Filme do Dia: The Renunciation (1909), D.W. Griffith



The Renunciation (EUA, 1909). Direção e Rot. Original: D.W. Griffith. Fotografia: G.W. Bitzer & Arthur Marvin. Com: Mary Pickford, Anthony O´Sullivan, James Kirkwood, Harry Solter, Billy Quirk, Edwin August, Wilfred Lucas, Arthur V. Johnson.

A paixão por uma mesma garota, Kittie (Pickford), faz com que dois amigos percam a cabeça e briguem por ela. Um deles é seu tio Steve (O´Sullivan), o outro –por quem Kittie parece realmente nutrir afeto – é Joe Fielding (Kirkwood). Quando os dois se preparam para o que ameaça ser um embate mortal, Kittie forja uma outra paixão por um terceiro homem, almofadinha, fazendo com que os ânimos se tornem novamente tranqüilos e a amizade entre os dois rivais retorne.

Com a mesma apresentação visual relativamente desleixada que acompanha a maior parte de suas produções no ano anterior de sua estréia na direção, igualmente inexistem cortes para planos mais próximos da mesma cena, sendo que são os atores que se deslocam para mais próximo da câmera quando pretendem enfatizar uma situação. Aliás, a encenação dirigida diretamente para a câmera, mesmo que sem a mesma ênfase de tal efeito nos filmes do Primeiro Cinema, demonstra que tais produções ainda se encontram longe de reproduzirem o modelo clássico. Além disso, chama bastante atenção o fato de que mesmo em uma narrativa tão curta, ainda se encontre tempo para momentos relativamente longos que apresentam a ansiedade dos dois homens quanto ao duelo, sendo a gesticulação deles – sobretudo O`Sullivan – marcadamente próximas do teatro e facilitada pela referida decupagem pouco aprimorada de planos longos. E, se o fato dos dois homens exercitarem o mesmo teste com revólver quando se encontram sozinhos em suas cabanas sutilmente já antecipa algo de cômico, seu desfecho muda completamente a chave do filme, transformando-o de drama em comédia. 12 minutos.

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