Filme do Dia: Meu Destino é Pecar (1952), Manuel Peluffo



Meu Destino é Pecar (Brasil, 1952). Direção: Manuel Peluffo. Rot. Adaptado: Carlos Ortiz, Alfredo Palácios &  Manuel Peluffo, baseado no romance de Suzana Flag (Nélson Rodrigues). Fotografia: Mario Pagés. Música: Enrico Simonetti. Montagem: José Cañizares. Dir. de arte: Francisco Balduíno. Figurinos: Franco Ceni. Com: Ayres Campos, Maria de Lurdes Lebert, José Gomes, Henricão, Greta Jorge, Zilah Maria, Ilza Menezes, Antonieta Morineau, Carlos Ortiz

Leninha, noiva recém-casada (Lebert) por interesses da família com um marido, que detesta e desconhece,  Paulo (Campos)  sofre quando vai residir com sua família, na Fazenda Santa Maria, ainda vivenciando o trauma da recente morte trágica da esposa anterior de Paulo . Além da família de Paulo ter se tornado inimiga mortal dos parentes de sua falecida esposa, Leninha ainda tem que lidar com a psicose da governanta, fascinada tanto pela falecida, que acredita ver andando nas imediações da casa e pelo irmão do marido, Maurício, que tenta a todo custo possuí-la. O assassinato de Maurício pela irmã da falecida, finalmente provocará o fim da hostilidade entre as famílias e a felicidade possível para o casal.

Leitura pseudo-gótica que possui bastante pontos de aproximação com referências ao cinema norte-americano clássico, notadamente Rebecca (1940), de Hitchcock, realizada por uma companhia igualmente preocupada com os valores de produção como a mais famosa Vera Cruz, porém sem o mesmo potencial industrial. O resultado final, no entanto, soa pífio e proporcionador de um grande humor involuntário, devido a falta de sutileza com que os personagens expressam tudo o que sentem, demonstração de incapacidade dramatúrgica por parte do cineasta, que chegou a atuar como ator no cinema norte-americano e que teve sua única direção nessa obra, primeira adaptação de Rodrigues para o cinema. Cinematográfica Maristela. 76 minutos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng

A Thousand Days for Mokhtar