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Filme do Dia: The Blacksmith's Love (1911), Francis Boggs

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  T he Blacksmith’s Love (EUA, 1911). Direção e Rot.Orginal: Francis Boggs. Com: Tom Santschi, Herbert Rawlinson, Eugenie Besserer, Frank Richardson, Frank Clark, Fred Huntley, Anna Dodge.   Inicia a Guerra da Secessão. Mace Brewer (Rawlinson) parte para a guerra, deixando sua jovem esposa Mary (Besserer) sozinha. Seu amigo, Joe Saunders (Santschi) também faz o mesmo com sua velha mãe (Dodge). Após a última batalha sangrenta, Joe encontra Mace aparentemente morto e conta para sua mãe. Ele, no entanto, encontra-se em estado de catatonia após o choque traumático da experiência da guerra e da proximidade da morte. Após a missa de um ano de luto pela perda de Mace, Joe Saunders pede a mão de Mary em casamento e é prontamente aceito. O casal vive feliz até que um recuperado Mace volta a surgir repentinamente. Mary opta pelo que acredita ser o certo, voltando ao marido que inicialmente casara, para a tristeza e desilusão de Joe. Embora capturados em ângulo diversos, esse filme inicia com

Filme do Dia: The Lonedale Operator (1911), D.W. Griffith

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  T he Lonedale Operator (EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Mack Sennett. Fotografia: G. W. Bitzer. Com: Blanche Sweet, Francis J. Grandon, Charles West, George Nichols, Joseph Graybill, Dell Henderson, Edward Dillon, Wilfred Lucas. Uma jovem (Sweet), assume o comando do telégrafo enquanto o pai (Nichols) se sente mal e o namorado engenheiro (Gordon), tem que se ausentar por conta do trabalho. Dois assaltantees (Henderson e Graybill) invadem o posto. Trancada na sala do telégrafo, a jovem avisa a estação mais próxima, enquanto os ladrões tentam invadir o aposento. Quando eles conseguem entrar, a jovem aponta uma arma para eles. Logo, os homens da estação próxima chegam, entre eles o engenheiro. Essa “versão” na verdade traz somente stills do filme, o que torna problemático qualquer consideração que não seja superficial sobre o mesmo, no sentido de que até mesmo a configuração dos ângulos dos planos se torna outra com o “recorte” que se faz diante das imagens das f

Filme do Dia: Back to the Primitive (1911), Francis Boggs & Otis Turner

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  B ack to the Primitive (EUA, 1911). Direção: Francis Boggs & Otis Turner. Rot. Original: Edward McWade & Otis Turner. Com: Kathlyn Williams, Charles Clary, Tom Mix, Joseph W.Girard, William V.Mong, Tom Santschi. Helen Wilton (Williams) faz companhia a Lord Thurlow, amigo do irmão dela, John Wilton (Mix) no barco a vapor S.S.China que parte de Londres com destino a África do Sul. Will Carson (Clary) é um passageiro que se sente fortemente atraído por Helen, provocando um desentendimento dele com Thurlow. O navio encalha em meio ao mar e apenas os três sobrevivem. Após três dias à deriva o barco aporta em uma praia. Um mês se passa e o trio divide agora os afazeres e uma cabana rústica, em que se refugiam quando sofrem assédio dos leões. Quase uma depuração abstrata do tema do triângulo amoroso inserido numa lógica de fantasia primitiva e, portanto, de potencial apelo erótico ao público da época. Destaque para o momento em que um dos personagens coloca sua cabeça pela porta

Filme do Dia: A Queda de Tróia (1911), Luigi Romano Borgnetto & Giovanni Pastrone

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  A   Queda de Tróia ( La Caduta di Troia , Itália, 1911). Direção: Luigi Romano Borgnetto & Giovanni Pastrone. Rot. Adaptado: Giovanni Pastrone, a partir de Homero & Publius Vergilius Maro. Com: Luigi Romano Borgnetto, Giovanni Casaleggio, Madame Davesnes, Emilio Gallo, Olga Giannini Novelli, Giulio Vinà. Helena, amor do bravo Menelau, cede a sedução de Páris, que a leva para Tróia. Os gregos tentam, sem sucesso, conquistar Tróia. Surge então a ideia do cavalo de Tróia, que é abandonado quando aparentemente as tropas desistem da conquista. Os troianos, pensando se tratar de um ícone religioso, trazem o gigantesco cavalo de madeira para dentro de suas portas. Os gregos que se encontravam dentro do cavalo ateiam fogo em vários pontos importantes do reino, enquanto um grupo de guerreiros invade pelas brechas de muro derrubadas para a passagem do cavalo. Páris morre. Surpreendente pela escala da produção (cenários e objetos de cena, quantidade de extras) um tanto incomum para

Filme do Dia: Lady Godiva (1911), J. Stuart Blackton

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  L ady Godiva (EUA, 1911). Direção: J. Stuart Blackton. Rot. Adaptado: Eugene Mulin, a partir do poema de Tennyson. Com: Julia Swayne Gordon, Robert Gaillard, Kate Price, Harry Ward, Stanley Dunn, Hal Wilson, Alfred Hollingsworth, Clara Kimball Young, James Young. Na Idade Média, Lady Godiva (Gordon) suplica ao marido, o Duque de Leofric (Gaillard), que diminua os impostos da população, compadecida que se encontra dessa. Leofric, apenas consente em diminuir, se Godiva montar em um cavalo nua, desfilando pela cidade. Toda a população é alertada do momento em que o histórico passeio se dará, e fecham suas portas e janelas. Um afoito homem, que se encontra em um taverna, tem a ideia de retirar umas lascas da janela, para observar a cena, e torna-se imediatamente cego. A composição dos personagens dispostos em cena, nas cenas de interiores bem mais aproximados da câmera, que os seus similares, da concorrente Biograph, sugerem o estúdio que o produziu e também, que provavelmente a esco

Filme do Dia: Romeo and Juliet (1911), Barry O'Neil

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  R omeo and Juliet (EUA, 1911). Direção: Barry O’Neil. Rot. Adaptado: Lloyd Lonergan & Gertrude Thanhouser,  a partir da peça de William Shakesperare. Com: George Lessey, Julia M. Taylor, Sra. George W. Walters, David Andrada, Robert Halt, William Garwood. Designada pelo pai a casar com um homem que não sente qualquer afinidade, Juliet (Taylor) combina com o misericordioso Frei Lawrence (Halt) uma falsa morte sua. Quando observa sua amada desacordada e tida como morta, Romeo (Lessey) se suicida. Ao acordar e observar seu amado morto, Juliet compreende o que ocorrera e se mata com uma faca, sendo o casal descoberto pelo frei. Menos da metade de sua metragem original sobreviveu dessa que é tida como a primeira tentativa de adaptação completa da obra de Shakespeare para o cinema. Se os figurinos ocasionalmente parecem mais próximos da época que o filme foi produzido que da peça do bardo e a câmera aparentemente se mantém imóvel ao longo do filme, a maior sensibilidade para com o

Filme do Dia: What Shall We Do with Our Old? (1911), D.W. Griffith

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  W hat Shall We Do with Our Old? (EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: W. Chrystie Miller, Claire McDowell, Adolph Lestina, George Nichols, Francis J. Grandon, Wilfred Lucas, Elmer Booth, Donald Crisp, Vivian Prescott. O médico (Lestina), recomenda que a esposa (McDowell) do velho carpinteiro (Miller), com problemas pulmonares (provável tuberculose), necessita de ar puro. Um supervisor demite operários de idade mais avançada que, a seu ver, não rendem mais tanto. O velho carpinteiro é uma das vítimas. Voltando para casa com a má nova,   tenta conseguir comida a qualquer custo. O velho se vê forçado a roubar comida de um estabelecimento, sendo flagrado poucos metros após. Na corte, o velho carpinteiro é rapidamente levado à cadeia. Pouco depois, no entanto, o policial que o flagrara, confirma a existência da mulher moribunda em sua casa e o juiz determina que seja imediatamente solto, com a cesta de comida   que fora objeto da discórdia. Porém, chegam um

Filme do Dia: The Italian Barber (1911), D.W. Griffith

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  T he Italian Barber (EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Joseph Graybill, Mary Pickford, Marion Sunshine, Mack Sennett, Kate Bruce. Tony (Graybill), barbeiro, mal consegue se concentrar em seu trabalho, olhando para Alice (Pickford), que pede em noivado. Logo, no entanto, encontrar-se-á fortemente atraído pela irmã de Alice, Florence (Sunshine), que é artista de vaudeville, como o namorado, Bobby (Sennett), ao ponto de não se importar quando Alice o flagra nos braços da irmã. Quando chega o momento de irem ao baile, no entanto, Florence aceita, sem maiores questionamentos, ir com seu noivo, enquanto Alice, pensando em se matar, atira sem querer com a arma e quase atinge Tony, recém-chegado em sua casa. Os dois seguem para o baile e lá superam o episódio anterior. Provavelmente sobrevivendo incompleto – há fontes que afirmam ter 17 minutos, o que equivaleria a dois rolos – trata-se de uma produção que tipicamente se ressente do curto espaço de tempo e

Filme do Dia: Winsor McCay, The Famous Cartoonist of N.Y. Herald and His Moving Comics (1911), Winsor McCay & J. Stuart Blackton

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  W insor McCay, The Famous Cartoonist of N.Y. Herald and His Moving Comics (EUA, 1911). Direção: Winsor McCay & J. Stuart Blackton. Rot. Original: Winsor McCay. Fotografia: Walter Arthur. Com: John Bunny, Winsor McCay, George McManus. Winsor McCay aposta com um grupo de amigos como será capaz de realizar quatro mil desenhos em um mês para o seu projeto de desenho animado. Os amigos riem de suas pretensões. Um ajudante de McCay acaba atrapalhando menos que ajudando mas, um mês após, ele consegue exibir a animação para os amigos. Esse filme é um importante testemunho dos primórdios da animação. Quase todo filmado em ação ao vivo,  apresentará o processo da elaboração do desenho como mais importante do que o próprio conteúdo, numa dimensão que remete ao pioneiro Blackton (não por acaso co-realizador) como antecipador de estratégias mais elaboradas da década seguinte como as presentes nas animações de Walter Lantz e, sobretudo, dos Irmãos Fleischer. E talvez a própria lógica do fi

Filme do Dia: The Price (1911), Edwin S. Porter, Phillips Smalley & Lois Weber

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T he Price (EUA, 1911). Direção: Edwin S.Porter, Phillips Smalley & Lois Weber. Com: Phillips Smalley, Lois Weber. Joe (Smalley) se apaixona por Ann (Smalley) e os dois se casam, sob as bênçãos do pai dessa e possuem uma linda filha. O tempo, passa, no entanto, e Ann se sente atraída pelo homem que passa por sua casa e fala com sua filha. Resolve abandonar o marido, deixando uma carta de despedida e se une ao amante, rico, tornando-se conhecida e admirada por toda a sociedade local por sua beleza. Joe fica devastado com a perda da mulher, assim como a criança, que morre pouco tempo depois. O tempo passa e a beleza de Ann se foi. O amante a trai com outra jovem e pede que ela abandone a residência. A perda do amor dele a faz adoecer gravemente. Em seu leito de morte, ela pede que Joe seja avisado de seu estado. Ele a visita e um último frêmito de amor é vivenciado pelo que fora um dia um alegre casal. Porter, caso tenha sido ele mesmo um dos  a assinar essa realização, ap

Filme do Dia: The Miser's Heart (1911), D.W. Griffith

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T he Miser´s Heart (EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: George Hennesy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Ynez Seabury, Adolph Lestina, Linda Arvidson, Lionel Barrymore , William J. Butler, Wilfred Lucas, Charles Hill Mailes, Robert Harron, Blanche Sweet, Donald Crisp. A pequena Kathy (Seabury) torna-se amiga do vizinho pão-duro (Lestina), por conta da mãe (Arvidson) se encontrar doente. Ela cativa também o vagabundo de rua Jules (Barrymore). Enquanto Kathy se encontra no quarto do pão-duro, dois larápios (Lucas e Mailes) tentam se apossar da combinação do cofre, em que ele guarda sua pequena fortuna. Os malfeitores ameaçam jogar a menina, amarrada por uma corda, pela janela, caso ele não revele o segredo. Enquanto isso, o vagabundo de rua busca socorro na polícia e é denunciado pelo pequeno furto que cometera. Alguns policiais vão com ele ao local e lá percebem a situação de risco da criança e invadem o prédio. O vagabundo aproveita a oportunidade para voltar a dormir

Filme do Dia: The Baron (1911), Mack Sennett

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T he Baron (EUA, 1911). Direção: Mack Sennett. Rot. Original: Edwin August. Fotografia: Percy Higginson. Com: Dell Henderson, Mabel Normand, Joseph Graybill, Grace Henderson, Fred Mace, Kate Bruce, William J. Butler, Alfred Paget. Garçom (Henderson) se faz passar por Barão para se casar com uma rica herdeira (Normand), sendo a farsa revelada no último instante. Talvez boa parte do que seja considerado impreciso na obra de Sennett, sobretudo seus filmes iniciais, advenha igualmente das condições problemáticas em que seus filmes sobreviveram. Muito do que pode ser considerado elíptico na trama aqui apresentada, por exemplo, advém certamente do fato do filme original conter uma duração de dez minutos. Destaque para o inusitado último plano do filme (se é que se trata realmente do último plano, algo que aparenta ser), em que um dos homens aponta para o falso barão com descrédito. Segue uma linha narrativa bem próxima de The Vilan Foiled , com o qual, aliás, foi lançado e, inc

Filme do Dia: The Villain Foiled (1911), Henry Lehrman & Mack Sennett

The Villain Foiled (EUA, 1911). Direção: Henry Lehrman & Mack Sennett. Com: Edward Dillon, Blanche Sweet, Joseph Graybill, Kate Bruce, Dell Henderson, William J. Butler, Fred Mace.       As intrigas do maldoso Hector Durant (Graybill) fazem com que a jovem Srta. Page (Sweet) despreze o sincero amor que lhe devota seu noivo, Harry (Dillon). Durant mente, afirmando que Harry é alcóolatra, o que a faz desistir do noivado. Aturdido com a ruptura do noivado, Harry é levado a um restaurante, onde Hector o faz ficar embriagado. Os amigos de Harry, no entanto, descobrem o estrategema do vilão, e contam toda a verdade a noiva, que chama o juiz de paz para que o casamento se dê no próprio local, com o rapaz ainda aturdido pelo efeito do álcool.       Embora não se encontre muito distante do reinado da moral melodramática de Griffith , e compartilhando de boa parte de sua trupe de atores, somente chama a atenção nesse filme de Sennett o seu inusitado final, em que a decisão da chamad

Filme do Dia: Os Irmãos Indígenas (1911), D.W. Griffith

Os Irmãos Indígenas ( The Indian Brothers , EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Frank Opperman, Wilfred Lucas, Guy Hedlund, Francis J. Grandon, Blanche Sweet, Kate Toncray, Charles West. O chefe (Opperman) não aceita a entrada na tribo de um índio desconhecido (Hedlund). Sentido-se ultrajado o índio retorna esquivamente à tribo e assassina o chefe, fugindo em seguida. O irmão do chefe Pó (Lucas), ao saber de tudo, parte com um grupo  para capturar o assassino. Quando finalmente conseguem, o levam para diante do cadáver do chefe, onde seu irmão o mata. Produção que se encontra em um meio termo entre as mais bem decupadas produções posteriores do realizador  e os filmes com metade da quantidade de planos dessa produção, que tornam por vezes o enredo difícil de ser compreendido. A seqüência da perseguição é algo confusa e faz menos uso de montagem paralela do que da apresentação no mesmo plano da imagem de perseguidores e perseguidos, recurso t