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Mostrando postagens de setembro, 2014

Atoms For Peace - Amok (from AFP homepage)

Filme do Dia: Leões e Cordeiros (2007), Robert Redford

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Leões e Cordeiros ( Lions for Lambs , EUA, 2007). Direção: Robert Redford. Rot.Original: Matthew Michael Carnahan. Fotografia: Philippe Rousselot. Música: Mark Ishan. Montagem: John Rutshing. Dir. de arte: Jan Roelfs & François Audouy. Cenografia: Leslie A. Pope. Figurinos: Mary Zophres. Com: Robert Redford, Meryl Streep, Tom Cruise, Andrew Garfield, Michael Peña, Peter Berg, Kevin Dunn, Derek Luke. No mesmo momento, em Washington uma repórter, Janine Roth (Streep) entrevista um influente senador republicano, Jasper Irving (Cruise), um professor universitário na Califórnia, Stephen Malley (Redford) discute com seu aluno mais aplicado, Todd Hayes (Garfield), sobre o futuro do mesmo e os soldados Arian Finch (Luke) e Ernest Rodriguez (Peña) combatem no Afeganistão. Janine deve se decidir entre a segurança de sua carreira e a sua versão do que acredita correto, oposta a traçada pelo senador diante dela, sendo que o mesmo havia ganho maior proeminência no mundo político  a partir
Caminhavam as duas de braços dados. Caminhavam devagar com as cabeças baixas e se detinham ante cada vitrina e diziam que bonito, que caro, há outra melhor mais adiante, olha esse, que bonito, até que se cansavam e entravam num café e procuravam um bom lugar, longe da entrada onde apareciam os vendedores de bilhetes e se levantava o pó seco e espesso, longe também dos banheiros, e pediam dois Canada Dry de laranja. A mãe se empoava e olhava seus olhos ambarinos no espelho do estojo de pó-de-arroz, olhava o tom das duas bolsas de pele que começavam a rodeá-los e fechava a tampa com rapidez. As duas observavam o borbulhar do refresco de soda e anilina e esperavam o gás escapar para bebê-lo com pequenos goles. A moça, disfarçadamente, tirava o sapato e acariciava os dedos apertados e a senhora, sentada ante seu refresco de laranja, lembrava os quartos separados da casa, separados mas contíguos, e os ruídos que cada manhã e cada noite conseguiam atravessar a porta fechada: a tosse ocasion
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Filme do Dia: O Testamento do Sr. Napumoceno (1997), Francisco Manso

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O Testamento do Sr. Napumoceno (O Testamento do Sr. Napumoceno, Brasil/Portugal/Cabo Verde/França/Bélgica, 1997). Direção: Francisco Manso. Rot. Adaptado: Germano de Almeida & Mário Prata baseado no romance de. Fotografia: Edgar Moura. Música: Tito Paris&Toy Vieira. Montagem: Luís Sobral. Com: Nelson Xavier,  Maria Ceiça,  Chico Díaz,  Zezé Motta ,  Vya Negromonte, Milton Gonçalves,  Francisco de Assis,  Karla Leal, Cesária Évora, Tiago Gonçalves,   Tiago Mayer.      O Sr. Napumoceno (Xavier), um dos homens mais influentes de Cabo Verde, morre e gera expectativas positivas em seu sobrinho e parente mais próximo Carlos (Diaz) e negativas em Graça (Ceiça) e sua mãe. Porém, apesar de Carlos já se encontrar plenamente integrado nos negócios do tio, quem acaba recebendo a herança integralmente é Graça, que passa a morar no palacete que era de Napumoceno. Junto com a herança, ela também ganhou uma coleção de cassetes com depoimentos de Napumoceno desde o final dos anos 50, per

Should Writers Avoid Sentimentality?

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Each week in Bookends, two writers take on questions about the world of books. Roland Barthes said, “It is no longer the sexual which is indecent, it is the sentimental.” This week, Zoë Heller and Leslie Jamison debate whether sentimentailty is a cardinal sin for writers. By Zoë Heller Sentimental fiction is a kind of pablum: Excessive amounts can spoil the appetite for reality, or at least for more fibrous forms of art. Photo Zoë Heller Credit Illustration by R. Kikuo Johnson Continue reading the main story Related Coverage Bookends: Archive SEPT. 10, 2013

Nota

Fiquei curioso para assistir o documentário "Sobre Susan Sontag" (Regarding Susan Sontag), da cineasta Nancy D. Kates a ser exibido ainda em duas sessões no Festival do Rio amanhã e próximo dia 4.

Filme do Dia: The Villain Foiled (1911), Henry Lehrman & Mack Sennett

The Villain Foiled (EUA, 1911). Direção: Henry Lehrman & Mack Sennett. Com: Edward Dillon, Blanche Sweet, Joseph Graybill, Kate Bruce, Dell Henderson, William J. Butler, Fred Mace.       As intrigas do maldoso Hector Durant (Graybill) fazem com que a jovem Srta. Page (Sweet) despreze o sincero amor que lhe devota seu noivo, Harry (Dillon). Durant mente, afirmando que Harry é alcóolatra, o que a faz desistir do noivado. Aturdido com a ruptura do noivado, Harry é levado a um restaurante, onde Hector o faz ficar embriagado. Os amigos de Harry, no entanto, descobrem o estrategema do vilão, e contam toda a verdade a noiva, que chama o juiz de paz para que o casamento se dê no próprio local, com o rapaz ainda aturdido pelo efeito do álcool.       Embora não se encontre muito distante do reinado da moral melodramática de Griffith , e compartilhando de boa parte de sua trupe de atores, somente chama a atenção nesse filme de Sennett o seu inusitado final, em que a decisão da chamad

Drone Exemptions for Hollywood Pave the Way for Widespread Use

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LOS ANGELES — The commercial use of drones in American skies took a leap forward on Thursday with the help of Hollywood. The Federal Aviation Administration, responding to applications from seven filmmaking companies and pressure from the Motion Picture Association of America, said six of those companies could use camera-equipped drones on certain movie and television sets. Until now, the F.A.A. has not permitted commercial drone use except for extremely limited circumstances in wilderness areas of Alaska. Put bluntly, this is the first time that companies in the United States will be able to legally use drones to fly over people. The decision has implications for a broad range of industries including agriculture, energy, real estate, the news media and online retailing. “While the approval for Hollywood is very limited in scope, it’s a message to everyone that this ball is rolling,” said Greg Cirillo, chairman of the aviation practice at Wiley Rein, a law firm in W

Filme do Dia: Almas na Estrada (1921), Minoru Murata

Almas na Estrada ( Rojô no Reikion , Japão, 1921). Direção: Minoru Murata. Rot. Adaptado: Kyohiko Oshihara, a partir dos contos Nda Dene , de Gorki e Mutter Landstrasse de Wihelm August Schmidtbonn.  Fotografia: Bunjiro Mizutani. Cenografia: Saburo Mizoguchi. Figurinos: Atsushi  Yamashita. Com: Kaoro Osanai, Haruko Sawanyra, Denmei Suzuki, Mikiko Hisamatsu, Ryuko Date, Yuriko Hanabusa, Sotaro Okada, Minoru Morata.          Emocionalmente instável e temperamental, Koichiro (Osanai) desperdiça chances de se afirmar enquanto músico. Faz uma longa travessia para a casa do pai com a companheira Mitsuko (Date) e a filha. Dois ex-prisioneiros andam a esmo, cruzam com a família de Koichiro na estrada – inclusive cedendo o resto de pão que possuem para sua faminta filha – e se aproximam de uma opulenta residência, tentando roubar alguma comida. Enquanto Koichiro é ostensivamente renegado pelo pai, que deixa ele e sua família à míngua do inverno inclemente, a dupla surpreendida pelo porteir
Não, não, não vou separar os lábios: ou essa linha enrugada, sem lábios, no reflexo do vidro. Conservarei os braços estendidos sobre os lençóis. As cobertas chegam até o ventre. O estômago... ah... E as pernas permanecem abertas, com esse artefato frio entre as coxas. E o peito continua adormecido, com o mesmo formigar surdo que sinto... que... que sentia quando passava muito tempo sentado num cinema. Má circulação, na certa. Nada mais. Nada mais. Nada grave. Nada mais grave. Deve-se pensar no corpo. Cansa pensar no corpo. No próprio corpo. No corpo inteiro. Cansa. Não se pensa. Pronto. Penso, testemunho. Sou, corpo. Fica. Vai-se... vai-se... dissolve-se nesta fuga de nervos e escamas, de células e glóbulos dispersos. Meu corpo, em que este médico mete seus dedos. Medo. Sinto medo de pensar em meu próprio corpo. E o rosto? Teresa retirou a bolsa que o refletia. Tento recordá-lo no reflexo; era um rosto estilhaçado em vidros sem simetria, com o olho muito perto da orelha e muito lo

Cacá Diegues traz a 'Favela Gay'

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RIO - “Nada é mais diferente que um homossexual do que outro homossexual”. A frase, proferida pelo deputado Jean Wyllys, resume o espírito de “Favela gay”, um documentário que mostra o cotidiano dos homossexuais nas favelas do Rio de Janeiro, e tem lançamento previsto para o fim do ano, no Canal Brasil. Filmado nas comunidades Cidade de Deus, Rio das Pedras, Rocinha, Vidigal, Complexo do Alemão, Complexo da Maré e Andaraí, o filme aborda temas como homofobia, preconceito, aceitação da família e trabalho. Jean Wyllis é um dos entrevistados. Longe de promover um simples desfile exótico de personagens, o documentário mostra, com a crueza da linguagem das favelas, e com a poesia das imagens do cinema, os múltiplos seres que se abrigam sob as letras do arco-íris LGBT, descortinando, ainda que apenas pela duração do filme, o que realmente significa ser gay num espaço dominado pelo preconceito, pela violência e pela pobreza. O filme tem concepção e direção de Rodrigo Felha, morador da