Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Anne-Marie Mieville

Filme do Dia: Liberdade e Pátria (2002), Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville

Imagem
L iberdade e Pátria ( Liberté et Patrie , Suiça, 2002). Direção, Rot.Original, Fotografia e Montagem: Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville. Tendo como pretexto a vida e obra do pintor Aimé Pache, na verdade, uma escrita semi-autobiográfica do escritor Charles Ferdinand Ramuz (1918-1947) a dupla de realizadores traz imagens da mesma região de onde são igualmente originários. O fluxo de referências é incessante e colossal e traz, com moderação é verdade, efeitos óticos similares aos utilizados pela não muito distante série História(s) do Cinema e um uso nada moderado de uma avalanche de referências iconográficas, fílmicas ( Ladrões de Bicicleta e Quatorze Juillet , de René Clair dentre tantos outros) - seja através de imagens fixas ou em movimento -  com uma banda sonora em que a voz de um homem e uma mulher se alternam e muitas referências literário-filosóficas surgem (de Wittgenstein, Aristóteles e outros menos conhecidos, incluindo o próprio Ramuz), música de Beethove

Filme do Dia: Aqui e Acolá (1976), Grupo Dziga Vertov

Imagem
Aqui e Acolá ( Ici et Ailleurs , França, 1976). Direção e Rot. Original: Grupo Dziga Vertov (Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Gorin & Anne-Marie Miéville). Fotografia: William Lubtchansky. Música: Jean Schwarz. Montagem: Anne-Marie Miéville. Esse, que é o último filme do Grupo Dziga Vertov, o qual Gorin e, sobretudo, Godard foram os nomes mais frequentes, aborda, através de imagens filmadas seis anos antes na Palestina, e da assistência dessas imagens por uma família francesa contemporânea à produção do filme, temas como a banalidade da morte na região (muitos dos retratados na filmagem foram mortos posteriormente) e a reprodução de uma lógica da violência perpetrada pelos judeus em relação à Palestina, apesar de seu passado. Porém, existem igualmente subliminares temas formais como a relação temporal entre a filmagem e a recepção de um filme (mais poética e bem humoristicamente expresso em seu  Vento do Leste ) e espaciais como o que separa o Oriente Médio da França, que dá tít
O exemplo mais efetivo dessa estratégia envolve uma apática "orgia" a quatro com um homem de negócios, uma secretária, uma prostituta e um assistente do sexo masculino. Godard e Mieville encenam as fantasias sexuais do homem de negócios, que tomam a forma de sonhos eróticos tecnocráticos - a taylorização da produção sexual. Nessa fantasia utilitária, na qual Jeremy Bentham se une a Wihelm Reich, o sexo é programado e disciplinado sobre o olhar panóptico empresarial. O chefe planeja as obras e define os procedimentos. Como um cineasta, ele prescreve movimentos, atitudes e posturas a seus "atores". (...) A cada participante é atribuído um ditongo "ai!" "ei!" - presumivelmente o significado de um desejo selvagem - que ele ou ela repetem a intervalos regulares. (...) O sexo alphavilleano é apresentado como uma máquina eficiente, sendo a libido disciplinada pela lógica do lucro e da exploração. Os trabalhadores do sexo são dessensibilizados, sem qualq