Filme do Dia: The Girl and Her Trust (1912), D.W. Griffith


The Girl and Her Trust (EUA, 1912). Direção: D. W. Griffith. Rot. Original: George Hennessy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Dorothy Bernard, Wilfred Lucas, Edwin August, Charles Gorman, Walter Long, Alfred Paget, Charles West, William A. Carroll.

Grace (Bernard), a telegrafista é avisada por seu namorado, Jack (Lucas), que dois mil dólares deverão ser entregues em uma remessa. Ela se sente temerosoa, mas ele afirma que se trata de um local sem perigo. Dois bandidos (Gorman e August) chegam logo depois e conseguem roubar a carga. Grace avisa a próxma estação. Desesperada,  tentando demover os ladrões, acaba partindo juntamente com eles em um trole. Uma locomotiva se aproxima em perseguição e consegue deter os ladrões. Grace e Jack, já mais calmos, partem com a locomotiva.

Mesmo sendo uma refilmagem bastante próxima do anterior The Lonedale Operator (1911), cumpre  enfatizar que Griffith tentou maximizar o efeito de suspense, prolongando a situação de tensão, que no filme anterior havia sido resolvida praticamente antes mesmo da chegada dos “mocinhos” e ,por extensão, o uso da montagem paralela, recurso que continua a ser utilizado no momento da perseguição até que trem e trole, perseguidor e perseguido, já possam ser vistos no mesmo plano. Porém, não menos importante é destacar não somente que aqui os personagens já possuem nomes, e a situação de flerte é mais detalhada que no anterior, como a protagonista (aqui alçada a condição de telegrafista, enquanto no outro apenas ocupa o lugar temporariamente do pai) se interessa não pelo engenheiro, mas sim pelo agente da estação. Ou seja, ela aqui esnoba alguém de maior poder aquisitivo por alguém que demonstrará definitivamente seu “verdadeiro” amor e caráter na situação traumática. A Simpatia por tipos populares, porém mais vigorosos e empreendedores, assim como moralmente insuspeitos, seria aprofundada posteriormente em gêneros como o western em filmes como Bucking Broadway (1918)  e No Tempo das Diligências (1939), ambos de John Ford. Biograph. 17 minutos.

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