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Mostrando postagens de agosto, 2016

Que país é esse?...

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...em que a maior rede de televisão prefere passar receitas de ovo cozido do que à transmitir ao vivo o pronunciamento histórico de defesa da presidente da república eleita pelo voto democrático? Enquanto não tivermos uma mídia minimamente equilibrada em suas colorações políticas não se conquistará nem um arremedo de democracia. Por enquanto, a grande mídia apenas representa os que moram na Vieira Souto, Av. Atlântica, Av. Paulista, todos os nichos da elite citados sintomaticamente pelo jurista Miguel Reale Jr. a ainda tem idiotas, como os do blog "JornalismoLivre" ou algo do tipo, com milhares de aspas possíveis que não creem ver nenhuma relação digna de nota entre uma coisa e outra e chama de psicodélica a defesa de uma senadora que citou "a Globo do nada" no episódio na tribuna do Senado. o ideal seria um ovo cozido ao centro não? será que alguém já fez o meme?

Filme do Dia: La Cifra Impar (1962), Manuel Antin

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L a Cifra Impar (Argentina, 1962). Direção: Manuel Antin. Rot. Adaptado: Manuel Antin & Antonio Ripoli, baseado no conto Cartas de Mamá , de Júlio Cortazar. Fotografia: Ignacio Souto. Música: Virtú Maragno. Montagem: Antonio Ripoli. Dir. de arte: Ponchi Morpurgo & Federico Padilla. Com: Lautaro Murúa, María Rosa Gallo, Sergio Renán, Milagros de la Vega, Maurice Jouvet, José María Fra. Triângulo amoroso entre os irmãos, Luis (Murúa), Nico (Renán) e Laura (Gallo), acaba provocando a morte do elo mais frágil da corrente, Nico. Mudando-se de Buenos Aires para Paris, Luis e Laura não conseguem, no entanto, exorcizar o fantasma de Nico, que volta a ser evocado nas cartas da mãe senil (Vega). Antin consegue um resultado bem interessante, entre os arroubos do melodrama e a frieza distanciada do cinema moderno, sobretudo francês, que lhe deve ter igualmente inspirado, o que traduz, de certa maneira, à época em que o filme foi produzido. Os diálogos por vezes se tornam por demais

Filme do Dia: Eureka (1983), Nicolas Roeg

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E ureka (Reino Unido/EUA, 1983). Direção: Nicolas Roeg. Rot. Adaptado: Paul Mayersberg, baseado no livro Who Killed Sir Harry Oakes . Fotografia: Alex Thomson. Música: Stanley Myers & Hans Zimmer. Montagem: Tony Lawson. Dir. de arte: Michael Seymour & John Beard. Cenografia: Michael Seirton. Figurinos: Marit Allen. Com: Gene Hackman, Theresa Russell, Rutger Hauer, Jane Lapotaire, Mickey Rourke, Ed Lauter, Joe Pesci, Helena Kallianiotes.                 Jack McCann (Hackman) é um obstinado garimpeiro que, após quinze anos de incursões infrutíferas pelo inóspito frio canadense, consegue encontrar sua fortuna em 1925. Porém a fortuna lhe trará a inimizade mortal de seu sócio, Charles Perkins (Lauter) e do ganancioso advogado Aurelio (Rourke). Por outro lado, sentir-se-á traído pela própria filha, Tracy (Russell), quando esta decide viver com o sedutor Claude (Hauer), que ele acredita estar interessado apenas na fortuna da família. Os embates entre Jack e Claude se torna

Filme do Dia: Alice Gets in Dutch (1924), Walt Disney

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A lice Gets in Dutch (EUA, 1924). Direção: Walt Disney. Com: Virginia Davis, Mrs. Hunt, David F. Hollander, Marjorie Sewell, Spec O’Donnell. Alice e seus colegas de sala resolvem se vingar da inflexível e ríspida professora, a Sra. Hunt, enchendo o interior de um balão de tinta. Quando a professora percebe o balão e com olhar sádico, afirma que eles sabem qual será o destino do mesmo, os alunos imediatamente também sabe qual será o destino dela após o balão: ficar com o rosto e parte das vestes completamente sujas de tinta. Alice vai para o canto de castigo e com chapéu de burro. Lá, sonha com um mundo no qual interage pacificamente com os animais até ser perseguida pela Sra. Hunt e seus asseclas, livros. Quando se encontra numa situação difícil, sendo molestada pela Sra.Hunt, é acordada pela própria. Se em termos de técnica a mescla entre animação e ação ao vivo se encontra a anos-luz de distância da qualidade e tampouco se direciona para a inteligente auto-reflexividade posta

O Mestre Perguntador morre desencantado com o jornalismo

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Por Luiz Cláudio Cunha O jornalismo brasileiro ficou mais obtuso, medíocre, raso, frio, casmurro e sem respostas nesta segunda-feira, 22 do agosto sempre aziago. Perdemos o Geneton. Geneton Moraes Neto morreu no Rio de Janeiro aos 60 anos, vencido pelas complicações de um aneurisma na aorta sofrido três meses antes. Na autoapresentação de seu blog, criado em 2004, ele já avisava: “Nasci numa sexta-feira 13, num beco sem saída, numa cidade pobre da América do Sul: Recife. Tinha tudo para fracassar. Fracassei”. Bela mentira. Em quatro décadas de jornalismo, o Geneton do beco e da sexta-feira 13 tornou-se, para sorte de todos nós, um exemplo de sucesso e uma referência para todos os repórteres que tentam ser fiéis ao compromisso irrevogável de uma imprensa dedicada à verdade, à memória, à história e ao dever de consolar os aflitos e afligir os consolados. Geneton Moraes Neto Ele começou como repórter em sua terra, no Diário de Pernambuco  e na sucursal local de  O Estado de S