Maria Chaves. Com: Arduíno Colassanti, Ana Maria Magalhães, Manfredo Colassanti, Eduardo Imbassahy Filho, Gabriel Archanjo, José Kleber, Ana Maria Miranda, Luiz Carlos Lacerda. No Brasil em 1598, francês (Arduíno Colassanti) se torna prisioneiro dos Tamoios. Tenta se passar por português, mas acaba definitivamente sendo considerado como francês quando um outra francês, mercador (Manfredo Colassanti), assim o reconhece. Uma das índias, Seboipepe (Magalhães) se interessa por ele e passa a ser sua amante. Quando é ameaçado de morte pelo chefe Cunhabebe (Filho), consegue se salvar por haver estocado pólvora. Porém, mesmo tendo ajudado na vitória do grupo rival é condenado à morte. Na véspera da cerimônia, Seboipepe lhe relata como

Filme do Dia: Terra em Transe (1967), Gláuber Rocha

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Terra em Transe (Brasil, 1967) Direção e Roteiro: Gláuber Rocha . Diretor de fotografia: Luiz Carlos Barreto;  Montador: Eduardo Escorel Música: Sérgio Ricardo. Com: Jardel Filho, Paulo Autran, José Lewgoy, Glauce Rocha, Paulo Gracindo, Hugo Carvana, Danuza Leão,  Jofre Soares, Modesto de Sousa, Mário Lago, Flávio Migliaccio, José Marinho, Paulo César Pereio, Darlene Glória.          O jornalista e poeta Paulo Martins (Filho) se encontra baleado e à beira da morte. Momentos de sua trajetória vão sendo delineados. Seu afastamento do político direitista Dom Porfírio Diaz (Autran), quando este chega ao senado de Eldorado. Seu apoio a candidatura do populista Vieira (Lewgoy), que depois de eleito governador da província de Alecrim, promove a repressão. Paulo, um dos mentores ideológicos de sua campanha, sente-se mal quando rechaça um campônes em que vê espelhado sua própria fraqueza e servilismo. O campônes é encontrado morto no dia seguinte, através das mãos do Cel.Moreira. O gov

Filme do Dia: Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra

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Os Fuzis (Brasil, 1964). Direção: Ruy Guerra. Rot. Original: Ruy Guerra, Pierre Pelegri & Miguel Torres. Fotografia: Ricardo Aronovich. Música: Moacir Santos. Montagem: Raimundo Higino. Dir. de arte: Calazans Neto. Com: Átila Iório, Nélson Xavier, Hugo Carvana, Joel Barcellos, Maria Gladys, Paulo César Pereio, Antônio Pitanga, Cecil Thiré. Um grupo de soldados se desloca para uma pequena vila no interior da Bahia que sofre com os revezes da seca. O objetivo principal é de proteger o armazém de uma invasão da multidão de famintos. Em meio a uma situação de tensão, um dos homens, Pedro (Pereio) atira em um morador local quando mirou na cabra que ele perseguia. Um caminhoneiro cínico, Gaúcho (Iório), tenta incitar a massa faminta a se rebelar contra a situação. Quando observa a passividade com que um homem encara a morte do filho, desespera-se e rouba o fuzil de um dos soldados, Mário (Xavier), enfrenta a milícia, e é morto. Esse notável filme de Guerra, certamente o melhor d

Filme do Dia: Barravento (1962), Gláuber Rocha

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Barravento (Brasil, 1962) Direção: Gláuber Rocha .  Rot.Original: Gláuber Rocha&José Telles de Magalhães. Fotografia: Tony Rabatony. Montagem: Nelson Pereira dos Santos . Música: Washington Bruno (Canjiquinha): samba de roda e capoeira; Batatinha: samba.Com: Antônio Pitanga, Luiza Maranhão, Lucy Carvalho, Aldo Teixeira, Lídio Silva, Rosalvo Plínio, Alair Liguori, Antonio Carlos dos Santos, D. Zezé, Flora Vasconcelos .       A comunidade pesqueira de Buraquinho, próxima à Itapoã, Bahia, é regida pelo saber tradicional. Reza a crença que um homem belo deve permanecer virgem, para que a pesca continue farta. Seguindo a tradição do Mestre (Silva) o escolhido é Aruã (Teixeira). Com a chegade de Firmino (Pitanga), nativo que viajou para a cidade e lá teve contato com valores seculares e voltou trajando-se como malandro urbano, inicia-se um conflito. Firmino prega contra os valores tradicionais, contra a tradição encarnada em Aruã e no Mestre, onde enxerga a exploração sobre a po