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Filme do Dia: A Honra Perdida de Katharina Blum (1975), Volker Schlondörff & Margareth Von Trotta

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  A  Honra Perdida de Katharina Blum ( Die Verlorene ehre der Katharina Blum ,Al. Ocidental, 1975). Direção: Volker Schlondörff & Margarethe Von Trotta. Rot. Adaptado: Volker Schlondörff & Margareth Von Trotta, a partir do livro homônimo de Heinrich Böll. Fotografia: Jost Vacano. Música: Hans Werner Henze. Montagem: Peter Pryzgodda. Dir. de arte: Ute Burgmann & Günther Naumann. Figurinos: Reinhild Paul & Annette Schaad. Com: Angela Winkler, Mario Adorf, Dieter Laser, Jürgen Prochnow, Heinz Bennent, Hannelore Hoger, Rolf Becker. 1971. Katharina Blum (Winkler) passa a ter sua intimidade devassada pela polícia e imprensa, após ter se envolvido com Ludwig Götten (Prochnow), a quem dormira uma única vez após uma festa. Ao acordar, seu apartamento é invadido pela polícia, que procura por Ludwig, acusado de terrorismo. Katharina sofre tortura psicológica, o jornalista Tötges (Laser) não se escusa de invadir o quarto de hospital onde sua mãe se encontra internada em estado gr

Filme do Dia: 25 (1975), Celso Luccas & José Celso Martinez Correa

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  2 5 (Moçambique, 1975). Direção e Rot. Original   Celso Luccas & José Celso Martinez Correa. Fotografia Guilherme Costa & Celso Luccas. Ao contrário da mera curiosidade histórica a ser despertada pelo que se produziu neste momento e previamente, em apoio ou completamente engajado nas lutas pela independência, o filme de Luccas, em colaboração com Zé Celso Martinez, é de um arrojo estético impensável, daí ser tão pouco visto na própria Moçambique, mesmo tendo sido feito no bojo das celebrações da independência do país, do qual testemunha seu título, referente ao dia da mesma. Em menos de cinco minutos se observa acordes de Rhapsody in White , de Barry White e de Take 5 , associados a um discurso a afirmar os dias contados de Lourenço Marques, e do domínio da burguesia portuguesa na mesma. Ou ainda os agradecimentos a Deus de Roberto Carlos em A Montanha sobrepostos às imagens de corpos mutilados pela tortura. E do outro lado do espectro ideológico é musicado um poema do ang

Filme do Dia: Cría Cuervos (1975), Carlos Saura

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  C ría Cuervos (Espanha, 1975) Direção e Rot. Original: Carlos Saura. Fotografia:Teo Escamilla.  Música: Federico Mompou & José Luis Perales. Montagem: Pablo G. del Arno. Dir. de arte: Rafael Palmero. Figurinos: Maiki Marin. Com: Ana Torrent, Geraldine Chaplin , Mónica Randall, Florinda Chico, Conchita Pérez, Mayte Sanchez, Héctor Alterio, Josefina Díaz. Ana (Torrent) vive com a irmã mais velha, Irene (Pérez) e mais nova Maite (Sanchez) com uma tia, Paulina (Randall), que as aborrece, a avó (Díaz) que não consegue mais falar, e a empregada Rosa (Chico), numa mansão. O universo de Ana precocemente se depara com várias mortes. A da mãe (Chaplin), de uma doença letal. A do pai (Alterio), encontrado morto por ela, após ter esse encontrado uma amante, Amelia (Miller). E também seu pequeno porquinho da índia de estimação. Constantemente assoberbada por pesadelos com a mãe, Ana se lembra que a mãe uma vez dissera ser bicarbonato um poderoso veneno. Por piedade, oferece um pouco a avó,

Filme do Dia: Três Dias do Condor (1975), Sydney Pollack

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  T rês Dias do Condor ( Three Days of Condor , EUA, 1975). Direção: Sydney Pollack. Rot. Adaptado: Lorenzo Semple Jr. & David Rayfiel, baseado no romance Six Days fo the Condor , de James Grady. Fotografia: Owen Roizman. Música: David Grusin. Montagem: Don Guidice. Dir. de arte: Stephen B. Grimes & Gene Rudolf. Cenografia: George DeTitta Sr. Figurinos: Joseph G. Aulisi. Com: Robert Redford, Faye Dunaway, Cliff Robertson , Max Von Sydow , John Houseman, Addison Powell, Walter McGinn, Tina Chen. Joseph Turner (Redford) tem como profissão ler livros dos gêneros mais variados para fornecer elementos para o serviço de inteligência americano. Ao retornar do almoço acaba descobrindo que todos os seus colegas de trabalho foram assassinados. Ele pede ajuda aos superiores, mas o homem enviado acaba tentando matá-lo. Desesperado, seqüestra Kathy Hale (Dunaway) e se refugia na casa dela. Um homem, que havia sido enviado para matá-lo, acaba sendo morto por ele. Ele passa então a procurar

Filme do Dia: Mamãe Küsters Vai para o Céu (1975), Rainer Werner Fassbinder

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  M amãe Küsters Vai para o Céu ( Mutter Küsters´ Fahrt   zum Himmel , Alemanha, 1975). Direção: Rainer Werner Fassbinder . Rot. Adaptado: Rainer Werner Fassbinder & Kurt Raab, baseado no conto homônimo de Heinrich Zille. Fotografia: Michael Ballhaus. Música: Peer Raben. Montagem: Thea Eymész. Dir. de arte: Kurt Raab &  Ruediger Schmid. Com: Brigitte Mira, Ingrid Caven, Margit Cartensen, Karlheinz Böhn, Irm Hermann, Gottfried John, Peter Kern, Armin Meier, Kurt Raab, Volker Spengler, Y Sa Lo, Lilo Pempeit, Matthias Fuchs. Emma Küsters (Mira) se vê o centro das atenções da mídia, depois que seu marido assassinou o presidente da empresa em que trabalhava e depois praticou o suicídio. Ao mesmo tempo, sua família se desintegra. O filho, Ernst (Meier), pressionado pela esposa (Hermann), sai da casa da mãe. A filha, Corinna (Herm), que morava em outra cidade, tenta alavancar sua carreira artística às custas do escândalo e passa a morar com o fotógrafo, Niemeyer (John), abandonando

Filme do Dia: Rio de Janeiro - Brasil (1975), Luiz Alphonsus

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R io de Janeiro – Brasil (Brasil, 1975). De Luiz Alphonsus. Um passeio pelo Rio, através das andanças de uma garota hippie e seu amigo negro e marginal, nesse poético filme que apresenta desde um jogo do Flamengo no Maracanã até cenas de Carnaval e de uso de maconha, passsando por uma seqüência em que várias pessoas se emocionam ao aproximarem-se   de uma imagem da Virgem Maria, em tamanho natural, de quem acompanharámos o traslado. Registrando algumas cenas de torcedores em arquibancadas com uma intimidade inédita, apresenta igualmente a imagem dos jogadores constantemente interrompida pela presença de uma grande bandeira do clube. Destaque igualmente para as cenas que vão do involuntariamente cômico (a imagem da virgem deitada em um banco de um carro) ao libertário (a imagem da garota atravessando destemida e sensual as ruas da cidade ao som de Janis Joplin). Apresenta, em certo momento, uma relação entre religiosidade e sexualidade, brincando com os estereótipos tradicionais da mu

Filme do Dia: Le Pas (1975), Piotr Kamler

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  L e Pas (França, 1975). Direção: Piotr Kamler. Música: Bernard Parmegiani. Aborrecido curta que parece se render a experimentações que se assimilam as que ocorrem quando novas tecnologias surgem (super-8, vídeo, imagem digital). Aqui, no caso, um maço de folhas, ou folhas individuais voam de um bloco maciço para formarem um outro bloco próximo. A  música eletrônica de Parmegiani (co-realizador da trilha de A , de dez anos antes) possui um papel fundamental nessa produção premiada em Annency, inclusive enquanto marcador fundamental da edição – e de “planos repetidos” a determinado momento. Em um dos poucos momentos interessantes o balé de duas filhas simula algo como a corte e o sexo. 7 minutos.

Filme do Dia O Messias (1975), Roberto Rossellini

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  O   Messias ( Il Messia , Itália/França, 1975). Direção: Roberto Rossellini. Rot. Original: Silvia D´Amico Bendico & Roberto Rossellini. Fotografia: Mario Montuori.  Música: Mario Nascimbene. Cenografia: Osvaldo Desideri & Giorgio Bertolini. Com: Pier Maria Rossi, Mita Ungaro, Carlos de Carvalho, Yatsugi Khelil, Jean Martin, Fausto Di Bella, Antonella Fasano, Vernon Dobtcheff, Cosetta Pichetti, Flora Carabella. Jesus (Rossi) se destaca como pregador e desperta a ira dos próprios judeus, que temem a repressão que possa ocorrer por parte dos romanos. Um de seus discípulos mais próximos, João Batista (Carvalho) se torna prisioneiro dos romanos, e numa festa é condenado a morte pela cortesã Salomé, sob influência de uma das amantes de Pilatos, Erodiade (Carabella). Jesus arrebanha seus discípulos, é expulso dos templos judaicos, livra Maria Madalena (Fasano)de ser apedrejada, realiza a última ceia e pressente sua captura e morte, que logo ocorre. Entregue pelos próprios judeus

Filme do Dia: Grey Gardens (1975), Ellen Hovd, Albert Maysles, David Maysles & Muffie Meyer

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G rey Gardens (EUA, 1975). Direção: Ellen Hovde, Albert Maysles, David Maysles & Muffie Meyer. Fotografia: Albert & David Maysles. Montagem: Susan Froemke, Ellen Hovde & Muffie Meyer. Se os documentários realizados pelos Irmãos Maysles vinculados a concertos de rock ou personalidades da música ( Monterey Pop , Don’t Look Back ) assim como a um lado menos glamoroso da cultura norte-americana ( Caixeiro-Viajante ) se encontram mais fortemente próximos dos princípios do Cinema Direto, esse documentário que, ainda mais que Caixeiro-Viajante , apresenta um lado melancólico e oposto ao Sonho Americano – mãe e filha pertencentes a família de Jacqueline Bouvier Kennedy que vivem em condições de semi-miserabilidade em sua mansão em ruínas – também compartilha o caráter observacional daqueles. Ao contrário deles, no entanto, constrói o perfil das duas senhoras, ameaçadas de sofrerem intervenção das autoridades sanitárias, tal o grau de desleixo em que se encontra a propried

Filme do Dia: O Grande Prêmio (1975), Ivo Caprino

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O   Grande Prêmio ( Flaklypa Grand Prix, Noruega, 1975). Direção: Ivo Caprino. Rot. Original: Kjell Aukrust, Remo Caprino, Kjell Syversen & Ivo Caprino, a partir de personagens e universo criados por Kjell Aukrust. Música: Bent Fabricius-Bjerre. Montagem: Ivo Caprino. Cenografia: Bjarne Sandemose. Na bucólica Flaklypa, cientista excêntrico, Reodor Felgen, munido de dois assistentes, um pássaro da manhã otimista e Ludvig, pessimista e medroso, dão-se conta que um dos projetos dele foi surrupiado por um ex-assistente seu, ganhando destaque na mídia. Inconformado com a situação, o pássaro da manhã descobre que um xeique se encontra de passagem pela região e deixa pistas do talento de Felgen. O xeique morde a isca e logo Felgen terá quem o patrocine para um protótipo de um carro envenenado, que competirá no Grande Prêmio de Flaklypa. Esse que é o único longa-metragem e último projeto de Caprino demonstra que os contrastes que o permeiam é que são seu charme. Contraste, por exem

Filme do Dia: Nordeste: Cordel, Repente e Canção (1975), Tânia Quaresma

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N ordeste: Cordel, Repente e Canção (Brasil, 1975). Direção: Tânia Quaresma. Fotografia: Lúcio Kodato. Montagem: Walter Goulart. Documentário que incursiona pelos estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará buscando registrar manifestações de algumas virtuoses da cultura popular. Poético como o universo que retrata, o filme adentra os espaços domésticos e públicos em que se apresentam violeiros, escuta explanações de cordelistas que vão da diferenciação entre canção e cordel até aquele que jura ter ido ao inferno e lá encontrado Getúlio Vargas. Entre os pontos altos do filme encontram-se a apresentação de Cego Oliveira ao lado do fabricante de instrumentos Meu Mano, a da dupla de garotos Caju e Castanha, emoldurado pela tradicional fachada de cores vibrantes de casas do interior e o momento em que um cantador desfia uma série de exageros, inclusive uma louvação desmedida a um gado farto e procriador que as imagens desmentem. Ou ainda o momento em que o filme apresenta closes dos c

Filme do Dia: Um Estranho no Ninho (1975), Milos Forman

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U m Estranho no Ninho ( One Flews over the Cuckoo´s Nest , EUA, 1975). Direção: Milos Forman. Rot. Adaptado: Lawrence Hauben & Bo Goldman baseado no romance de Ken Kensey e na peça de Dale Wasserman. Fotografia: Haskell Wexler. Música: Jack Nitzsche. Montagem: Sheldon Kahn & Lynzee Klingman. Dir. de arte: Paul Sylbert & Edwin O´Donovan.   Figurines: Aggie Guerard Rodgers. Com: Jack Nicholson , Louise Fletcher, William Redfield, Sydney Lassick, Brad Dourif, Christopher Lloyd, Will Sampson, Danny DeVito, Mews Small. R.P. McMurphy (Nicholson) é enviado de uma penitênciaria para um sanatório de doentes mentais. Seu espírito rebelde faz com que entre em conflito com a rígida enfermeira Ratched (Fletcher). Sua atitude informal e seu comportamento crítico motiva outros pacientes a saírem da  afasia na qual se encontravam, como no caso do gigante índio Bromden (Sampson). Após ter dirigido o ônibus da instituição para uma improvisada pescaria e provocado outras traquinagens no

Filme do Dia: Lição de Amor (1975), Eduardo Escorel

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L ição de Amor (Brasil, 1975). Direção: Eduardo Escorel. Rot.Adaptado: Eduardo Coutinho & Eduardo Escorel, baseado no romance de Mário de Andrade. Fotografia: Murilo Salles. Música: Francis Hime. Montagem: Gilberto Santeiro. Dir. de arte e figurinos: Anísio Medeiros. Com: Lilian Lemmertz, Rogério Froes, Irene Ravache, Marcos Taquechel, Maria Cláudia Costa, Magali Lemoine, Mariana Veloso, Roberta Olimpo, William Wu.  Essa história da iniciação de um jovem de uma família tradicional paulista por sua governanta,   (Lemmertz), adaptada do conto de Mário de Andrade , Amar, Verbo Intransitivo ,   é contada de modo clássico e preciosista, seja na escolha dos ângulos e na afinação da montagem, seja no trabalho de câmera, figurinos ou fotografia vaporososa. Se o tom é lírico como poucas vezes se viu no cinema brasileiro (evoca, de certa forma, os filmes de Bertolucci dos anos 60, embora distante de qualquer preocupação política), longe se encontra do sentimentalismo e grandiloquênc

Filme do Dia: Claro (1975), Gláuber Rocha

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C laro ( Claro , Itália/Brasil, 1975). Direção: Gláuber Rocha . Rot. Original: Gláuber Rocha. Fotografia: Mario Gianni. Montagem: Cristina Altan. Com: Juliet Berto, Mackay, Luís Maria Olmedo, Tony Scott, Gláuber Rocha. Nesse filme, que exala sinceridade, poesia e reflexão por todos os poros, Rocha remete à decadência da cultura européia - assim como faz breves parágrafos para comentar a impotência americana diante do fracasso que representou a derrota no Vietnã - e, contrapõe, ainda que timidamente, a essa realidade, a utopia nas ruas, sob a forma de uma passeata comunista em Roma, com os manifestantes cantando a Internacional. Também se aproxima de uma família em que dois irmãos planejam o parricídio, ao mesmo tempo que se banqueteiam com a própria mãe, metaforizando a decadência européia já anteriormente discursada por Berto frente aos monumentos romanos. Desde a primeira seqüência, em que Berto, que representa uma espécie de consciência crítica dessa mal-estar do mundo antig

Filme do Dia: O Direito do Mais Forte (1975), Rainer Werner Fassbinder

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O   Direito do Mais Forte ( Faustrecht der Freiheit , Al. Ocidental, 1975). Direção: Rainer Werner Fassbinder. Rot. Original: R ainer Werner Fassbinder & Christian Hohoff. Fotografia: Michael Ballhaus. Música: Peer Raben. Montagem: Thea Eymesz. Dir. de arte: Kurt Raab. Figurinos: Helga Kempke. Com: Rainer Werner Fassbinder, Peter Chatel, Karlheinz Böhm, Adrian Hoven, Christiane Maybach, Harry Baer, Hans Zander, Kurt Raab, Rudolf Lenz, Karl Scheydt, Peter Kern. Franz Biberkopf (Fassbinder), conhecido como Fox,   é um proletário que, sem dinheiro para jogar na loteria, decide sair com Max (Böhn). Ele ganha na loteria e conhece um casal de amigos próximos a Max, apaixonando-se pelo sofisticado Eugen (Chatel). Fox faz um empréstimo a família de Eugen, proprietária de uma editora que passa por dificuldades financeiras. Fox resolve terminar sua relação com Eugen, cansado das constantes humilhações relacionados a sua formação cultural diferenciada e, posteriormente, pela absoluta