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Mostrando postagens com o rótulo 1940

Filme do Dia: Little Blabbermouse (1940), Friz Freleng

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  L ittle Blabbermouse (EUA, 1940). Direção: Friz Freleng. Rot.Original: Ben Hardaway. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Um rato serve de guia a um grupo de semelhantes em uma visita a uma drugstore. A um determinado momento, todos os produtos da mesma começam a cantar e dançar. Produto típico da série Merrie Melodies , concorrência direta  e menos bem sucedida às Silly Simphonies da Disney. A mesma situação, incluindo o ratinho pequeno que não para de falar que dá nome ao título, foi adaptada sem qualquer dose de criatividade em Shop Look & Listen , produzido no mesmo ano. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 8 minutos e 11 segundos.

Filme do Dia: Nossa Cidade (1940), Sam Wood

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  N ossa Cidade ( Our Town , EUA, 1940). Direção: Sam Wood. Rot. Adaptado: Thornton Wilder, Frank Craven & Harry Chandlee, a partir da peça de Wilder. Fotografia: Bert Glennon. Música: Aaron Copland. Montagem: Sherman Todd. Dir. de arte: William Cameron Menzies & Lewis J. Rachmil. Cenografia: James W. Payne. Figurinos: Edward P. Lambert. Com: William Holden, Thomas Mitchell, Martha Scott, Fay Bainter, Beulah Bondi,   Guy Kibby, Stuart Erwin, Frank Craven, Doro Merande. Na provinciana Grovers Corner, New Hampshire, início do século, Emily Webb (Scott) decide se casar com seu colega de turma, George Gibbs (Holden). Impressiona por talvez trazer muitas das inovações (narrativas e mesmo especificamente visuais) que se tornarão marca registrada de algumas das obras mais lembradas da década. Isso vale para o domínio de um narrador, corporificado como farmacêutico da pequena cidade que, desde o início, fala-nos sobre de tudo um pouco relativo a mesma, retornando a 1901, quando a h

Filme do Dia: A Vida é uma Dança (1940), Dorothy Arzner

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  A   V ida é uma Dança ( Dance, Girl, Dance , EUA, 1940). Direção Dorothy Arzner. Rot. Adaptado Tess Slesinger & Frank Davis, a partir do argumento de Vicki Baum. Fotografia Russell Metty. Música : Edward Ward. Montagem Robert Wise. Dir. de arte Van Nest Polglase. Cenografia Darrell Silvera. Figurinos Edward Stevenson. Com Maureen O’Hara, Louis Hayward, Lucille Ball, Virginia Field, Ralph Bellamy, Maria Ouspenskaya, Mary Carlisle, Katharine Alexander. Judy (O’Hara) é uma aspirante a bailarina que trabalha como corista do burlesco, onde faz escada para alguém que não apenas acha insuportável, Bubbles (Ball), como ainda se engraçou com o playboy que ela estava interessada, Jimmy Harris (Hayward), em processo eterno de separação de sua esposa, Elinor (Field). Judy acredita que seu passaporte para a dança chegou quando a professora de dança, Madame Lydia Basilova (Ouspenskaya), combina de ir com ela até o escritório de Steve Adams (Bellamy), diretor de uma renomada companhia

Filme do Dia: Pinóquio (1940), Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen

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  P inóquio ( Pinocchio , EUA, 1940). Direção: Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen. Rot. Adaptado: Ted Sears, Otto Englander, Webb Smith, William Cottrell, Joseph Sabo, Erdman Penner & Aurelius Battaglia. Títere de madeira, batizado por um velho artesão, Gepeto, como Pinóquio, ganha vida, através da magia da Fada Azul, concretizando o grande sonho de Gepeto. Se o títere for obediente se transformará em garoto de verdade. Logo ao início de sua vida, no entanto, ele discorda de sua consciência, e segue a má influência de João Honesto, passando a fazer parte de uma trupe teatral, onde é aprisionado por seu ganancioso dono. Esse segundo longa de animação do estúdio é que abre uma linha de produção de longas em sequência como nunca se havia visto no universo da animação e que persiste, com poucos hiatos, quase 8 décadas após seu início. Mesmo com eventuais piscadelas ao público adulto  em alguns ocasionais diálogos engenhosos a m

Filme do Dia: Spring Offensive (1940), Humphrey Jennings

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  S pring Offensive (Reino Unido, 1940). Direção: Humphrey Jennings. Rot. Original: Hugh Gray, com comentários de A.G. Street. Fotografia: Eric Cross, H.E.Fowle & Jonah Jones. Montagem: Geoffrey Foot. Dir. de arte: Edward Carrick. Todo esse curta vinculado à Escola Documental Britânica, dirigido por seu realizador talvez mais talentoso, ao menos no que diz respeito ao esforço de guerra empreendido pelo órgão, tem como objetivo provavelmente transformar os agricultores, e gente do campo em geral, em duplos daqueles que escutam o comentário radiofônico da BBC, sobre as propostas do ministro da agricultura e a necessidade de incrementar a produção;  que no, plano imagético, após certo tempo, ocorre através de uma substituição da imagem da família que escuta à transmissão para cenas de campos viçosos e destituídos da presença humana.  O curta apresenta, de forma didática, a divisão de áreas para cada responsável no Comitê de Guerra para a Agricultura. Ainda que a presença no título

Filme do Dia: Mr. Elephant Goes to Town (1940), Arthur Davis

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  M r. Elephant Goes to Town (EUA, 1940). Direção: Arthur Davis. Música: Joe DeNat . Um jovem elefante acidentalmente cai da jaula do carro do circo ao qual pertence. Assustado com os piados de uma coruja, entra no porão de uma residência, onde seu tamanho e ser desajeitado, além de alergia, levam-no a involuntariamente se sujar de tinta e se embebedar. A farra finda com a chegada do dono do circo. Embora o estúdio por vezes imitasse descaradamente temas e motivos produzidos pela Disney e se possa pensar na similaridade do jovem elefante aqui retratado com o apresentado no longa do estúdio rival Dumbo , esse só veio a ser lançado mais de um ano após. O único destaque digno de nota é o uso relativamente original da habitual presença da consciência, aqui rapidamente “seduzida” por seu dono e tornada bêbada como seu dono. O título é uma aberta referência ao famoso filme de Capra, lançado no ano anterior, A Mulher Faz o Homem ( Mr. Smith Goes to Washington ). Sexagésimo nono curta da s

Filme do Dia: San Giovanni Decolatto (1940), Amleto Palermi & Giorgio Bianchi

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  S a n Giovanni Decolatto (Itália, 1940). Direção: Amleto Palermi & Giorgio Bianchi. Rot. Adaptado: Amleto Palermi, Aldo Vergano, Cesare Zavattini, baseado na peça San Giuvanni Deculattu , de Nino Martoglio. Fotografia: Fernando Risi. Música: Alexandre Dervitsky. Montagem: Duilio A. Lucarelli. Dir. de arte: Piero Filippone & Vittorio Valentini. Cenografia: Mario Rappini. Figurinos: Fernando Di Bari. Com: Totó, Titina De Filippo, Silvana Jachino, Eduardo Passarelli, Osvaldo Genazzani, Franco Coop, Tomasso Marcellini, Bella Starace Sainati. O sapateiro Agostino (Totó), o maior devoto de São João Degolado, certa noite observa um homem que rouba o óleo do lampião que ilumina o quadro e o expulsa.   Peppino (Di Giovanni) quer, a todo custo, que Serafina (Jachino), filha de Agostino, case-se com Orazio (Passarelli), o iluminador público. Serafina, entretanto, encontra-se apaixonada pelo advogado de família burguesa Giorgio (Genazzini), com quem de fato acaba se casando. Agostino e

Filme do Dia: Nostalgia, o Caminho da Perdição (1940), Gustav Ucicky

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  N ostalgia, O Caminho da Perdição ( Der Postmeister , Alemanha, 1940). Direção: Gustav Ucicky. Rot. Adaptado: Gerhard Manzel, a partir de um conto de Alexander Pushkin. Fotografia: Hans Schneeberger. Música: Willy Schmidt-Gentner. Montagem: Rudolf Schaad. Dir. de arte: Kurt Herlth & Werner Schlichting. Figurinos: Alfred Kunz. Com: Heinrich George, Hilde Krahl, Siegfried Breuer, Hans Holt, Ruth Hellberg, Margit Symo, Erik Frey, Alfred Neugebauer. Quando dois capitães russos da cavalaria chegam a um posto dos correios alemão, um deles se lembra a história que um colega deles lhe contara. Ele, Minski (Breur) sente-se fortemente atraído pela bela filha do chefe do posto (George), Dunja (Krahl). Ele promete casar-se com ela e leva-la à corte de São Petersburgo, o que nunca ocorre de fato. Chega aos ouvidos do pai de Dunja que essa leva uma vida dissoluta. Este chega com a intenção de dar uma lição à filha e faz um escândalo no prédio onde ela mora. Dunja, combinada com o amante Min

Filme do Dia: O Delírio de um Sábio (1940), Ernest B. Schoedsack

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  O  Delírio de um Sábio ( Dr. Cyclops , EUA, 1940). Direção: Ernest B. Schoedsack. Rot. Adaptado:  Tom Kilpatrick, baseado no romance de  Henry Kuttner. Fotografia: Henry Sharp. Música: Gerard Carbonara, Albert Hay Malotten & Ernst Toch. Montagem: Ellsworth Hoagland. Dir. de arte: A.E. Freudeman, Hans Dreier &   A. Earl Hedrick. Com: Albert Dekker, Thomas Coley, Janice Logan, Charles Halton, Victor Kilian, Frank Yaconelli, Paul Fix. O excêntrico Dr. Thorkel (Dekker), convida seu colega de profissão Dr. Bullfinch (Halton), para uma viagem até a floresta sul-americana onde se encontra, efetivando uma misteriosa pesquisa. Temendo o estado de saúde mental de Thorkel, ainda assim Bullfinch resolve arriscar uma investida, juntamente com a Dra. Mary Robinson (Logan), seu namorado Bill (Coley) e um teimoso carregador de mulas, Pedro (Yaconelli). Acabam por descobrir que Thorkel sabe de um minério de grande valor e, quando retornam ao seu consultório, após terem sido brevemente dispe

Filme do Dia: Quem Dá aos Pobres... (1940), Carl Dalton & Ben Hardeway

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  Q uem Dá aos Pobres ( Busy Bakers , EUA, 1940). Direção: Carl Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Jack Miller. Um velho padeiro de grande virtuosidade se encontra arruinado até ceder o último item de sua padaria para um velho cego que, na verdade, é um elfo disfarçado que, juntamente com seus comparsas, produz uma enorme quantidade de quitutes enquanto o padeiro dorme. Produto típico da animação do estúdio nos anos 30 e início da década seguinte, ou seja, mais pueril e sem personagens fixos, ritmada em boa parte por um tema musical, ao contrário do que configurará na década de 40 e se tornará marca registrada do estúdio. Hardaway atuou mais como roteitista do que diretor. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 7 minutos e 6 segundos.

Filme do Dia: The Front Line (1940), Harry Watt

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  T he Front Line (Reino Unido, 1940). Direção: Harry Watt. Fotografia: Jonah Jones & Harry Rignold.  Curta vinculado à Escola Documental Britânica que ressalta o aspecto de tranquilidade (“permanece intacta”) e cotidiano em Dover, a cidade da frente de combate que faz menção o título. Tudo isso numa “cidade que era para supostamente se encontrar em ruínas”.  Vários exemplos de um cotidiano que continua sem maiores obstáculos são citados, desde o guarda de trânsito e os ônibus circulando normalmente, até a velha senhora que continua seu hábito de muitos anos de alimentar os pombos, assim como os cinemas, as pistas de patins. Só quando já se aproxima de metade de sua metragem é que são observados os efeitos de bombardeios com uma igreja e casas próximas avariadas. O que o narrador comenta como “o espírito de Dover” se encontra materializado na fala de uma jovem que mora nas cercanias da igreja. Aproveita o adeus de uma moradora com uma mensagem de otimismo e anti-nazista para finali

Filme do Dia: Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940), Alfred Hitchcock

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  R ebecca, A Mulher Inesquecível ( Rebecca , EUA, 1940). Direção: Alfred Hitchcock. Rot. Adaptado: Robert E.Sherwood, Joan Harrison, Philip MacDonald & Michael Hogan, a partir do romance de Daphne Du Murier. Fotografia: George Barnes. Música: Franz Waxman. Montagem: W.Donn Hayes. Dir. de arte: Lyle R.Wheeler & William Cameron Menzies. Figurinos: Eugene Joseff. Com: Joan Fontaine, Laurence Olivier, Judith Anderson, George Sanders, Nigel Bruce, Reginald Denny, C.Aubrey Smith, Gladys Cooper, Florence Bates, Leo G.Carroll. Jovem (Fontaine) é dama de companhia da inconveniente senhora Van Hooper (Bates), que tenta forçar contato com o aristocrata Maxim De Winter (Olivier), em um hotel de Monte Carlo.   Uma atração imediata surge entre a tímida Rebecca e o refinado De Winter. Eles saem diversas vezes juntos, Rebecca inventando mentiras para sua patroa. Quando essa decide que terá que ir a Nova York para o casamento de uma filha, Max pede a jovem em casamento.   Eles se casam em um

Filme do Dia: Squadron 992 (1940), Harry Watt

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  S quadron 992 (Reino Unido, 1940). Direção: Harry Watt. Comentários: W.D.H McCulloch.  Fotografia: Jonah Jones. Música: Walter Leigh. Montagem: Richard Q. McNaughton. Mesmo com as características que compõem o forte da Escola Documental Britânica segundo os preceitos de Grierson de certa objetividade, ainda que aqui de um uso social mais estritamente vinculado a questões estratégicas de guerra – a utilização de balões que servem como obstáculos para voos rasantes da esquadra inimiga – tampouco deixa de apresentar imagens de uma veia poética mais afinada com Flaherty , ainda que ocasionalmente, como um plano de um pequeno barco em meio as ondas ligeiramente revoltas ou, em seu final, a sombra de um balão sobre um paredão rochoso.  E prosaicas, inserindo ocasionalmente crianças se divertindo com as manobras militares ou, reverso da moeda,  fugindo dos bombardeios.  É a narração over que guia as imagens. Como documentário evidentemente encenado, a exemplo da maior parte dos produzidos

Filme do Dia: Gestapo (1940), Carol Reed

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G estapo ( Night Train to Munich , Reino Unido, 1940). Direção: Carol Reed. Rot. Original: Sidney Gilliat & Frank Launder, a partir do argument de Gordon Wellesly. Fotografia: Otto Kanturek. Montagem: R.E. Dearing. Dir. de arte: Alex Vetchinsky. Com: Margareth Lockwood, Rex Harrison, Paul Henreid, Basil Radford, Naunton Wayne, James Harcourt, Felix Aylmer, Wyndhan Golde. Anna Bomasch (Lockwood) é filha de um cientista, Axel (Harcourt), que sofre pressão para se tornar um colaborador do nazismo. Quando Axel parte para a Inglaterra, sua filha é presa e levada para um campo de concentração. Ela consegue fugir de lá com a ajuda de Karl Marsen (Henreid), na verdade um agente secreto nazista que a faz voltar a ser presa, juntamente com o pai.   Gus Bennett (Harrison), fazendo-se passar por oficial nazista, tenta libertar Anna e o pai, mas as desconfianças sobre ele se tornam crescentes, quando Gus é reconhecido por uma dupla de viajantes britânicos, Charters (Radford) e Caldicott

Filme do Dia: Granite Hotel (1940), Dave Fleischer

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G ranite Hotel (EUA, 1940). Direção: Dave Fleischer. Rot. Original: George Manuell. Música: Sammy Timberg. Um hotel da pré-história -   o título evidentemente é uma sátira ao duradouro sucesso de Grande Hotel - serve como pretexto para uma série de gags explorando, sobretudo, os anacronismos habitualmente explorados pela veia humorística (em nada muito distinta de seus congêneres de ação ao vivo e, de certa forma, antecipando o padrão do que seria a série televisiva Os Flinstones duas décadas após, com o diferencial de aqui tudo se encontrar a serviço das gags e não existir protagonismo de personagens). A telefonista, acompanhando os pedidos mais exóticos de seus hóspedes e sempre os fazendo cumprir, a seu modo – para um hóspede que se encontra trêmulo de frio, sobe um urso que empresta a sua própria pele – até ao final, quando, continua incólume, mesmo o hotel tendo sido aniquilado pelas chamas. Abdica do universo de fantasia xaroposo e musical triunfante na década anterior

Filme do Dia: O Forasteiro Solitário (1940), Hugh Harman

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O Forasteiro Solitário (The Lonesome Stranger, EUA, 1940). Direção: Hugh Harman. Música: Scott Bradley.     Xerife aloprado vai tentar enfrentar um bando de valentões que está praticando o terror em uma cidadezinha do Velho Oeste.     A excelente qualidade do traço dessa animação e algumas engenhosas tiradas auto-reflexivas, não o fazem exatamente torna-lo ao nível da animação da Warner. A maior parte dos momentos engraçados é vinculada à lógica do gênero western, como a do cavalo que faz o efeito de tropel de seus próprios cascos, nada exatamente muito original, mas dentro de um formato que pela quantidade e ligeireza não poderia ser tão distinto. De toda forma, uma produção divertida. O personagem do forasteiro solitário que dá nome ao título é praticamente um antípoda da persona de seu equivalente no cinema de ação ao vivo: nada atraente, bronco e desajeitado. Hugh Harman Prod./MGM. 9 minutos e 16 segundos.

Filme do Dia: The Snow Man (1940), Mannie Davis

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T he Snow Man (EUA, 1940). Direção: Mannie Davis. Rot. Original: John Foster. Música: Philip A. Scheib. Montagem: George A. McAvoy.  Essa graciosa e inteligente animação em preto e branco apresenta o renascer para a vida após um prolongado inverno – na melhor gag do filme, seu protagonista adianta o despertador para acordá-lo somente seis meses após e põe seu cachorro de estimação (uma foca) para dormir.   Sem ter necessidade de diálogos, apenas com a música e seus traços propositadamente ingênuos, mesmo que não consiga manter o ritmo de criatividade inicial apresenta uma surpresa que acaba sendo também sua maior virtude. Reunido com todos os animais, o protagonista constrói um enorme boneco de neve, demonstração da celebração de alegria para todos.   Inesperadamente, porém, o boneco se torna um ser maquiavélico que quer destruir toda a cultura e espirituosidade existente no Pólo Sul – sugerindo uma bela reflexão, sobre mesmo investindo seus   melhores sentimentos na construção d

Filme do Dia: Shop Look & Listen (1940), Friz Freleng

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S hop Look & Listen (EUA, 1940). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Dave Monahan. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Longe do espírito mais afiado de humor caústico que passará a dominar as animações do estúdio na mesma década, um rato mais velho e experiente apresenta-se e se torna um guia para um passeio panorâmico sobre uma loja de departamentos. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros.   7 minutos e 55 segundos.

Filme do Dia: A Rainy Day with the Bear Family (1940), Hugh Harman

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A   Rainy Day with the Bear Family (EUA, 1940). Direção: Hugh Harman. Música: Scott Bradley. A comicidade dessa animação provém do efetivo paralelo que pretende traçar com uma família americana média. Num dia de chuva, a Sra. Urso pede que o marido dê uma conferida no telhado. Quando esse resolve se levantar do sossego de sua rede, uma sucessão de trapalhadas aliadas as intempéries naturais fazem com que ele só volte a ter descanso debaixo d´água! Um toque de misoginia se torna evidente, pois o filme busca que o espectador se torne cúmplice da ira do urso que tem que escutar o irritante e contínuo cantarolar despreocupado da esposa, assim como ao filho, o que não lhe deixa muito tempo para curtir o seu próprio espaço. Mas tampouco os personagens masculinos são poupados, sendo que o velho urso possui uma barriga enorme a mostra além de uma calça sempre perigando cair e deixando uma pequena amostra de seu bumbum (algo que também   já “acomete” seu filhote) de fora, tal como igualme

Filme do Dia: Way Back When a Nag Was Only a Horse (1940), Dave Fleischer

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W ay Back When a Nag Was Only a Horse (EUA, 1940). Direção: Dave Fleischer. Rot. Original: Joe Stultz. Música: Sammy Timberg. A loja de departamentos (tal como fora o hotel em Granite Hotel ) serve ainda mais aos propósitos de uma narrativa que, mesmo sendo motivada primordialmente por gags, muitas delas vinculadas aos anacronismos, não deixa de apresentar um padrão menos fragmentado e mais linear, apresentando um típico casal pré-histórico indo às compras. O motivo do casal em compras proporciona um fluxo narrativo menos refém das gags por si sós. Soma-se a isso uma maior dinâmica no uso de recursos, incluindo uma voz over de estilo sociológico-documental empostando uma seriedade que se choca de forma evidente com as primeiras imagens, de uma das tiradas anacrônicas mais felizes, apresentando um garoto entregando os jornais matutinos com seu velocípede a base de esqueleto de algum animal. Ou   seja, é a partir   da mediação de um meio de comunicação de   massa que anuncia uma li