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Filme do Dia: A Águia Azul (1926), John Ford

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  A   Águia Azul ( The Blue Eagle , EUA, 1926). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: Gordon Rigby & Malcolm Stuart Boylan, a partir do conto The Lord’s Referee , de Gerald Beaumont. Fotografia: George Schneiderman. Figurinos: Sam Benson. Com: George O’Brien, Janet Gaynor, William Russell, Margaret Livingston, Robert Edeson, Philip Ford, David Butler, Lew Short. Dois marinheiros, George Darcy (O’Brien) e “Big” Tim Ryan (Russell) disputam os mimos da jovem Rose Kelly (Gaynor), seja na marinha, seja na vida civil após a guerra, quando Padre Joe (Edeson), leva a termo a luta de boxe que havia sido interrompida por um ataque inimigo durante a guerra. No intervalo entre as lutas, George e Big Tim se tornam amigos, a partir do momento que unem as forças para combater os traficantes que tanto mal fazem à sociedade. Esse trabalho rotineiro de Ford para o estúdio do qual era então contratado, que sobreviveu quase completo mas em estado não muito bom de conservação – os poucos lapsos que e

Filme do Dia: The Tail of the Monkey (1926), Walter Lantz & David Hand

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  T he Tail of the Monkey (EUA, 1926). Direção: Walter Lantz & David Hand. Nesse filme em particular, a mescla entre animação e ação ao vivo, uma constante na produção inicial de Lantz, dá-se de forma diferenciada de sua série Dinky Doodle, sendo que a separação respeita o que se convencionalizaria durante o cinema clássico como o universo da fantasia mais associado com a animação e o da realidade com ação ao vivo, mesmo que algumas inserções de animação se fazam nas cenas de ação ao vivo. Um tocador de realejo para tentar consolar uma garota que teve seu pirulito surrupiado pelo rabo do macaco, conta uma fábula em que o rabo do macaco é fundamental para que ele efetive todas as suas ações. Mesmo que a fábula não responda convincentemente a perda sofrida pela garota, o curta é construído de forma interessante. Foi co-dirigido por Hand, uma das futuras estrelas dos estúdios Disney (responsável pela direção de clássicos como Branca de Neve e os Sete Anões e Bambi ).  J. R. Bray St

Filme do Dia: When a Man's a Prince (1926), Edward F. Cline

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  W hen a Man´s a Prince (EUA, 1926). Direção: Edward F. Cline. Rot. Original: Clarence Hennecke, Harry McCoy e Mack Sennett sob argumento de George Green, Jefferson Moffitt & Vernon Smith. Fotografia: Vernon L. Walker. Montagem: William Hombeck. Com: Ben Turpin, Yorke Sherwood, Sunshine Hart, Dave Morris, Blanche Payson, Madeline Hurlock, Danny O´Shea, William McCall. Comédia-veículo para Turpin, o célebre ator de olho vesgo, que vivia aqui o auge de sua carreira solo, sob a asa de Mack Sennett, depois de uma série de pontas com atores famosos como Chaplin e, logo a seguir, com o advento do som, o retorno a pontas em filmes como os de O Gordo e o Magro . Aqui, Turpin   é um príncipe que procura fugir dos braços da gigantesca mulher que sua famíia escolheu para ser sua esposa. Apesar de certos momentos hilários, o filme acaba extremamente dependente da figura de Turpin e de suas gags , modelo que como a própria duração das comédias, estava se tornando obsoleto por nomes que iam a

Filme do Dia: O Andarilho (1926), Harry Langdon

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  O   Andarilho ( Tramp, Tramp, Tramp , EUA, 1926). Direção Harry Langdon . Rot. Original Frank Capra, Hal Conklin, Gerald C. Duffy, J. Frank Holliday, Harry Langdon, Arthur Ripley, Murray Roth & Tim Wheelan. Fotografia Elgin Lessley & George Spear. Com Harry Langdon , Joan Crawford, Edward Davis, Tom Murray, Alec B. Francis, Brooks Benedict, Carlton Griffin. Amos Logan (Francis), velho e em uma cadeira de rodas, recebe o aviso que terá três meses para saldar sua dívida ou será expulso da residência alugada. Seu filho, Harry (Langdon), obecado por uma moça que vê em um cartaz publicitário, Betty Burton (Crawford), irá concorrer a um percurso que cruza o país, para tentar ganhar o prêmio de 25 mil dólares, prometido pelo pai de Betty, John Davis. Após inúmeros contratempos, Harry terá que se deparar com um ciclone que atinge a cidade do Velho Oeste onde se encontra o final do percurso. Embora o título, os modos de andar, as roupas esgarçadas e frouxas, a falta de compost

Filme do Dia: He Done His Best (1926), Charles R. Bowers & Harold L. Muller

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  H e Done His Best (EUA, 1926). Direção: Charles R. Bowers & Harold L. Muller. Rot. Original: Charles R. Bowers, Harold L. Muller & Ted Sears. Com: Charles R. Bowers. Charley sonha em se casar com a filha de um proprietário de restaurante. Ele começa a   trabalhar como lavador de pratos no mesmo, mas quando os outros empregados descobrem que não é sindicalizado, abandonam o local. Charley tenta dar conta de tudo sozinho, com muita criatividade, mas o negócio vai literalmente pelos ares. Porém, ele não desiste e cria uma máquina que resolve tudo do restaurante sozinho. As coisas estar indo as mil maravilhas com seu futuro genro, mas uma surpresa o aguarda, e também ao genro... Há uma nada exatamente subliminar ode ao livre mercado e a desregulamentação do trabalho, em última instância, na saída encontrada para beneficiar o herói nesse curta. De fato, os empregados que vão embora, vão porque o colega não é sindicalizado e esse finda assumindo todas as funções deles sozinho.

Filme do Dia: Fausto (1926), F.W. Murnau

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  F austo ( Faust , Alemanha, 1926). Dire F.W.Murnau. Rot. Adaptado( Hans Kyser, baseado nas obras de Johann Wolfgang Goethe e Christopher Marlowe. Fotografia( Carl Hoffman. Musica( Werner R. Heyman. Dir. de arte( Robert Herlth & Walter Rohrig. Figurino: Georges Annenkov, Robert Herlth & Walter Rohrig. Com: Gösta Ekman, Camilla Horn, Emil Jannings, William Dieterle, Yvette Guilbert, Frida Richard, Lothar Müthel, Eric Barclay, Hanna Ralph. O sábio Fausto (Ekman) nada pode contra os poderes belicosos de Mefistófeles (Jannings), que lança uma praga contra o povo. Triste por nada conseguir com sua ciência, Fausto apela ao demônio, que lhe garante a eterna juventude. Novamente jovem e belo, Fausto encanta-se pela não menos bela Gretchen (Horn). Porém o amor entre ambos, observado de perto por Mefistófeles, causará a morte do irmão de Gretchen,   Valentin (Dieterle),   e da mãe (Richard). Sofrendo com a morte dos entes queridos, ao mesmo tempo que afastada de Fausto e vilipendiada

Filme do Dia: A Boêmia (1926), King Vidor

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  A  Boêmia Boheme ( La Boheme ,   EUA, 1926). Direção: King Vidor. Rot. Adaptado: William M. Conselman (entretítulos), Ruth Cummings (entretítulos), Fred De Gresack & Ray Doyle, baseado no conto homônimo. Fotografia: Hendrik Sartov. Montagem: Hugo Wynn. Cenografia: Cedric Gibbons & A. Arnold Gillepsie. Figurinos: Erté. Com: Lílian Gish, John Gilbert, Renée Adorée, George Hasell, Roy D´Arcy, Edward Everett Horton, Karl Dane, Mathilde Comont. Paris, 1830. Mimi (Gish) é uma jovem costureira que, despejada de seu quarto pelo atraso do aluguel, acaba sendo acolhida pelo aspirante a dramaturgo Rodolphe (Gilbert). Porém, o amor de ambos é interrompido pelas suspeitas de traição que Rodolphe nutre a respeito do Visconde Paul (D´Arcy), aristocrata a quem Mimi recorre pretendendo incentivar a carreira do amado. Mimi abandona Rodolphe quando esse não se encontra, avisando que somente retornará quando ele for um homem bem sucedido. Completamente arrasado com sua partida, Rodolphe conseg

Filme do Dia: Páginas da Loucura (1926), Teinosuki Kinugasa

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  P áginas da Loucura ( Kurutta Ippêji , Japão, 1926). Direção: Teinosuki Kinugasa. Rot. Adaptado:Teinosuke Kinugasa, Yasunari Kawabata & Minuro Inuzuka, baseado no conto de Yasunari Kawabata. Fotografia: Kôhei Sugiyama. Dir. de arte: Chiyo Ozaki. Com: Masuo Inoue, Yoshie Nakagawa, Ayako Iijima, Hiroshi Nemoto, Misao Seki, Eiko Minami, Minoru Takase, Tetsu Tsuboi Homem (Inoue) vai ser servente no manicômio onde foi encarcerada sua mulher (Nakagawa), com quem compartilhou uma vida feliz no passado. Penalizado com sua situação, tenta após um tempo livrá-la das grades do presídio, chegando a agredir o diretor do hospital (Seki). Com muito esforço se consegue esboçar um mínimo enredo para esse filme, exemplar único (ao menos que sobreviveu ao tempo) no cinema japonês de então a dialogar abertamente com propostas das vanguardas européias contemporâneas ou, pelo menos, a se aproximar do estilo daquelas. Sendo assim, é a dimensão lírica aqui que prepondera. Mais importante do que contar u

Filme do Dia: Mãe (1926), Vsevolod Pudovkin

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M ãe ( Mat , URSS, 1926). Direção: Vsevolod Pudovkin. Rot. Adaptado: Nathan Zarkhi, baseado no romance de Maxim Gorki. Fotografia: Anatoli Golovnya. Dir. de arte: Sergei Kozlovski. Com: Vera Baranovskaya, Nikolai Batalov, Ivan Koval-Samborsky, Anna Zemtsova, Aleksandr Chistiakov, Vsevolod Pudovkin. No rígido inverno de 1905, uma greve divide uma família em que o pai (Chistiakov) não adere a mesma e o filho, Pavel (Batalov), é um dos líderes da mesma. Desesperada, a mãe Niovna-Vlasova (Baranovskaya) vela o marido morto pelos companheiros do filho. Quando chega em casa e percebe o que ocorreu, Pavel tem uma primeira reação de ir contra os próprios companheiros, porém o oficial da polícia (Pudovkin) chega com soldados e quando planeja prender Pavel, a mãe entrega a ela as armas que estavam escondidas no chão da casa. Pavel é arrastado da mesma forma e condenado à prisão. Um movimento dos trabalhadores consegue invadir a prisão e libertar os presos. Pavel tem um breve reencontro   co

Filme do Dia: Dog Gone (1926), Bud Fisher & Charles R. Bowers

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D og Gone (EUA, 1926). Direção: Bud Fisher & Charles R. Bowers. Rot. Original: Bud Fisher, a partir de sua tira em quadrinhos. Mutt combina para que Jeff finja-se de cachorro para ganhar o prêmio em dinheiro em um concurso para cães. Mutt, com seu carisma, facilmente ganha, mas não consegue escapar do destino da matilha que corre desabaladamente até se deparar com uma carrocinha. O homem leva todos os cachorros para transformar em salsichas. Mutt resiste grandemente ao homem, mas Jeff escorrega na esteira da máquina e tem seu corpo fatiado como uma salsicha. Dez anos após o início da série, com maior quantidade de títulos da história da animação, temos um resultado menos dependente das tiras em quadrinhos, tanto em termos de elaboração narrativa, fazendo uso das tradicionais cartelas ao invés dos balões mais tipicamente herdeiros das tiras e mais próximo da animação, e da herança da comédia pastelão, que se tornará lugar-comum no universo animado,   na cena em que Mutt, que

Filme do Dia: The Case of the Three Million (1926), Yakov Protazanov

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T he Case of the Three Million ( Protsess o Tryokh Millionakh , União Soviética, 1926). Direção: Yakov Protazanov. Rot. Adaptado: Yakov Protazonov, a partir do romance de Umberto Notari.  Fotografia: Piotr Yermolov. Direção de arte: Isaak Rabinovich. Com: Igor Ilinsky, Anatoli Ktorov, Danill Vvedenskiy, Mikhail Klimov, Olga Zhizneva, Nikolai Prozorovski, Vladimir Fogel. Tapioca (Ilinsky) é um vagabundo que vive de pequenos furtos. Cascarelia (Ktorov), um larápio que circula nos meios grã-finos, sempre afanando joias e outros pertences. Ornano (Klimov) é um banqueiro. Preparando-se para mais um de seus golpes financeiros, Ornano vende sua mansão por três milhões de rublos e vai guarda-los em sua casa de campo em reforma. Sua mulher, Noris (Zhizneva) alerta o amante Guido (Prozorovski) sobre o dinheiro, mas a mensagem vai cair nas mãos de Cascarelia, que adentra a casa. Mal sabe ele que Tapioca, observando de seu binóculo, também tem planos de assalta-la. Os dois se encontram na

Filme do Dia: Moana (1926), Robert Flaherty

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M oana (EUA, 1926). Direção: Robert J. Flaherty. Rot. Original: Robert J. Flaherty (também entretítulos) & Julian Jonhson (entretítulos). Fotografia e Montagem: Robert J. Flaherty. Esse filme, tido por alguns como pela primeira vez referenciado pelo termo documentário, segue todas as estratégias do filme de estréia de Flaherty que fora retumbante sucesso, Nanook, o Esquimó   (1922): um cenário exótico (lá as intempéries do Ártico, aqui os mares do sul da Polinésia); a personificação de um herói (o personagem-título de ambos os filmes); a romantização de culturas que possuem como aliados ou opositores somente elementos da própria natureza, se possível tornadas ainda mais   exóticas através da utilização de costumes já findos (lá a pesca sem arpão, aqui o ritual de tatuagem para ingresso no universo masculino), etc. Procura reconstituir, com material filmado em mais de um ano, um dos dias mais importantes para um jovem homem polinésio, o de sua iniciação no universo dos adul

Filme do Dia: O Mágico (1926), Rex Ingram

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O   Mágico ( The Magician , EUA, 1926). Direção: Rex Ingram. Rot. Adaptado: Rex Ingram, a partir do romance de W.Somerset Maugham. Fotografia: John F.Seitz.  Montagem: Grant Whytock. Dir. de arte: Henri Menessier. Com: Alice Terry, Paul Wegener, Firmin Gémier, Iván Petrovich, Gladys Hamer, Henry Wilson, Hubert I.Stowitts. Margaret Dauncey (Terry) tem sua coluna comprometida quando realizava uma escultura de dimensões maiores que as humanas e uma parte da escultura cai sobre si. Operada por um dos maiores especialistas do assunto, o norte-americano Arthur Burdon (Petrovich) ela é assistida por muitos interessados no tema, incluindo o hipnotista Oliver Haddo (Wegener). Após a cirurgia, plenamente recuperada, Margaret passa a namorar com Arthur, que já havia alertado a seu tio que nunca operara uma paciente tão bela. Haddo, no entanto, segue-a obsessivamente e certo dia consegue adentrar em sua residência, hipnotizando-a. Um dia antes de seu casamento com Burdon, Margaret deixa um