Filme do Dia: Rush to Judgment (1967), Emile de Antonio


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Rush to Judgment (EUA, 1967). Direção: Emile de Antonio. Rot. Adaptado: Mark Lane, a partir de seu próprio livro. Fotografia: Robert Primes. Montagem: Daniel Drisin & Peter Dyke Van Dyke.

Documentário que aponta para uma versão distinta da oficial sobre o assassinato de John F. Kennedy, em 1963. O filme se apóia sobretudo nas entrevistas do advogado Mark Lane, autor de um livro sobre o tema, com diversas testemunhas que, via de regra, foram negligenciadas na investigação do assassinato, assim como numa foto recorrente que aponta a posição delas diante do momento dos disparos, sugerindo a impossibilidade dos tiros terem sido disparados do prédio no qual pretensamente se encontraria Lee Harvey Oswald. As estratégias estilísticas de Antonio, ao mesmo tempo que se diferenciam do documentário clássico, ao não fazer uso em nenhum momento da voz over e inserir imagens de arquivo, tampouco se engajam nas vinculadas ao Cinema Direto então em seus dias de glória, pois é basicamente dependente de entrevistas diretamente para a câmera. O tom que comanda o documentário do início ao final é o da sobriedade, alternativa que parece antecipadamente se contrapor a toda uma veia sensacionalista de reportagens e documentários que marcaria a abordagem sobre o tema. Nesse sentido, imagens do próprio assassinato são praticamente ausentes, quando não apenas para complementar visualmente um dos depoimentos. O filme não deixa de frisar ao final, a morte por atropelamento poucos meses após de um de seus principais depoentes. Como exercício de investigação pioneiro e bem efetivado, o filme ao longo do tempo passaria a despertar menos interesse em si próprio do que através de utilização de suas referências, dentre os que a s utilizaram JFK (1991), de Oliver Stone. Judgment Films. 98 minutos.

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