Vaso de Flores, c. 1660

A natureza-morta se desenvolveu como uma categoria à parte da pintura no século XVII. Os artistas holandeses trabalharam numa variedade de tradições de naturezas-mortas que iam de peças retratando banquetes até pinturas focadas somente em frutas, conchas, livros ou flores. De Heem foi um dos mais talentosos e versáteis desses artistas, e também um dos mais influentes. Sua técnica consumada o permitiu retratar uma grande variedade de texturas de forma convincente. Nessa pintura de flores podemos nos deleitar com sua descrição realista das pétalas das tulipas, os longos juncos encurvados de trigo, animais minúsculos como borboletas, formigas, caracóis, lagartas e, por fim, seus reflexos no vidro transparente.

De Heem também possuía grande sensibilidade composicional. Mais de vinte tipos de flores, vegetais e grãos foram unidos aqui de forma a permitir que suas cores e formas se equilibrassem em um arranjo harmonioso. A despeito da descrição realista de De Heem, esse arranjo floral nunca poderia de fato ter existido.As flores representadas crescem em diferentes estações do ano. Em muitas de suas pinturas De Heem escolheu incluir animais específicos e flores por conta de seus sentidos simbólicos; a borboleta, por exemplo, é frequentemente um símbolo para a Ressureição.
Texto: National Gallery of Art. Thames & Hudson, 2005, pp. 127.

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