Filme do Dia: Poor Cinderella (1934), Dave Fleischer



Poor Cinderella (EUA, 1934). Direção: Dave Fleischer. Música: Sammy Timberg.

Talvez não seja tão aleatório que esse seja o único curta colorido com a célebre personagem Betty Boop. Ao contrário de boa parte de suas narrativas que, mesmo se detendo em um universo de fantasia possuem uma base fincada solidamente em um cotidiano urbano contemporâneo (tal como é o caso de Baby be Good), aqui se abraça o mundo da fantasia sem qualquer moldura mediadora. Mesmo fazendo uso extenso de canções, como habitual no período, e tendo as cores como atrativo para os seus cenários luxuosos – descritos com relativa discrição, ao final de contas, não se encontra ausentes alguns não menos discretos toques de malícia, que interagem com os clichês, como é o caso do cupido que abre mão não de uma lança, mas de um martelo batido na cabeça do príncipe. Até os ratos, que serão transformados em cavalos, através da fada madrinha, em um dos “efeitos” mais visualmente interessantes da animação, participam da cantoria, a determinado momento. Foi a primeira animação em cores do estúdio e o único em que Betty é transformada em ruiva. Destaque para o momento em que tudo parece girar, mais próximo do universo de Lewis Caroll ou da psicodelia dos anos 60 que propriamente do conto em questão. Fleischer Studios para Paramount Pictures. 10 minutos e 34 segundos.

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